'Faltam Governança, Estratégia e Recursos ao Setor Aeroespacial', Dizem Debatedores

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada ontem (16/02) no site da “Agência Brasil” destacando que segundo os debatedores ouvidos ontem na Audiência Pública sobre O PEB está faltando governança, estratégia e recursos para o Setor Aeroespacial.

Duda Falcão

TECNOLOGIA

'Faltam Governança, Estratégia e Recursos
ao Setor Aeroespacial', Dizem Debatedores

Agência Senado
Da Redação
16/02/2016 - 16h58
ATUALIZADO EM 16/02/2016 - 17h58

Foto: Pedro França/Agência Senado

O setor aeroespacial brasileiro precisa de governança, visão estratégica e recursos para que o Brasil alcance independência no acesso ao espaço, apontaram nesta terça-feira (16) os especialistas ouvidos pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Eles debateram as perspectivas para o setor.

Segundo os convidados para a audiência pública, a indústria aeroespacial brasileira está há quatro anos sem nenhum contrato e corre o risco de, no futuro, não conseguir acompanhar a indústria mundial, que está em crescimento. O setor também enfrenta falta de recursos humanos e limitação orçamentária, que corresponde a 0,004% do PIB brasileiro atualmente.

Segundo os expositores, o Brasil perdeu posição para a Argentina, que hoje é o país mais avançado na atividade espacial da América Latina. De acordo com uma escala de capacidade espacial da NASA, o Brasil está no nível 4, que representa um grupo de países que possuem sua própria agência espacial, opera seus próprios satélites, mas ainda não dominou o ciclo completo de acesso ao espaço. Os Estados Unidos, que são o único país que conseguiu enviar uma tripulação à lua e que tem permanência de tripulantes no espaço, estão no nível 8.

O senador Lasier Martins (PDT-RS), autor do requerimento da audiência pública, disse que a reunião serviu para trazer a verdade à tona e que o Brasil precisa fazer algo para se recuperar, embora o momento seja de crise.

— O Brasil fica sabendo hoje qual é a nossa realidade, e que estamos tão distante das lideranças. Estamos no nível 4. Estados Unidos, no ápice. China, Índia. E a nossa vizinha Argentina está muito à nossa frente. Onde está o nosso amor próprio, o nosso orgulho? Como nos deixaram afundar de tal maneira nos últimos anos de governo? — questionou o senador.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da CCT, disse que a audiência pública foi a melhor até o momento desde que começou a presidir a comissão. Ele afirmou que vai preparar um documento que possa chamar a atenção do Brasil para o potencial que o país tem e que não está utilizando.

De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Fernando Perondi, o Brasil tem hoje a oportunidade de ser um grande ator na indústria espacial, mas essa oportunidade deve passar em entre 5 a 10 anos.

— Porque em 5 a 10 anos, essa indústria já estará totalmente estabelecida e nós teremos aquele famoso late entrance fee, quer dizer, são países retardatários que querem entrar numa indústria. Eles vão ter que pagar muito mais porque, naquele momento, os sistemas produzidos já estão muito baratos — afirmou.

Avanços e Desafios

De acordo com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coêlho, embora enfrente muitos desafios, o setor espacial brasileiro tem avançado. Ele afirmou que o Centro de Lançamento de Alcântara está preparado para promover todas as atividades preconizadas no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).

O diretor do INPE informou que o Brasil está entre os nove países no mundo que fabrica câmeras para colocar no espaço e que conseguiu grandes avanços em dez anos.

— Nós conseguimos grandes avanços. Conseguimos em dez anos contratar três sistemas, gerando um arranjo industrial, temos inovação com essas câmeras, mas estamos perdendo esse arranjo — afirmou.

Para Coêlho, o setor enfrenta três desafios que precisam ser superados para que a situação do país se reverta. O primeiro está relacionado ao orçamento destinado às atividades espaciais brasileiras. O segundo é a burocracia e as incertezas jurídicas que prejudicam as instituições executoras dos projetos. E o terceiro é que os programas de estado, como os programas espaciais, precisam da presença e competência do Estado para formular os requisitos e deixar que a indústria os execute.

— Torna-se fundamental que o Brasil entenda que não há alternativa fora da plena atribuição à industria nacional  — afirmou o presidente da AEB, referindo-se à responsabilidade sobre o desenvolvimento dos projetos em sua fase industrial.

O presidente do sindicato de metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, relatou exemplos de indústrias que estão à beira da falência, como a Avibras, que fabrica lançadores, e a Mectron, que fabrica mísseis.

— O nosso país é um país de dimensão continental, rico pela natureza, mas nós não temos hoje um preparo para enfrentar uma situação de guerra ou ameaça que não é descartado que no futuro a gente venha a viver — afirmou.

O diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da área de Ciência e Tecnologia (SindCT), Gino Genaro, criticou as falhas do governo com iniciativas que deram errado, como um contrato com a Ucrânia para lançamento de um foguete, rompido unilateralmente em 2015. Para ele, depende agora do governo e do Congresso traçar uma estratégia para que o setor espacial volte a crescer.

— Está nas mãos do Estado brasileiro, do governo e do parlamento traçar essa estratégia do programa espacial brasileiro — afirmou.


Fonte: Site da Agência Senado - http://www12.senado.leg.br/

Comentário: Caro leitor, note como avaliação feita pelo redator da matéria da Agência Senado destoa completamente da nota postada ontem no site da AEB e publicada aqui no Blog. Mesmo nesta matéria da Agência Senado chamo a sua atenção sobre o que disse o nosso honorável presidente de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), e o que disseram os outros participantes desta audiência, enfim... chega de dar Ibope a este banana. Gostaria como Cidadão Brasileiro aqui me dirigir ao Senador Cristovam Buarque, homem sério e que esteve presidindo esta audiência na Comissão de C&T do Senado.  Caro Senador Cristovam Buarque, como já deixei claro em diversas oportunidade em nosso Blog, cultuo um profundo respeito pelo senhor e pela sua trajetória de político sério e lutador incansável pela bandeira do desenvolvimento deste Território de Piratas, seja na área da educação de qualidade, seja na área de Ciência e Tecnologia. Ter o senhor a frente é no mínimo uma garantia de que dificilmente haverá combinemos ou algo semelhante sem que haja uma denuncia por parte de sua pessoa. Na matéria acima o senhor diz que: “a audiência pública foi a melhor até o momento desde que começou a presidir a comissão. Ele afirmou que vai preparar um documento que possa chamar a atenção do Brasil para o potencial que o país tem e que não está utilizando”. Em minha opinião Senador a ideia deste documento é boa, mas ele por si só não resolverá esta situação, já que documentos diversos já foram elaborados (um dos quais por iniciativa da própria Câmara Federal e o outro pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República-SAE, hilário este nome) e nada mudou. É preciso muito mais do que isto, e assim eu sugeriria que (se possível for) o senhor fosse em nome do Senado Federal a publico em cadeia de Radio e TV, ou então solicitasse a “Venus Platinada” da TV Brasileira que realizasse um grande Debate sobre o tema em horário nobre para todo país. O nosso povo Senador Cristovam (mesmo o mais esclarecido) é completamente ignorante sobre a importância estratégica do PEB para o futuro de nosso país, e precisa ser informado adequadamente e competentemente sobre esta situação, fora é claro, esclarecer a verdade dos fatos, que este banana de cabelos grisalhos que estava sentado ao seu lado durante esta audiência teima em esconder. Espero que o senhor seja um de meus leitores, ou que pelo menos alguém ligado ao senhor possa-lhe passar este meu desabafo. Aproveito uma vez mais para agradecer ao leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio desta matéria.

Comentários

  1. primeiro quero dizer que gostei muito desses vídeos , eles mostram tudo o que vem acontecendo na AEB, e porquê o PEB não decola, nós já sabia de tudo isso que foi mostrado nesses vídeos, não tenho provas e gráficos como foi mostrado nos vídeos.
    .

    gostei muito do depoimento do Macapá, ele mostrou como funciona os esquemas Internacionais para Sucatear as Empresas do Brasil, e quem está por trás de tudo isso, e onde foi enviado a fabricação dos 2 Jatos da EMBRAER, E.U.A. como sempre!

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