MCTI Assina Sete Acordos de Cooperação com EUA

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (01/07) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) assinou sete acordos de cooperação com os EUA.

Duda Falcão

MCTI Assina Sete Acordos
de Cooperação com EUA

MCTI

Foto: Roberto Stuckert/PR
A presidente Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama,
em recepção na Casa Branca.

Brasília, 01 de julho de 2015 O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e suas instituições assinaram sete acordos de cooperação bilateral na visita oficial da presidenta Dilma Rousseff ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Um deles, firmado pelo ministro Aldo Rebelo e pelo diretor do Escritório de Política de Ciência e Tecnologia dos EUA (OSTP, na sigla em inglês), John Holdren, é o Plano de Ação 2015-2017 definido pela Comissão Mista Brasil-Estados Unidos de Cooperação Científica e Tecnológica (COMISTA).

O ato ocorreu no Departamento de Estado norte-americano, ontem (30), no almoço oferecido pelo vice-presidente Joe Biden em homenagem à presidenta Dilma. O Plano de Ação assinado por Rebelo e Holdren é a parte integral da 4ª Reunião da Comista, que abrangeu as áreas de desastres naturais, ecossistemas, energias limpas e renováveis, saúde, física de altas energias, luz síncrotron, segurança cibernética, popularização da ciência e inovação. Ligado à Casa Branca, o OSTP é o órgão do governo correspondente ao MCTI.

Em maio, Rebelo estive em Washington para as discussões da Comista e outros compromissos preparatórios à visita presidencial. Os trabalhos da Comissão permitiram o encaminhamento dos consensos oficializados ontem.

Área Aeroespacial – A instalação, no Brasil, de uma estação terrestre ligada ao Programa da Constelação do Sistema de Observação para Meteorologia, Ionosfera e Clima (COSMIC-2) é o objetivo de anexo assinado pelo MCTI e pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). Trata-se de um complemento a um memorando já em vigor.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) se compromete a adquirir, construir, instalar, operar e manter a estação em local a ser definido com a instituição parceira. A intenção é que a infraestrutura entre em operação pelo menos seis meses antes do primeiro lançamento do programa, previsto para setembro de 2016.

Parceria entre EUA e Taiwan, o COSMIC-2 visa a desenvolver, lançar e operar uma missão de satélites que suceda a primeira edição do COSMIC, no intuito de coletar dados troposféricos e ionosféricos como insumos para previsões de tempo diárias, estudos climáticos e pesquisa espacial.

A Agência Espacial Brasileira (AEB) e a agência espacial norte-americana (NASA) assinaram acordos para ampliar os estudos sobre o clima espacial e global e os da área de heliofísica, ciência que estuda o Sol.

Com o primeiro acordo, o Brasil passa a integrar o Programa de Aprendizagem e Observações Globais em Benefício do Meio Ambiente (GLOBE, na sigla em inglês), ação de ciência e educação ambiental que reúne estudantes, professores e cientistas. A parceria tem duração mínima de cinco anos.

Na área de heliofísica, as agências acertaram que o Brasil participará de missões que estudam o Sol e os arredores da Terra, tais como a Magnetospheric Multiscale Satellites (MMS) e a Van Allen Probes. O compartilhamento de dados deve melhorar os resultados e aumentar a produtividade científica dentro dessa especialidade.

As agências anunciaram ainda parceria firmada no último dia 18 de junho para aumentar as oportunidades para estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação participarem do Programa de Estágio Internacional NASA. O projeto permite a troca de experiência entre alunos dos dois países.

Luz Síncrotron – O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) firmaram memorando de entendimento com o Laboratório Nacional Argonne e o Advanced Photon Source (APS), para desenvolver mecanismos e processos para aprofundar a colaboração relacionada à pesquisa e desenvolvimento (P&D) com fontes de luz síncrotron.

O texto menciona, como formas de cooperação, o intercâmbio de dados científicos e técnicos, a organização de encontros para discutir tópicos específicos voltados às atividades, o planejamento de projetos e a mobilidade acadêmica de cientistas, engenheiros e outros especialistas.

Outro memorando envolve a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Council on Competitiveness (CoC), no campo de inovação e competitividade. O objetivo é estabelecer um quadro de cooperação que contribua para a melhoria das políticas públicas brasileiras e norte-americanas na área.

O entendimento inclui a mobilização de empresas, capacitando-as e contribuindo para a melhoria das políticas. Além disso, tem a finalidade de promover a inovação empresarial, influenciando a criação de um ambiente favorável aos negócios e incentivando o desenvolvimento humano e tecnológico, por meio da organização e disseminação do conhecimento.

Neutrinos – Por fim, uma declaração de intenções prevê a promoção de esforços de pesquisa e desenvolvimento colaborativos em física de neutrinos. Ela envolve o MCTI e o Departamento de Energia dos Estados Unidos (equivalente à pasta da área).

As duas partes manifestam o objetivo de celebrar acordos para realizar P&D em qualquer tópico mutuamente acertado. Há possibilidade ainda de adicionar áreas de interesse comum, à medida que surgirem prioridades. O documento destaca a compreensão relativamente baixa da humanidade acerca de aspectos da física de neutrinos, especialmente aqueles associados à massa da partícula subatômica – desprovida de carga elétrica e conhecida por sua leveza e abundância no universo.

Hoje (1º), a presidenta Dilma e sua delegação visitam centros de alta tecnologia, instituições de ensino e empresas na Califórnia. A agenda inclui as universidades da Califórnia, a de Stanford, a sede do Google, o SRI International e o Centro de Pesquisas Ames, da NASA.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Quanto aos acordos na área espacial me reportarei mais tarde, já quanto aos acordos na área de Física, quero realmente acreditar que tenham sido negociados por gente séria e comprometida, pois os institutos (CNPEM e LNLS) citados nesta nota do MCTI têm nos últimos anos apresentados resultados bastante significativos graças à dedicação e motivação de seus servidores, apesar do pouco investimento deste desgoverno de energúmenos. Entretanto, estamos aqui falando de algo bem maior e se deve perguntar, os acordos foram amarados de forma competente? Trará realmente benefícios as áreas envolvidas? O que de fato motivou esses acordos? E principalmente, haverá compromisso do governo em cumpri-los? Bom, esta é um questão que só mesmo o tempo responderá, mas isso não me impede de achar que NÃO, eles não serão conduzidos da melhor forma em busca dos melhores resultados, seja no desgoverno desta debiloide por incompetência, desinteresse político e por uma legislação inadequada, ou por um outro desgoverno subsequente não petista, não só pelo mesmos motivos como também por revanchismo político, coisa muito comum entre esses energúmenos de merda.

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