De Criação de Foguete a Atendimento da População, PET Amplia Formação de Alunos
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada dia (02/06)
no site do “Jornal da USP”, destacando entre outras coisas as atividades espaciais
da equipe do Projeto Júpiter da ESPUSP.
Duda Falcão
EXTENSÃO
De Criação de Foguete a Atendimento da
População, PET
Amplia Formação de Alunos
Programa de Educação Tutorial oferece a graduandos
possibilidade
de atuar em ensino, pesquisa e extensão além da sala de
aula
Por Izabel Leão
Editorias: Extensão
Jornal da USP
02 de junho de 2016
Foto: Divulgação
Professor Edilson Tamai, Diego Nazaré, Gustavo Calviño,
Lucas Giestas, com foguete do projeto Júpiter.
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Atendimento em organizações sociais, promoção de seminários,
encontros científicos, ações junto à comunidade, pesquisas e construção de
protótipos. Essas são apenas algumas das atividades que os alunos de graduação
da USP realizam no âmbito do Programa de Educação Tutorial (PET).
O PET é uma iniciativa do Ministério da Educação que
oferece bolsas de estudo a grupos de até 12 alunos orientados por um professor
tutor, com o objetivo de contribuir para uma formação diferenciada de seus
integrantes e para a melhoria da graduação.
Na USP, são diversos grupos PET em atividade, nas mais
variadas áreas do conhecimento. Um deles é o PET-Mecânica da Escola Politécnica
(Poli) da USP, orientado pelo professor Edilson Hiroshi Tamai.
O grupo tem como proposta formar o engenheiro mecânico
para os tempos atuais e futuros. A ideia é que os estudantes realizem projetos
de engenharia nos quais sejam considerados não apenas os aspectos técnicos, mas
também ambientais, sociais e culturais.
“O nosso PET tem como diretriz ‘aprender fazendo’ e
‘refletir sobre o que se faz’. Para tanto, busca desenvolver atividades
interdisciplinares com indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”,
observa Tamai.
Entre as atividades do PET-Mecânica, o professor destaca
o Fala Sério. Voltado a alunos do ensino médio, o projeto
consiste em inspirar e motivar alunos da rede pública de ensino a atingirem
seus potenciais por meio do estudo. Nas visitas, os estudantes da USP mostram
que o ensino superior em universidade pública como a USP não é um sonho
impossível.
Há também o projeto Júpiter que inclui atividades
extracurriculares, como iniciação científica, estágios e participação em
equipes para o desenvolvimento de projetos. O aluno de graduação pode ter a
experiência de projetar e construir algo concreto, como um foguete. “O
PET-Mecânica decidiu ampliar o leque existente no curso de Engenharia Mecânica,
‘incubando’ uma equipe de projeto e construção de foguetes, que participa de
competições internacionais”, comenta Tamai.
A equipe do Pet-Mecânica irá, no dia 10 de junho, para os
Estados Unidos participar da Rocket Engineering Competition (IREC) 2016,
competição internacional de foguetemodelismo que reúne estudantes de 40
universidades de vários países. Eles levarão para a competição o foguete NABO.
Fotos: Divulgação
Rafael Nass, aluno do terceiro ano de Engenharia Mecânica
na Poli e bolsista desde 2014, é um típico líder PET ‘que faz tudo’. “Lidero a
participação dos alunos do programa em alguns eventos como USP e as Profissões,
Encontro Nacional dos Grupos PET, pesquiso, desenvolvo projeto etc.”
Nass ressalta que o Programa de Educação Tutorial
possibilitou um grande amadurecimento em seu nível acadêmico e pessoal. “Foi
nas atividades do PET que tive que correr atrás de disciplinas, teorias que até
hoje não vi em sala de aula. Aprendi o uso de alguns softwares e ainda tive a
oportunidade de apresentar um trabalho de iniciação científica no Simpósio
Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP). A
convivência com veteranos dedicados à faculdade e com o professor Edilson Tamai
tornaram-me uma pessoa mais calma, confiante e eficiente”, analisa.
Foi o envolvimento com o PET-Mecânica que deu a Rafael
Nass a certeza de querer trabalhar com foguetes e sistemas propulsivos no
âmbito da engenharia. “Participei de uma competição internacional na qual
levamos um foguete. Fui um dos alunos mais engajados no projeto, o que me levou
a descobrir minha paixão por foguetes e sistemas propulsivos. Nunca tive o
sonho de trabalhar na Nasa, mas, depois dessa oportunidade, a fascinação só
cresceu”, afirma.
Além da Odontologia
Outro Pet em atividade é o da Odontologia que
trabalha em conjunto com o PET-Fonoaudiologia e é formado por alunos da
Faculdade de Odotontologia de Bauru (FOB). Segundo a professora-tutora Linda
Wang, participar do Programa de Educação Tutorial é permitir ao bolsista a
realização de atividades extracurriculares, de caráter multi, inter e
transdisciplinar, através das atividades de pesquisa, ensino e extensão. “O
programa também visa proporcionar embasamento e orientações de cunho científico
e pedagógico por meio de vivências, reflexões e discussões entre os membros,
docentes colaboradores e tutor, e ampliar esta experiência para a comunidade
interna e externa.”
“Tornei-me um ser humano mais completo” afirma João
Gabriel Paulino Mazzon, bolsista no PET-Odonto desde 2014. “Ao seguir as
diretrizes do programa me tornei um aluno diferenciado, pois consigo perceber
necessidades e trabalhar em grupo para saná-las, ou ao menos amenizá-las. A
visão global e humanística foi também incorporada ao meu atendimento clínico e
relacionamento com os colegas de profissão”, analisa.
Uma das atividades que Mazzon mais gostou de fazer até
hoje foi a visita ao centro espírita Vicente de Paulo. “Deparei-me com pessoas
que precisavam de todo o tipo de ajuda (financeira, intelectual, afetiva
etc.) e, acima de tudo, estavam dispostas a absorver tudo que podiam das nossas
atividades”, lembra.
Foto: Divulgação/Pet Odonto
Alunos do PET-Odonto durante atividades em escola pública.
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Para Mazzon, participar do PET-Odonto estimula os alunos
a saírem de sua zona de conforto e enfrentar assuntos nem sempre relacionados à
odontologia como, por exemplo, planejamento familiar. Ele conta que as visitas
eram feitas uma vez ao mês com o mesmo público durante um ano. “As pessoas
compareciam ao centro espírita no último domingo do mês para receber cesta
básica e participar de diversas atividades visando uma reestruturação
conceitual e reingresso no mercado de trabalho. É interessante notar, em médio
e longo prazo, como a informação e afeto transformam um indivíduo. O contato
com a realidade daquelas pessoas escancara a desigualdade no nosso país e transforma
a meritocracia em mera utopia”, avalia o estudante.
Trabalhar em grupo, ampliar a visão para além da
graduação, desenvolver a habilidade de falar em público e ser um dentista com
uma visão mais holística são alguns dos aprendizados que Beatriz Della Terra
Mouco Garrido vem vivenciando desde que entrou no PET-Odonto, em janeiro deste
ano.
Além das atividades desenvolvidas para a comunidade,
tanto a universitária como de fora da USP, o grupo de alunos do segundo ano da
Odontologia vem pesquisando como a comunidade acadêmica vê o grupo PET-Odonto.
“Já estamos na fase de escrita do projeto e depois aplicaremos questionários
dentro da comunidade”, observa.
A atividade que mais alegrou Beatriz foi participar do
Programa Escola da Família, através da qual puderam visitar uma escola pública
da cidade de São Paulo. “Na escola, elaboramos maneiras de transmitir
conhecimento sobre saúde bucal para três públicos: crianças, adolescentes e
adultos. Esta experiência me mostrou que um profissional da saúde tem que estar
preparado para ajudar, no básico, todas as esferas da saúde”.
Fonte: Site do Jornal da USP de 02/06/2016 -
http://jornal.usp.br
Comentário: Bom, bom, muito boa matéria Sra. Izabel Leão, parabéns! Gostaria se possível sugerir a senhora que faça também uma matéria com o Grupo ZENITH da USP São Carlos. Uma vez mais parabéns pela iniciativa.
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