INPE Completa 54 anos
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (03/08) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o instituto completa bo dia de hoje 54 anos de criado.
Duda Falcão
INPE Completa 54 anos
Segunda-feira, 03 de Agosto de 2015
Criado em 3 de agosto de 1961, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) atua nas áreas de Meteorologia e Mudanças
Climáticas, Observação da Terra, Ciências Espaciais e Atmosféricas e Engenharia
Espacial. Possui laboratórios associados em Computação Aplicada, Combustão e
Propulsão, Física de Materiais e Física de Plasmas. Presta serviços
operacionais e singulares de previsão do tempo e clima, monitoramento do
desmatamento da Amazônia Legal, rastreio e controle de satélite, medidas de
queimadas, raios e poluição do ar e, ainda, realiza testes e ensaios industriais
de alta qualidade.
O INPE é o principal órgão civil responsável pelo
desenvolvimento das atividades espaciais no País. Ligado ao Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como missão contribuir para que a
sociedade brasileira possa usufruir dos benefícios propiciados pelo contínuo
desenvolvimento do setor espacial.
O INPE também se dedica à prestação de serviços, como a
distribuição de imagens meteorológicas e de sensoriamento remoto, e à
realização de testes, ensaios e calibrações. Além disso, o Instituto transfere
tecnologia, fomentando a capacitação da indústria espacial brasileira e o
desenvolvimento de um setor nacional de prestação de serviços especializados no
campo espacial.
Um dos mais importantes programas do INPE é o CBERS –
Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, que teve início com a
assinatura do acordo de cooperação espacial com a China em 1988. Como resultado
desta parceria, em dezembro de 2014 foi lançado o CBERS-4, o quinto satélite
desenvolvido em conjunto por Brasil e China. O lançamento do CBERS-4 estava
inicialmente programado para dezembro de 2015 e foi antecipado em um ano devido
à falha ocorrida com o foguete chinês, que causou a perda do CBERS-3, em
dezembro de 2013. A antecipação representou um enorme desafio e o sucesso no
lançamento do CBERS-4 comprovou o comprometimento e o alto nível técnico dos
especialistas do INPE. Antes, por meio do Programa CBERS, foram lançados com
sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).O próximo satélite
deverá ser o CBERS-4A, para lançamento em 2018.
Na área de acesso ao espaço e engenharia também se
destaca a plataforma orbital PMM - Plataforma Multimissão, uma iniciativa
nacional, cujo primeiro projeto encontra-se em avançada fase de execução. A
primeira PMM deverá compor o satélite de sensoriamento remoto Amazônia-1, que
permitirá o aumento da frequência da produção de imagens e assim o
acompanhamento mais imediato de fenômenos de grande impacto, tais como
queimadas e desflorestamento.
O INPE mantém, desde 1993, o Sistema Brasileiro de Coleta
de Dados Ambientais, operado por dois satélites em órbita equatorial – o SCD-1
e o SCD-2. Primeiros satélites projetados, construídos e operados por brasileiros,
os SCD-1 e 2 foram lançados em 1993 e em 1998, respectivamente. Ambos estão
operacionais e apresentam desempenho satisfatório, embora tenham sido
projetados para uma vida útil de até dois anos. Esta longevidade é resultado de
uma alta competência tecnológica e do rigor empregado na qualificação de seus
componentes e subsistemas, nos processos de integração e montagem e, ainda, na
competência operacional no controle dos satélites. Os SCDs têm como missão
retransmitir para uma estação receptora os dados coletados por uma rede de
centenas de plataformas automáticas de coleta de dados ambientais (PCDs)
distribuídas ao longo do território nacional. Estes dados são utilizados
em diversas aplicações, como previsão de tempo, estudos sobre correntes oceânicas,
marés, química da atmosfera, planejamento agrícola, entre outras. Uma aplicação
de grande relevância é o monitoramento das bacias hidrográficas, com dados fluviométricos
e pluviométricos.
Com relação à área de Observação da Terra, destaca-se o
PRODES – Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. Com mais
de 25 anos de história, o PRODES é considerado o maior programa de
acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir os 4 milhões de km² de áreas
florestais e por sua frequência anual. Seu resultado mostra a taxa média e a
estimativa da extensão do desflorestamento bruto da Amazônia brasileira e tem
orientado a formulação de políticas públicas para a região.
Desde 2004, o INPE também opera o sistema DETER -
Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que utiliza sensores com alta
frequência de observação para reduzir as limitações da cobertura de nuvens. A
maior frequência de observação permite que o DETER forneça aos órgãos de
controle ambiental informação periódica sobre eventos de desmatamento, para que
possam ser tomadas medidas de contenção. Mais recentemente, entrou em operação
o DEGRAD - Sistema de Monitoramento de Áreas de Florestas Degradadas na
Amazônia.
Outro importante instrumento utilizado na preservação da
maior reserva natural da Terra é monitoramento orbital de focos de calor, que
fornece dados ao Programa de Prevenção e Controle às Queimadas e Incêndios
Florestais no Arco de Desflorestamento, conhecido como PROARCO, sob a
responsabilidade do IBAMA.
Com relação às atividades em Meteorologia, o Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, criado em 1994 e
sediado em Cachoeira Paulista (SP), deu passos significativos nos últimos anos
na manutenção de sua liderança como um dos mais completos núcleos de previsão
meteorológica e climática do Hemisfério Sul e do planeta. Essa é uma área da
ciência altamente vinculada ao desenvolvimento do país, em especial nos setores
agrícola, energético e na conservação do meio ambiente. Graças aos recursos
computacionais do INPE, o Brasil está entre países com alta capacidade de
processamento dedicado para operação e pesquisa em tempo e clima.
A área de Ciências Espaciais e Atmosféricas realiza
pesquisas básicas e aplicadas com a finalidade de entender os fenômenos físicos
e químicos que ocorrem na atmosfera e no espaço. E o INPE também mantém
atividades associadas à área espacial que desenvolvem pesquisas pura e
aplicada, visando o domínio de tecnologias de ponta e de interesse estratégico
às atividades espaciais nas áreas de sensores e materiais, física de plasma,
computação científica e modelagem matemática.
Na área de infraestrutura de apoio a satélites, o INPE
conta com dois laboratórios e um centro operacional. São eles: o Centro de
Rastreio e Controle de Satélites (CRC), o Laboratório de Integração e Testes
(LIT) e o Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP). O LIT equipara-se aos
melhores laboratórios do gênero no mundo, sendo o único em sua categoria no
Hemisfério Sul, com capacidade para a realização de atividades de montagem,
integração e testes de satélites e seus subsistemas. Especialmente projetado e
construído para atender às necessidades do Programa Espacial Brasileiro, o LIT
atua também na qualificação de produtos industriais que exijam alto grau de
confiabilidade, em setores diversos como telecomunicações, automotivo, informática
e médico-hospitalar.
Outra atividade importante do Instituto é a recepção,
gravação, produção e disseminação de dados de satélites nacionais e
estrangeiros. A partir de 2004, numa iniciativa pioneira no mundo, o INPE
passou a disponibilizar gratuitamente as imagens de seus satélites pela
internet, beneficiando o sistema de gestão do território - de acesso antes
restrito ao governo – à pesquisa nas universidades e ao desenvolvimento das
empresas privadas, que geram emprego e renda com tecnologia espacial.
As imagens e produtos derivados do INPE são úteis em
áreas como saúde, segurança pública, gerenciamento de desastres naturais e
biodiversidade. Abertas à sociedade, as informações sobre tempo e clima
colaboram para o desenvolvimento econômico e social do País. A evolução das
previsões nesta área é fator importante para a evolução do agronegócio e para o
planejamento energético.
Não só as imagens de satélites e dados brutos estão
disponíveis a qualquer cidadão, mas também os resultados obtidos em seus
estudos e projetos. No INPE, há um compromisso com a transparência sobre
informações que são de interesse da sociedade como, por exemplo, dados sobre
qualidade do ar, raios, tempo e clima, níveis de reservatórios ou
desmatamentos.
O estabelecimento e a manutenção das competências
científico-tecnológicas são apoiados pelo programa de pós-graduação realizado
pelo INPE desde o final da década de 1960. Outra característica que fortalece o
instituto é o relacionamento com outras organizações para o intercâmbio
científico e tecnológico, acesso e fornecimento de dados e desenvolvimento de
serviços, tecnologias e sistemas espaciais.
Presente em todas as regiões do Brasil, o INPE tem sua
sede em São José dos Campos (SP). Possui centros regionais em Belém (PA), Natal
(RN) e Santa Maria (RS), além de unidades em Cuiabá (MT) e Cachoeira Paulista
(SP).
Laboratório de Integração e Testes de satélites do INPE,
em São José dos Campos.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
CBERS - desde 1988, certo?
ResponderExcluirE o que sabemos fazer do satélite?
Sabemos fazer o controle de atitude?
Se não, só sabemos fazer balas de canhão!
PMM - desde 2001, certo?
Ela existe?
Não era para estar pronto em 2004?
Quando mesmo?
Estão de brincadeira?
O INPE fica na Suíça?
https://www.youtube.com/watch?v=_R__4qFkkSA
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