Veja Como é o Trabalho dos “Pilotos” do Satélite Brasileiro Que Irá ao Espaço em 2016
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada hoje (03/08) no site da
Força Aérea Brasileira (FAB), destacando como é o trabalho dos “pilotos” do
satélite brasileiro que irá ao espaço em 2016.
Duda Falcão
AEROVISÃO
Veja Como é o Trabalho dos “Pilotos” do
Satélite
Brasileiro Que Irá ao Espaço em 2016
Trinta brasileiros terão o desafio de pilotar o
veículo
que ficará a 36 mil quilômetros da Terra
Agência Força Aérea
03/08/2015 - 06:00h
"Eu
me imaginava operando ou controlando algum veículo aéreo dentro da atmosfera,
não fora dela, no espaço”. A frase é do Tenente-Coronel Marcelo Magalhães, um
dos 30 brasileiros que estão diante do desafio de pilotar um veículo que ficará
a 36 mil quilômetros da Terra. Piloto de aeronaves de reconhecimento e patrulha
da Força Aérea Brasileira (FAB), o aviador interessado na área aeroespacial
iniciou sua preparação em abril de 2014.
“Na
aeronave, a resposta ao comando é imediata e visível ao piloto. No satélite, a
diferença é que não vemos o comando ser executado, temos que esperar e
interpretar os dados recebidos”, compara.
São
20 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de outros dez do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Espacial Brasileira
(AEB), Telebras e da empresa Visiona, que estão se especializando na tarefa de
operar, controlar e cuidar do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGDC). A “tripulação”do satélite é uma equipe que
trabalha 24 horas por dia, sete dias na semana.
Pilotar
o satélite significa mantê-lo na sua posição definida: o espaço não é infinito
para ele. O espaço geoestacionário está dividido em 180 posições orbitais, cada
uma separada da outra por um ângulo de 2°. No caso do SGDC, a órbita é sobre a linha do equador,
para que o satélite tenha um período de rotação igual ao da Terra, o que dá a
sensação de que ele está parado no espaço sobre a sua área de interesse.
Cada
uma dessas posições é um cubo com cerca de 75 quilômetros de cada lado. Neste
endereço espacial o SGDC deverá se manter para trabalhar bem. Porém, ele não
estará sozinho. Outros dois satélites, sendo um da Embratel e outro
estrangeiro, já orbitam por ali.
De
acordo com dados do centro de operações espaciais da Força Aérea dos Estados
Unidos, há 705 satélites geoestacionários em órbita. Quem organiza a posição
desses veículos espaciais é a ITU (International
Telecommunication Union), a agência especializada das Nações Unidas
para tecnologias de informação e comunicação.
Os
pilotos de satélite têm outro desafio: defender o satélite da atração da terra.
O equipamento precisa se manter a 36 mil quilômetros do solo, uma zona de
equilíbrio entre as forças que tentam lançar o satélite para o espaço ou
fazê-lo voltar para o planeta. O trabalho dos “pilotos” é baseado em cálculos e
mais cálculos para planejar e manobrar o satélite.
Uma
outra área de atuação da equipe é o monitoramento da “saúde” do satélite, ou
seja, manter os subsistemas, como softwares e componentes físicos, operando
normalmente. “Além de monitorar e corrigir alguma possível anomalia no
funcionamento do satélite, temos que estar atentos a alguma situação de alarme
de uma possível colisão”, exemplifica o Tenente-Coronel Magalhães.
A
operação e o controle do satélite serão realizadas no centro de operações a ser
construído em Brasília (DF). No local, de 11 mil m², nada poderá dar errado.
Todos os sistemas terão dupla redundância. Mesmo assim, se necessário, entrará em ação o backup no Rio de
Janeiro (RJ).
“Tudo
tem que funcionar com 99,9999% de confiabilidade”, afirma o Coronel Hélcio
Vieira Junior, Comandante do Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal
(NUCOPE- P). A unidade da Aeronáutica tem como missão justamente a formação de
profissionais para o futuro centro de operações espaciais.
Satélite
Será Lançado em 2016
Em
desenvolvimento na França pela Thales Alenia Space, sob a coordenação da
Visiona Tecnologia Espacial e fiscalização das equipes da Telebras e do
Ministério da Defesa, o Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGDC) será lançado em 2016 no foguete Ariane 5, a
partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, para atender demandas de comunicações
militares e civis.
A
construção do satélite brasileiro, segundo o Ministério da Defesa orçado em R$
1,7 bilhão, é estratégica para garantir a soberania das comunicações do governo
e também para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios
distantes e isolados, aonde não chega a rede terrestre de fibra ótica. A vida
útil será de aproximadamente 15 anos. O projeto é desenvolvido em conjunto
pelos ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência, Tecnologia e
Inovação.
A
parte civil, gerenciada pela Telebras, ocupará cerca de 70% da capacidade do
equipamento. Em relação à área militar, o SGDC vai aumentar em 2,4 vezes a
capacidade da atual rede de comunicações de defesa. Um único equipamento vai
trafegar mais informações do que os dois satélites em órbita atualmente. A
principal ferramenta militar a ser atendida é o Sistema de Comunicações
Militares (SISCOMIS), usado para dar suporte à rede operacional de defesa. “Vai
mais que dobrar a capacidade de comando e controle”, analisa o Coronel Hélcio
Vieira Junior, Comandante do NUCOPE-P.
Leia
esta e outras reportagens na Aerovisão
Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Que piada!
ResponderExcluir