INPE Busca Avançar Após Corte de Verbas e Pessoal

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Segue abaixo uma notícia postada ontem (14/08) no site do jornal “O VALE”, destacando que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) busca avançar após corte de verbas e pessoal.

Duda Falcão

BRASIL &

INPE Busca Avançar Após Corte
de Verbas e Pessoal

Xandu Alves
São José dos Campos
August 14, 2016 - 07:46

Foto: Arquivo

Aos 55 anos completados em agosto, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), um dos principais órgãos de pesquisa científica do Brasil, vive o dilema de manter a liderança ante desafios administrativos, como redução orçamentária e diminuição de servidores.

Quem vai ter que encará-los é o físico e engenheiro Ricardo Magnus Osório Galvão, 68 anos, novo diretor do INPE. Ele foi o escolhido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação a partir de uma lista tríplice. A pasta informou que a data de posse ainda não está definida.

Professor titular do Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), Galvão é atual presidente da Sociedade Brasileira de Física e tem experiência suficiente para dar conta dos desafios.

"Considero o desafio de dirigir o INPE o maior de minha carreira. Mas o enfrento após ter sido razoavelmente treinado", disse Galvão em entrevista a O VALE, por e-mail.

Ele defende que o INPE recupere posição de liderança na pesquisa científica espacial. "Desde o início, o INPE desempenhou um papel de liderança colaborativa, estimulando a criação e evolução de grupos de pesquisa em outras instituições brasileiras."

Porém, com o passar dos anos, outros grupos de pesquisa surgiram no país, segundo Galvão, e a atuação do INPE se estendeu para temas além da Geofísica Espacial, entrando em astrofísica e astronomia.

"Neste cenário, julgo que o INPE deva almejar exercer liderança científica integradora na área espacial, não em competição com outras instituições, em particular com as universitárias, mas promovendo efetiva colaboração sinergética com diferentes grupos."

Nesse contexto, o novo diretor pretende trabalhar por uma "perfeita integração" entre o INPE e a AEB (Agência Espacial Brasileira), executora do PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais ). "Alguns sinais desse tipo de atrito [entre INPE e AEB] têm sido divulgados na imprensa. É nesse sentido que pretendo atuar para articular melhor as ações com a AEB", diz. "O mais importante é conseguir alcançar suficiente credibilidade junto ao corpo administrativo, científico e técnico interno, estabelecendo um diálogo criticamente construtivo".


Fonte: Site do Jornal “O VALE” - 14/08/2016

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