7ª Jornada de Foguetes Teve Inscrição de Quase 2 Mil Escolas
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (01/11) no site da
“Agência Brasil” destacando que a “7ª Jornada de Foguetes” teve inscrição de
quase duas mil escolas.
Duda Falcão
Pesquisa e
Inovação
7ª Jornada de Foguetes Teve
Inscrição de Quase 2 Mil Escolas
Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
Rio de Janeiro, 01/11/2015 - 20h54
O lançamento
de foguetes construídos com garrafas pet atraiu cerca de 500 alunos e
professores de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do
Brasil para a 7º Jornada de Foguetes, que terminou hoje em Barra do Piraí (RJ).
O evento é organizado pela 9ª Mostra Brasileira de Foguetes e recebeu
inscrições de quase 2 mil escolas.
Os
estudantes representaram 103 equipes que foram selecionadas, em maio, durante a
mostra brasileira feita pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
(OBA). A jornada começou no dia 26 de outubro.
A intenção é
avaliar a capacidade dos jovens de construir e lançar os foguetes o mais longe
possível. Segundo os organizadores, esta edição recebeu 87.734 inscrições de
alunos, o que representou um aumento de 41,8% na comparação com o ano passado.
Houve também
crescimento no número de escolas participantes. Em 2015 foram 1.967 escolas do
país, uma elevação de 33,5% em relação a 2014, mas só os participantes com
projetos de foguetes de garrafa pet movido a vinagre e bicarbonato de
sódio foram convidados para a jornada.
A iniciativa
é apoiada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Instituto
de Aeronáutica e Espaço (IAE), pela Agência Espacial Brasileira (AEB), pela
Fundação Marcos Pontes, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI).
"A
jornada virou uma mania nacional, no bom sentido, em que mais e mais escolas
estão participando. Cada uma acaba incentivando uma escola vizinha a
participar, porque os alunos querem fazer a mesma coisa. Isso está nos deixando
muito felizes porque estamos propiciando um movimento que está crescendo por
pernas próprias, sem que a gente tenha que estar lá induzindo. Tanto é que em
Alagoas já temos um estado com uma olimpíada própria", disse o coordenador
nacional da OBA, João Batista Garcia Canalle.
Para a
escolha dos melhores projetos, a banca examinadora levou em consideração os
critérios de acabamento e originalidade do foguete e da base; além da segurança
e apresentação da equipe participante.
A lista de
vencedores, segundo a coordenação, será divulgada nos próximos dias. Os
lançamentos utilizaram uma pista de pouso de pequenos aviões da cidade. O
protótipo é fixado com a base presa no chão com inclinação de 45º. Segundo os
organizadores, para evitar ferimentos, o foguete é apontado em uma direção
livre de pessoas, árvores altas, fios elétricos, móveis, estabelecimentos ou
residências em um diâmetro de pelo menos dez metros.
O astronauta
brasileiro, Marcos Pontes, participou do encontro e fez uma palestra para os
alunos. Para ele, a jornada permite a integração de estudantes de diversas
partes do país que tem os mesmos sonhos, mas ele vê também uma possibilidade de
incentivar novos interessados no programa espacial brasileiro. "A gente
tem jovens bastante talentosos na área de engenharia. Da ponto de vista dos
professores é uma razão de motivação na carreira", disse.
Luis
Fernando Alves de Melo, hoje é professor de física da Escola Técnica Célia de
Souza Leão Arraes de Alencar, na cidade de Bonito, no sul de Pernambuco,
participou da jornada como estudante e, agora, incentiva os seus alunos a
desenvolverem projetos para o encontro. "Lá é uma cidade do interior e as
coisas acontecem lentamente, então quando se tem oportunidade de sair por
qualquer motivo, você fica mais inspirado", disse.
Na avaliação
de Melo, poder aplicar na prática os conhecimentos teóricos também é um
incentivo para o aluno. "Durante o ano este é um dos projetos que eu faço
questão que seja obrigatório para que todos participem. Vi que deu bons frutos
para mim e possivelmente dará para os outros também", disse.
Marcelo
Manoel de Carvalho Filho, tem 17 anos, cursa a 3ª série do ensino médio e é um
dos três alunos da equipe de Melo. "Ele já foi aluno, tem uma experiência
maior e agora professor está dando o exemplo para gente de que pode ser aluno e
depois professor", disse.
Marcelo
pensa no futuro e quer continuar nesta área, pretende fazer provas para
conseguir uma vaga no curso de engenharia mecânica. " Isso foi despertado
na escola e um incentivo para escolher esta área, para identificar o que eu
queria realmente", revelou.
Fonte: Site da Agência Brasil
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