Cronograma de Atividades Espaciais no País é Debatido em Alcântara (MA)

Olá leitor!

Segue abaixo uma outra nota esta postada dia (04/05) no site da “Força Aérea Brasileira (FAB)” destacando que o cronograma de atividades espaciais no País está sendo debatido em Alcântara (MA).

Duda Falcão

ESPAÇO

Cronograma de Atividades Espaciais
no País é Debatido em Alcântara (MA)

Por Ten Gabrielli Dala Vechia
Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 04/05/2016 15:10h


O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) recebe, desde a última segunda-feira (02/05), a primeira reunião do ano dos membros do Grupo de Interfaces de Lançamento (GIL). Durante uma semana, especialistas da área espacial do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e dos Centros de Lançamento de Alcântara (CLA) e da Barreira do Inferno (CLBI) discutem os próximos passos da atividade espacial no País.

Os principais assuntos em pauta estão relacionados aos futuros lançamentos previstos para os anos de 2017 e 2018, ao programa de microgravidade, e ao andamento dos projetos de veículos lançadores de satélites em desenvolvimento ou em fase de estudos, incluindo o VLM-1 e o VS-50. Também será tratado que que forma as obras de infraestrutura, recentemente inauguradas no CLA, irão impactar nos próximos lançamentos.

A Operação Rio Verde, prevista para acontecer no segundo semestre deste ano, foi uma das questões debatidas na reunião. Durante a campanha, a previsão é de que seja lançado um VSB-30 com a carga útil MICROG-2, que vai levar cinco experimentos científicos de universidades e institutos de pesquisa brasileiros, para serem testados em ambiente de microgravidade - ou seja, onde atuação da força da gravidade é extremamente reduzida.

O Diretor do CLA, Coronel Cláudio Olany Alencar de Oliveira, destacou a importância da reunião desses especialistas. "Esse grupo irá debater e propor adequações que vão nortear as melhorias e os avanços na área espacial brasileira", disse.

Ao término da atividade do GIL, um relatório final será produzido, com conclusões e sugestões, visando a orientar as ações na área espacial em médio prazo.


Fonte: Site da FAB - http://www.fab.mil.br/

Comentário: Caro leitor infelizmente não há mais como tapar o Sol com a Peneira. Ou o governo (seja de esquerda, centro, direita, marciano, jupiteriano ou do escambal a quatro) deixa de brincar de fazer Programa Espacial, ou está na hora da Sociedade Brasileira colocar em dúvida a validade de continuar mantendo um centro de lançamento como Alcântara. Não se justifica a manutenção caríssima de um equipamento como este para se realizar um voo suborbital científico ou tecnológico a cada quatro anos, e pior, não cumprir a sua principal missão para qual foi criado, ou seja, lançar satélites. Se for para continuar desperdiçando recursos em uma fantasia, seria melhor que esses mesmos recursos fossem aplicados em uma área que traga reais benefícios a Sociedade Brasileira, de tal forma que justifique o seu investimento. Algo, por exemplo, como a Educação de Qualidade ou a Saúde. Está mais que provado por A + B que nem o governo (independente da legenda partidária de merda que esteja no poder) tem o menor interesse em conduzir um programa espacial com compromisso e responsabilidade enquanto o populismo, entre outros interesses escusos, continuarem vigando entre esses vermes, nem a Aeronáutica está interessada em lutar por este programa como está, por exemplo, interessada no Caça Gripen e no KC 390, o que em nossa opinião é um tremendo erro estratégico. Afinal leitor, em um eventual e hipotético conflito contra uma nação que domine por completo a tecnologia espacial, ambas estas armas seriam praticamente inúteis e ultrapassadas, já que poderiam ser aniquiladas do espaço antes mesmo de levantar voo. Leitor, o domínio da tecnologia espacial é um processo longo e custoso, e que exige de sua sociedade não só eficiência e dinamismo na aplicação dos recursos, mas também e principalmente real compromisso na busca por resultados. Um grande exemplo disto (poderia citar outros, afinal exemplos não faltam, como o próprio Programa Microgravidade da AEB que é uma tremenda de uma piada de mau gosto e que jamais funcionou direito) foi a “Operação Raposa”, operação esta realizada em agosto e setembro de 2014 na busca de dotar o Brasil de um sistema de propulsão líquida para foguetes (sistema esse de crucial importância para qualquer nação que queira dominar o ciclo completo da tecnologia espacial), mas que não sofreu continuidade até o momento e não tem a menor previsão de quando este projeto realizará um segundo voo de qualificação, isto é, se é que realmente sofrerá continuidade (após o fim da operação em contato com um militar me foi informado na época que, para sua continuidade o ideal seria que se realizasse um voo do EPL/L5 abordo de um VS-40, ou mesmo do agora ‘ressuscitado’ VS-43). Note através desse exemplo dado por mim que falta seriedade e comprometimento e neste processo de descaso, recursos do povo que poderiam esta sendo melhor aproveitados são jogados no lixo sem que esses vermes sejam responsabilizados por este desperdício. Para mim leitor que sou um amante deste programa e conhecedor de sua importância crucial para o futuro de nosso país como uma nação independente e soberana, está sendo muito difícil escrever essas linhas de desabafo, mas infelizmente chegamos há um ponto que se tem de tomar uma decisão. Queremos ou não um programa Espacial? Se não, então que os recursos agora investidos sejam transferidos para outras áreas da sociedade.

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