AEB Discute o Programa Espacial Brasileiro Com Agência Alemã
Olá leitor!
Segue abaixo a nota oficial da Agência Espacial
Brasileira (AEB) postada hoje (01/11) no site da mesma, tendo como destaque as
reuniões e os testes realizados recentemente com o motor-foguete líquido L75 na
Alemanha.
Duda Falcão
AEB Discute o Programa Espacial
Brasileiro Com Agência Alemã
Coordenação de Comunicação Social – CCS
01/11/2016
A Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTIC) e o Instituto
de Aeronáutica e Espaço (IAE) representados pelo diretor de Transporte Espacial
e Licenciamento (DTEL), Marco Antônio Vieira de Rezende, e pelo brigadeiro
Augusto Luiz de Castro Otero participaram de reuniões com a Agência Espacial
Alemã (DLR) no período de 17 a 21 de outubro na Alemanha. Durante o encontro
foram discutidos os projetos em andamento e o futuro da parceria, que vem
trazendo conquistas no desenvolvimento científico para o Programa Espacial
Brasileiro. O futuro da parceria entre as duas agências, bem como os detalhes
do Motor-foguete líquido L75 e dos veículos lançadores VLM-1, VS-50, VS-40 e
VS-43, desenvolvidos entre as três instituições, também fizeram parte da agenda
das reuniões.
O encontro marcou a segunda fase da campanha de ensaios a
quente da câmara capacitiva do Motor L75, realizada no banco de ensaios da DRL,
em Lampoldhausen, na Alemanha. Os testes tiveram como objetivo verificar os
parâmetros de desempenho de combustão, além de medidas de temperatura e
possíveis instabilidades de combustão em condições de operação no regime
permanente dentro do envelope operacional do motor. Os ensaios ocorreram no
último dia 21 de outubro, que marcou o encerramento do evento.
Segundo o diretor da AEB, Marco Antônio Rezende, os
testes apresentaram excelentes resultados, portanto o IAE poderá fazer análises
e dar os próximos passos às possíveis resoluções de problemas com o motor. “Os
resultados dos testes representam um marco para o Programa Espacial Brasileiro,
já que o controle de tecnologias críticas é uma das metas do Programa Nacional
de Atividades Espaciais (PNAE) ”, afirmou o diretor.
Ainda de acordo com Marco Antônio, o trabalho e a
parceria entre o Brasil e a Alemanha favorece o desenvolvimento do Programa
Espacial Brasileiro e tem como frutos a troca de conhecimentos entre
especialistas, a redução de prazos, riscos e custos dos projetos e a
possibilidade de futuras parcerias na área de fabricação de componentes
aeroespaciais por empresas brasileiras.
As reuniões de trabalho também contaram com a
participação do Chefe do Departamento de Sistemas Lançadores do DLR, Claus
Lippert; do diretor do Instituto de Propulsão Espacial do DLR, Professor Stefan
Schlechtriem; do gerente de Programas de Desenvolvimento Tecnológico da Airbus
Safran Launchers; o engenheiro Jan Alting, do consultor engenheiro Günter
Langel e de representantes das empresas Airbus Safran Lauchers e Globo
Usinagem.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bem leitor, as atividades do Brasil e
Alemanha na área de foguetes remontam ao acordo assinado entre o antigo Centro
Técnico Aeroespacial (CTA) e o Instituto Alemão de Pesquisa e Ensaio de
Navegação Aérea e Espacial (DFVLR), assinado em Bonn (ALE), em 19 de novembro
de 1971, acordo este que em nossa opinião a médio e longo prazo foi o
responsável pelo grande avanço do Brasil na tecnologia de foguetes de sondagem
resultando posteriormente em projetos cada vez com mais participação alemã como
os projetos do VS-30/Orion, VS-40M e mais recentemente o VS-31/Orion. A nota de
nossa Agencia Espacial de Brinquedo deixa claro que esta parceria continuará
com os novos projetos do VS-43 e VS-50, além do tão aguardado VLM-1, mas na
realidade destes três novos projetos o mais palpável a curto ou médio prazo é o
VS-43, devido ao fato de já existirem peças e equipamentos resultantes do mal
fadado projeto do VLS-1, especialmente os motores S-43 estocados para o tal voo
do VLS-1 VSISNAV, uma promessa eterna que jamais se realizou. Entretanto
Programa Espacial leitor se faz com dinheiro, dedicação, dinamismo, comprometimento
e cobrança por resultados e não com promessas. Assim fica a pergunta, será que
mesmo tendo de empregar poucos recursos o Governo TEMER terá o compromisso
necessário para tirar o VS-43 do papel ???? Se depender dos Alemães não tenho
duvidas quanto a isso, mas não é assim que a banda toca. Agora, caso não tenha,
imagine qual será o destino dos outros dois projetos que exigem muito mais
recursos e comprometimento???? Quanto ao projeto do L75, para mim depois do que
disse o pesquisador Fausto Ivan Barbosa (veja aqui), o mesmo é página virada, e
se realmente finalizado for, terminará como peça de exposição no Memorial
Aeroespacial Brasileiro (MAB) como registro de uma iniciativa que fugiu de sua finalidade
inicial e acabou como peça de museu sem objetivo prático nenhum. Triste.
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