Acusado de Obediência a Cunha, Pansera é o Novo Ministro. Quinto em Cinco Anos
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada na edição de outubro do “Jornal do SindCT”, destacando que
o Ministro Celso Pansera é o quinto a
assumir o cargo em 5 anos.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2
Acusado de Obediência a
Cunha, Pansera
é o Novo Ministro. Quinto em Cinco Anos
Da Redação
Jornal do SindCT
Edição nº 41
Outubro de 2015
Deputado federal pelo PMDB-RJ, que tenta livrar-se da
acusação de “pau mandado”, assume a pasta e fala em continuidade. Aldo Rebelo,
por sua vez, é o novo titular do Ministério da Defesa. Traçar o perfil do novo
ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, é uma tarefa tão
rápida quanto sua recente ascensão na vida pública. As referências são breves e
nada divergentes, indicando uma carreira bastante errática do ponto de vista
partidário, mas de certa forma coerente no foco de sua atuação. Professor de
Língua Portuguesa, formado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
trabalhou em projetos e ocupou cargos em instituições ligadas de alguma forma à
educação profissional e tecnológica.
Gaúcho natural da pequena São Valentim, Pansera fez sua
vida pública no Rio de Janeiro. Foi liderança estudantil ligada ao Partido dos
Trabalhadores (PT) até tornar-se um dos fundadores do Partido Socialista dos
Trabalhadores-Unificado (PSTU). Em 2001, troca este pelo Partido Socialista
Brasileiro (PSB), na esteira de uma relação criada com o então deputado
federal, hoje prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, com quem
trabalhou em projeto de inclusão digital e na área da educação na Baixada
Fluminense.
Ocupou postos na Fundação de Apoio à Escola Técnica
(Faetec) do Estado do Rio de Janeiro, até chegar à presidência da instituição
em 2009, no governo de Sérgio Cabral, do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB), o que suscita nova troca de legendas. Só em 2015 é que
assume, pela primeira vez, um cargo eletivo: deputado federal pelo PMDB. Foi
eleito com 58.534 votos. Logo após sua nomeação para o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI), em entrevista ao jornal Zero Hora, Pansera
creditou a maioria da votação que obteve “ao pessoal do samba” e vinculou sua
saída do PSB ao lançamento da candidatura de Eduardo Campos, pois pretendia
manter-se na base da presidenta Dilma.
Na sua breve passagem pela Câmara dos Deputados não há
registro de projetos apresentados. No seu blogue, afirma que suas principais
“bandeiras em Brasília” são “ampliar a oferta de Ensino Médio integrado ao
Técnico, levar internet grátis a todas as casas e acabar com o voto obrigatório
e com o serviço militar obrigatório”.
Pansera presidiu a Comissão Especial da Crise Hídrica e
foi membro da CPI da Petrobrás, na qual protagonizou pedidos de quebra de
sigilo de familiares do delator Alberto Youssef. Em depoimento prestado em
julho na Justiça Federal, no âmbito da Operação Lava Jato, o doleiro, sem
citá-lo expressamente, referiu-se ao deputado como “pau mandado” de Eduardo
Cunha. Isso porque, tendo partido de Youssef denúncias contra o presidente da
Câmara dos Deputados (que teria recebido propina em negócios relacionados à
Petrobras), os requerimentos de quebra de sigilo da ex-esposa e das filhas de
Youssef foram vistos como uma tentativa de intimidar o doleiro. Pansera
rejeitou a acusação e procura minimizar sua relação com Cunha.
Alega que diverge do presidente da Câmara em temas
centrais: é contra processos de impeachment, opõe-se ao rompimento do PMDB com
a presidenta Dilma e votou contra a redução da maioridade penal.
“Tapa-buraco”?
O noticiário sobre Pansera deixou claro, no entanto, que
sua indicação para o MCTI veio à tona, nas negociações com o PMDB fluminense,
quase como um “tapa buraco”. Dilma teria pedido um nome com maior peso político,
mas acabou por aceitar a indicação do deputado. Na sua posse, em 5 de outubro,
Pansera indicou continuidade de ações da gestão Aldo Rebelo e uma preocupação
com a conexão entre ciência, tecnologia e crescimento econômico.
Afirmou que quer ampliar estímulos à ciência básica e
conectar inovação e processos produtivos. “A efetividade de nossas ações gerará
mais competitividade para a nossa economia”, disse. “Hoje foi um dia muito
especial em minha vida. No auditório do CNPq, uma solenidade marcou a cerimônia
de transmissão de cargo de Ciência, Tecnologia e Inovação”, registrou o
ministro na sua página pessoal no Facebook, em 8 de outubro. “Me sinto honrado
com esse desafio confiado a mim pela presidenta Dilma Rousseff.
Participaram da cerimônia os ministros da Defesa, Aldo
Rebelo, e da Saúde Marcelo Castro; o líder da bancada do PMDB, deputado
Leonardo Picciani; a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), Helena Nader; o presidente do CNPQ, Hernan Chaimovich; o
presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jacó Palis; o prefeito Alexandre
Cardoso; diversos deputados e vereadores, entre outras autoridades”. No dia 15
de outubro, em seminário da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa
e Inovação (FPCTI), realizado na Câmara dos Deputados, ele defendeu que, apesar
das limitações orçamentárias, a crise econômica pode alavancar soluções
criativas e abrir “novas janelas de oportunidades” para melhorar a área.
“Estamos buscando todas as organizações que atuam na área para conversar,
especialmente a sociedade civil e o setor industrial, e vamos montar uma agenda
com a Comissão [de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática] da Câmara”,
disse.
“Vamos traçar uma linha de ação muito forte com o
Parlamento, no sentido de ouvir a sociedade”. Pansera é o quinto nome a assumir
o MCTI desde o primeiro mandato da presidenta Dilma. Média de um ministro por
ano.
Fonte: Jornal do SindCT - Edição 41ª - Outubro de 2015
Comentário: E sabe o que é mais triste nisso tudo leitor,
é que tanto o pessoal do SindCT, como a Comunidade Científica Brasileira como
um todo, representada pela presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso
da Ciência (SBPC), Dra. Helena Nader, e pelo presidente da Academia Brasileira
de Ciências (ABC), Dr. Jacob Palis, entre outras instituições científicas brasileiras, realmente acreditam
que a realidade poderia ser outra com esses vermes no poder, e que com cartas manifestos
e documentos semelhantes irão mudar a atitude desses energúmenos. O desconhecimento
de como a política realmente atua nos bastidores de Brasília e pelo país afora em todos os níveis de governo infelizmente beira
a infantilidade. O Ministério de Ciência
e Tecnologia sempre foi conduzido como moeda de troca política por esses vermes
quando assim se tornou necessário, e o título desta matéria é uma grande prova
disso, acordem. Enquanto a passividade de vocês que realmente se importam com o futuro e a
C&T deste país (para alguns a
situação é cômoda) não mudar, esses energúmenos continuarão conduzindo vocês como cordeirinhos
ou indigentes pedintes. Quando vocês vão entender de que esses vermes só tem um real interesse, ou seja, saquear a nação? E que investir com seriedade em Ciência e Tecnologia não ajuda em nada neste saque, já que para tanto é necessário investir em educação de qualidade, coisa que não é nada saudável para governos populistas. Acordem, vocês podem e devem ser uma das lideranças na luta pela mudança cultural que este país precisa. Na realidade, devo dizer, minha única esperança, já que vocês fazem parte da população mais esclarecida, ou pelo menos, deveriam fazer.
Na realidade, eles não acreditam em nada disso, são paus mandados do sistema e que, desavergonhadamente, dão apoio deslavado à esta corja de safados que tomou o poder central no Brasil, representados pelo capo Lula e por sua servil Dilma Sapiens Rousseff. é um bando de incompetentes que vive às custas do erário, seja através de altos salários ou através de salários mais contribuição sindical, como é o caso do SindCT que, infelizmente, não cumpre seu papel e se atrela a canalhas.
ResponderExcluirOlá Bernardino!
ExcluirEu sinceramente torço e espero que não seja tanto assim como você esteja dizendo, caso contrario há quem haveremos de recorrer? Os Militares? Bom estes já demonstraram não estarem interessados em alguma mudança, somente os da reserva, mas estes pouco ou nada podem fazer, se é que querem realmente fazer algo. A Sociedade Civil? Bom esta é composta pelos os iludidos (a grande maioria), os interessados no caos, os interessados na luta pelo poder independente de grupos e aqueles que são motivados por interesses pessoais, poucos são aqueles que querem mesmo a construção de uma nação. Nem sei o que dizer mais para conscientizar as pessoas que não é assim que se constrói um país, muito menos uma nação, e vejo como a unica solução o evolvimento da Comunidade Científica liderando essa luta, mas para isto seus lideres ditos sérios precisam acordar.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)