Estudantes do Ensino Fundamental Constroem Satélite em Ubatuba, no Litoral de São Paulo

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (29/09) no site do Ministério da Educação (MEC) destacando que Estudantes do Ensino Fundamental constroem Satélite em Ubatuba, no Litoral de São Paulo.

Duda Falcão

EDUCAÇÃO BÁSICA

Estudantes do Ensino Fundamental Constroem Satélite em Ubatuba, no Litoral de São Paulo

Assessoria de Comunicação Social do MEC
Quinta-feira, 29 de setembro de 2016, 19h39


Ao saber que uma empresa norte-americana estava comercializando kits de satélites espaciais, junto com o serviço de lançamento, o professor de matemática Cândido Oswaldo Moura, da Escola Presidente Tancredo de Almeida Neves, de Ubatuba (SP), propôs a seus alunos do sexto ano do ensino fundamental construir o equipamento. Foi assim que teve início, em 2010, o Projeto UbatubaSat, que resultará no lançamento do satélite em janeiro de 2017, no Japão.

A trajetória do professor e de seus alunos é contada no filme Projeto UbatubaSat – Uma Jornada do Conhecimento, que será exibido pela primeira vez na televisão, no dia 6 de outubro, na TV Escola, às 11h, com reprise às 17h. A experiência foi registrada pela jornalista Daniela Gross. “A história é muito bacana, ver um professor tão entusiasmado, com vontade de fazer diferente, me entusiasmou também”, disse ela.

A escola recebeu patrocínio da Agência Espacial Brasileira (AEB), da prefeitura de Ubatuba e de uma construtora local, para pagar os custos de 8 mil dólares pelo equipamento. Após conseguir os patrocínios, o professor Cândido criou um grupo de professores que, junto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), começaram os trabalhos em 2010. Cerca de 300 alunos participaram, e 12 mais experientes trabalharam na construção. O projeto é inédito, pela idade dos estudantes envolvidos, e atraiu a atenção de instituições da Inglaterra, Estados Unidos e Japão.

Experimento – Para aprender a montar o satélite, os alunos que compõem o grupo passaram por cursos de solda com qualificação espacial e de eletrônica básica durante os últimos anos. Desde então, o projeto cientifico não parou de surpreender a todos. Londres, na Inglaterra, Chicago, nos Estados Unidos, e Nagoya, no Japão, foram lugares visitados pela equipe da escola.

A equipe promoveu um concurso para a rede pública de Ubatuba e uma jovem gravou uma mensagem que vai ser transmitida de órbita para a escola, em inglês e português. Mas o satélite também tem uma importante função – ou carga útil, como se diz tecnicamente: servir de ferramenta para um experimento do INPE, que pretende estudar as chamadas bolhas de plasma da atmosfera, fenômeno ionosférico que compromete a captação de sinais de satélite e antenas parabólicas em países localizados na linha do Equador. São causadas pelas variações dos ciclos solares.

Expectativa – “Eles são considerados os jovens mais novos do mundo a ingressar na área espacial”, observa a jornalista Daniela Gross. Com isso a produtora do documentário garante que o projeto traz uma expectativa diferente para os estudantes de Ubatuba. O município do litoral de São Paulo é considerado uma cidade turística e de atividades de pesca.

O professor Cândido destaca que educar é formar pessoas para mudar o mundo. “Não consigo ver a escola de outro jeito, gosto de pegar na mão e ensinar a andar no mundo”, comenta o professor, ao defender que o convívio com a ciência e a tecnologia ajuda a enfrentar desafios. “Quando você constrói um satélite aos 11 anos, você consegue qualquer coisa, ninguém te segura”, garante.

E o projeto continua. Para registrar o lançamento, em janeiro de 2017, no Japão, já está em andamento a produção de um novo documentário – Projeto UbatubaSat – O Lançamento. Nele serão retratadas todas as incertezas e pressões que o grupo passou e passará pela operação, até que finalmente o satélite entre no espaço.

Visite a página da Escola Tancredo Neves, de Ubatuba


Fonte: Site do Ministério da Educação (MEC)

Comentário: Bom leitor, na realidade as crianças que efetivamente trabalharam diretamente no satélite hoje já são adolescentes e creio estejam já no ensino médio, sendo frustrante o satélite não ter sido lançado ainda (a data de janeiro de 2017 é apenas mais uma data jogada a vento). Entretanto isto não significa que o que foi realizado desde 2010 pelo grupo liderando pelo Prof. Cândido Oswaldo de Moura e seus alunos não mereça credito, muito pelo contrario, merece sim e muito mais ainda. Se tivéssemos profissionais em grande maioria no PEB e políticos no governo com a iniciativa, dedicação, comprometimento, amor pelo que faz e seriedade como demonstrado pelo Prof. Cândido Moura, certamente hoje o Brasil seria uma potencia econômica e nosso PEB não seria a piada que é. Comparar profissionais como o Prof. Cândido Moura, o Prof. Marchi, entre outros com, por exemplo, o banana do Sr. Braga Coelho presidente da AEB, não é só inimaginável como também uma afronta a esses profissionais citados. Vamos ficar na torcida para que este picosatélite que, até onde eu sei se chama TANCREDO-1 (UbatubaSat seria o nome do projeto) venha a ser realmente lançado na data divulgada por esta notícia. Vamos aguardar.

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