Economia e Defesa Pautam Cooperação Espacial Entre BRICS
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo postado dia (05/08)
no site da “Gazeta Russa” destacando que a Economia e Defesa pautam Cooperação
Espacial entre BRICS.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Economia e Defesa Pautam
Cooperação Espacial Entre BRICS
Em julho, membros do grupo decidiram cooperar mais
ativamente
no setor espacial.Porém, sem projetos unificados, países vêm
estabelecendo
parcerias bilaterais em áreas de interesse comum.
Um dos programas mais promissores
é a possível parceria
russo-brasileira na construção do veículo de lançamento
Cyclone 4.
Por Víktor Kuzmin,
Gazeta Russa
05/08/2015
Foto: Press Photo
Sistema de navegação por satélite
GLONASS é uma das
tecnologias exploradas por BRICS.
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Os líderes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
concordaram em aprofundar parcerias na área científica e empregar conjuntamente
tecnologias espaciais e de navegação por satélite, incluindo o sistema russo GLONASS,
durante a última cúpula do BRICS, realizada em julho em Ufá, na Rússia central.
“Os parceiros do bloco vão focar em projetos de exploração prática do
espaço, que atendam a necessidades econômicas e de defesa”, sugere Ivan
Moiseev, diretor científico do Clube Espacial. No entanto, as áreas de trabalho
para o desenvolvimento do setor espacial ainda não foram definidas.
“Ocorre que os cinco países apresentam características muito
diferentes. Além disso, se no início da era espacial havia um grande avanço a
cada ano, hoje as novas descobertas estão cada vez mais difíceis e caras,
exigindo muito mais tempo”, explica Moiseev.
Exemplos disso, segundo o cientista, são a sonda “Rosetta”, da agência
espacial europeia, e a estação “New Horizons”, da norte-americana NASA, que já
estão em operação há 10 anos. “E olha que a capacidade econômica dos países do BRICS
é substancialmente menor a dos EUA.”
Somado ao alto custo de operação, as missões espaciais tripuladas, os
telescópios espaciais e a exploração planetária não geram benefícios econômicos
diretos, e são basicamente guiadas pelo interesse público na exploração do
universo.
Promessa Brasileira
Para Moiseev, se o bloco quiser se consolidar no setor espacial será
necessário conduzir projetos factíveis e significativos. Porém, o cientista
considera “impossível” a criação de uma estação espacial internacional conjunta
do grupo.
“A construção de uma estação espacial nesse formato é impossível, pois
requer enorme investimento financeiro e, por razões geográficas, a estação
estaria em uma posição extremamente desfavorável tanto para a Rússia, quanto
para a China”, destaca o diretor do Clube Espacial, ao relembrar que Moscou
está comprometida com a ISS (da sigla em inglês, Estação Espacial
Internacional) até 2025.
Entre as iniciativas promissores do BRICS na esfera espacial, Moiseev
cita, por exemplo, o interesse russo em substituir a Ucrânia em um projeto com
o Brasil para a construção do veículo de lançamento Cyclone 4, com o qual será
possível lançar satélites em órbita baixa e média.
No âmbito desse projeto, a Ucrânia era responsável pela construção da
plataforma e do foguete de lançamento. O primeiro lançamento estava previsto
para 2006, mas o foguete não ficou pronto. Este ano, as autoridades brasileiras
se recusaram a dar continuidade ao programa.
No final de julho, o vice-primeiro ministro russo Dmítri Rogôzin
declarou que o país já havia apresentado sua proposta de cooperação.
“Instalamos diversas estações GLONASS no Brasil e temos planos em ajudar o país
a desenvolver centros espaciais”, disse à imprensa em Moscou
Altos e Baixos
O programa mais bem-sucedido entre os BRICS no setor é o projeto
sino-brasileiro de desenvolvimento e lançamento de satélites para o estudo de
recursos naturais da Terra. Em meados de julho, mais um satélite criado por
institutos de tecnologias espaciais da China e Brasil foi colocado em operação.
Mas nem todos os programas tiveram a mesma sorte. A cooperação
russo-indiana para exploração lunar, intitulada Chandrayan-2, foi cancelada em
2013, depois de as autoridades da Índia anunciarem que conduziriam o plano
independentemente.
Paralelamente, a cooperação entre Pequim e Moscou tem sido ofuscada
pela tentativa mal sucedida de desenvolver de uma pequena sonda chinesa para
exploração de Marte. Outro grande empecilho para o avanço da parceria é o fato
de os países serem concorrentes na atividade de lançamento de satélites.
“Apesar de os mercados dos países em desenvolvimento ser muito
promissor para a Rússia, a China já trabalha ativamente eles”, concluiu
Moiseev.
Fonte: Site da Gazeta Russa- 05/08/2015 - http://br.rbth.com
Comentário: Primeiramente
devo dizer que ou a tradução de parte deste artigo foi feita de forma errada,
ou o seu autor cometeu um erro tremendo, como se pode notar no subtítulo deste
artigo. O Cyclone-4 é um foguete ucraniano (apesar de conter algumas partes
russas) e seja qual for o acordo que o Brasil venha fazer com a Rússia ou qualquer outro país na área
de veículos lançadores, felizmente não envolverá este trambolho tóxico
ucraniano. Entretanto só mesmo irresponsáveis assinariam acordos na área
espacial com o Brasil conhecendo o histórico de nosso país nesta área, especialmente num plano que envolva grandes investimentos como os de
projetos de veículos lançadores, afinal todos sabem que o desgoverno brasileiro
não tem o menor compromisso com o seu programa espacial, e mesmo entre os
integrantes do BRICS existem exemplos que comprovam isto em projetos que
envolviam recursos bem inferiores, como por exemplo, o projeto dos Satélites
IBAS com a Índia e África do Sul, ou em projetos mais caros, como o projeto da ISS com a Rússia, EUA, Japão,
Canadá e países integrantes da ESA (Agência Espacial Européia) e até mesmo com
o Programa CBERS com a China citado pelo artigo acima que, cá para nós, após 27
anos de estabelecido e cinco satélites construídos acrescentou muito pouco tecnologicamente
para este país asiático, sendo ainda mantido por eles apenas por questões de
ordem política. Vale lembrar que o próprio
desastroso acordo com a Ucrânia é um grande exemplo disto, sem falar no acordo mais
recente assinado com a Alemanha para o desenvolvimento conjunto do VLM-1 que
enfrenta o mesmo problema de falta de compromisso. Ora, diante disto leitor se algum
acordo nessa área de veículos lançadores vier a ser mesmo assinado com a Rússia
ou qualquer outro país, certamente o mesmo estará sendo motivado por questões
de interesse político, por alguma troca de favores ou questões não tão nobres,
já que a contraparte estrangeira terá exemplos de sobra da impossibilidade do
estabelecimento de qualquer acordo nesta área que envolva seriedade e
compromisso por parte do Brasil e de seu desgoverno. Vamos aguardar os acontecimento e torcer, torcer muito mesmo para o bem do Brasil, que esses vermes não venham fazer ainda mais merda do que já fizeram.
Um dos " programas mais promissores é a possível parceria
ResponderExcluirrusso-brasileira " na construção do veículo de lançamento Cyclone 4.
possível parceria russo-brasileira , vamos Analisar esse Texto , ( se o Cyclone 4 com a Ucrânia foi dito como Anti-Econômico , por quê com a Rússia seria Viável ? )
fica meio sem nexo essa idéia , Será que a Rússia faria o Cyclone 4 com 4 Estágios e com carga Superior ao da Ucrânia ou seria o mesmo Foguete anterior ?
vamos questionar sobre as possíveis montagens desse suposto novo Cyclone 4 , caso ele venha mesmo ser Fabricado ainda.
Olá Anônimo!
ExcluirNão existe essa coisa de projeto russo-brasileiro envolvendo esse trambolho tóxico Cyclone-4. A família de veículos lançadores Cyclone é ucraniana, apesar de usar alguns componentes russos. Como disse no meu comentário ou houve erro na tradução do texto ou o autor pisou na bola. Na realidade o que os russos ofereceram foram uma possibilidade de parceria na família de veículos ANGARA, esta sim composta por foguetes avançados e muito menos poluentes. Já em relação ao meu posicionamento quanto a estra possibilidade já o fiz no meu comentário acima e em comentário anteriores.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Ao ler a notícia do site Gazeta Russa me recordei de uma matéria que li recentemente no site DefesaNet, onde destacava a intenção de utilização por parte da Russia dos antigos mísseis R-36M “(SS-18 Satan, na classificação da OTAN), após convertê-los na versão Dnepr para uso civil. Moscou ainda tem cerca de 60 desses ICBMs atualmente, e a ideia é usá-los para lançamentos comerciais, e evitar a destruição dos equipamentos caros e em bom estado”.
ResponderExcluirE ainda que segundo o site: “O Dnepr ocupa um nicho importante nesse setor: entre 2003 e 2012, a plataforma foi responsável por 22% dos lançamentos de micro satélites (10 a 100kg) e 18% de nano-satélites (1 a 10kg). Esses são os melhores números até o momento para este segmento em particular, e o foguete em si é bastante confiável. A tecnologia para esse tipo de lançamento está sendo desenvolvida em universidades e empresas em todo o globo, o que reforça a possibilidade de crescimento da demanda nos próximos anos”.
“O custo aproximado de uma unidade do Dnepr fica em torno de US$24 e US$30 milhões Uma verdadeira bagatela em relação ao Cyclone-4, e com a vantagem de ele que eles já estão prontos apenas precisando passar por modificações. Caso, nos próximos anos, o preço de colocar satélites em órbita não diminua significativamente, esses foguetes terão boas chances de serem usados até os idos de 2030, já que lançamento de satélites é o principal uso alternativo para mísseis balísticos”.
Quanto à não finalizada base para originalmente lançar o Cyclone 4 poderá caso venha mesmo a se confirmar essa parceria entre Brasil e Russia ser concluída para lançar o Dnepr que é da mesma família R-36M como também os Tsyklon-2, Tsyklon-3, e mesmo o Tsyklon-4 que está em desenvolvimento. Ou seja, ao que parece, a base não ficará crescendo mato. A velha Russia está por trás do rompimento com a Ucrânia e ainda tirará vantagens econômicas e políticas.
Porém, no longo prazo a Rússia já está envolvida no aperfeiçoamento e diminuição dos custos do futuro vetor Angara, que poderá se encaixar no nicho aeroespacial hoje ocupado pelo Dnepr.
Fontes: http://www.defesanet.com.br/tecnologia/noticia/19958/Russia-volta-a-lancar-ICBMs-R-36M/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tsyklon
Paulo Giovanni, na minha Opinião , trocar o Cyclone 4 pelo Dnepr , é trocar 6 por meia dúzia , os dois Foguetes são Velharia , Eu prefiro que a parceria seja com o Angara
ResponderExcluirnão gosto da idéia dessa nova Binacional entre Rússia e Brasil , nem com o cyclone 4 ou o outro Dnepr , são Foguetes Velhos e aposentados, o Angara seria uma boa idéia ,
ResponderExcluirmas o ideal seria o VLS ALFA e VLS BETA para baixas Órbitas e VLS GAMA para Órbitas médias e o VLS DELTA e VLS EPSILON para Órbitas Altas , os Foguetes do Cruzeiro do Sul , seria a melhor Solução para a Indústria Aero Espacial e reposição de técnicos da área
um Situação Nacional , que deveria ter a Opinião de todos que se Importam com programas Aeroespacial, por enquanto o Brasil não tem um Foguete Ativo e de grande Porte para Lançamentos de Satélites de 5.000 Kg à 7.500 Kg. desse modo a parceria do Brasil com a China , é bem vinda, a Rússia também para Lançar Satélites é bem vindo , só por enquanto , até o Brasil conseguir desenvolver seus próprios Foguetes, o que é um Erro , são esses programas Extras de Bi-Nacional como foi criado a ACS e agora essa nova idéia de possível Bi-Nacional de Brasil e Rússia, o dinheiro gasto nesses projetos , no caso do Cyclone 4 , foram gastos R$ 1.OOO.OOO.OOO,oo que foram desviados do Programa Cruzeiro do Sul , para atender um único Foguete Velho , Sucateado e com Propelente Super Tóxico, tudo isso foi um tremendo ERRO do lado Brasileiro.
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