Espaçonaves Pequenas e Baratas Podem Ser a Solução da NASA Para Explorar Planetas Distantes
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postado dia (22/05)
no site “GIZMODO Brasil” destacando que os CubeSats podem ser a solução da NASA
para explorar Planetas Distantes.
Duda Falcão
NASA
Espaçonaves Pequenas e Baratas
Podem Ser a Solução da
NASA Para
Explorar Planetas Distantes
Por: Kiona
Smith-Strickland
22 de maio de 2015 às 15:46
Por enquanto, para se estudar a atmosfera de um planeta
ou lua distante é preciso desembolsar o valor de uma missão multimilionária.
Mas a NASA está se esforçando para tornar a exploração espacial muito mais
acessível — usando os baratos e leves CubeSats.
Os CubeSats, espaçonaves de apenas 10x10cm, vêm sendo usados
de forma entusiasmada por cientistas, estudantes e pesquisadores que
precisam lidar com baixo orçamento nos últimos anos. Até mesmo os CubeSats
de alto padrão, com
sofisticados sensores e ferramentas de comunicação, geralmente
custam apenas alguns milhares de dólares, e eles podem voar com tudo, desde
câmeras a experimentos biológicos.
Resumido, pode-se fazer muito com um CubeSat — desde que
tudo o que você quer fazer esteja em órbita terrestre baixa. Como os CubeSats
não possuem sistemas de propulsão próprio, veículos de lançamento precisam
deixá-los entre 160 a 2,000 km acima da Terra. E a partir do momento que eles
são soltos, a órbita dos CubeSats começa a decair.
James Esper, um tecnólogo do Centro de Voo Espacial
Goddard da NASA, está tentando mudar isso.
A ideia é bem simples: adicione um módulo de controle de
propulsão e altitude para que o CubeSat possa se mover no espaço. Adicione um
módulo de blindagem para protegê-lo do calor ao entrar na atmosfera de um
planeta. A NASA chama o projeto de CAPE, ou CubeSat
Application for Planetary Entry Missions.
Esper e equipe planejam lançar sondas CubeSat de
espaçonaves e então enviá-los ao Sistema Solar para estudar atmosferas de
alvos como Júpiter, ou Titã, a lua de Saturno. Isso poderia custar apenas
alguns milhares de dólares, em vez dos milhões que geralmente são usados para
construir e lançar sondas interplanetárias. Pesquisadores poderiam até lançar
uma pequena frota de CubeSats na atmosfera de Júpiter para coletar dados de
localizações diferentes. A Micro-Reentry Capsule (MIRCA), ou cápsula de
micro-reentrada, protegeria os CubeSats da entrada na atmosfera e os
sensores deles coletariam e enviariam dados à Terra até o último momento.
Os CubeSats poderiam até mesmo ir além do Sistema Solar,
ao usar pequenos painéis solares, ou quem sabe um LightSail.
Na verdade, existem muitas possibilidades de propulsão. Um CubeSat
interplanetário poderia potencialmente usar um sistema de propulsão de íons,
o mesmo usado para transportar a espaçonave Dawn, da NASA, ao planeta Ceres,
por exemplo, e diversas companhias já trabalham há alguns anos com outros
métodos de pequenas propulsões, seguindo o crescente interesse nos CubeSats.
Até então, Esper não descreveu estes potenciais sistemas
de propulsão em detalhes, mas em um recente anúncio, afirmou esperar encontrar parceiros
para trabalhar no módulo CAPE, depois que ele e a equipe testarem a MIRCA
usando um balão de grande altitude. Eles soltarão o módulo do balão de uma
altura de cerca de 30km sobre o Fort Sumner, no Novo México, quebrando a
barreira do som enquanto cai sobre o deserto. A queda testará a estabilidade
aerodinâmica da MIRCA.
Ano que vem, Esper e sua equipe esperam testar o sistema
de reentrada do CubeSat lançando-o da Estação Internacional Espacial. Se tudo
der certo, esses pequenos dispositivos podem eventualmente ser a vanguarda para
planetas ainda fora do nosso alcance.
Fonte: Site GIZMODO Brasil - http://gizmodo.uol.com.br
Comentário: Notícia muito interessante que pode interessar
aos grupos que desenvolvem atualmente no Brasil ou pretendem desenvolver no
futuro projetos espaciais baseados na plataforma CubSats. Sempre levantamos
aqui no Blog a possibilidade do uso desta plataforma para missões espaciais
alternativas e baratas direcionadas para além da órbita da Terra ou para o
espaço profundo. Neste contexto, até onde sabemos, a única missão brasileira atualmente
em desenvolvimento é a Missão Lunar do grupo ZENITH da USP, iniciativa esta que
conta com o apoio do Eng. Lucas Fonseca da empresa AIRVANTIS. E segundo foi
recentemente divulgado pelo próprio engenheiro, a sua equipe pretende ainda no primeiro semestre
deste ano colocar um experimento ligado à missão em alta altitude, e até o
final do ano, ter a plataforma que será a base para esta missão lunar. Muito se
falou nos últimos anos na tal fantástica Missão ASTER que envolvia a
participação de varias instituições universitárias e alguns institutos do país
com o apoio dos russos que forneceriam a plataforma da missão, mas além desta
plataforma não ser um plataforma CubeSat, depois da realização pela AEB de um
Workshop para supostamente captar interessados em investir na missão, não se
ouviu mais falar da mesma e o projeto parece ter sido cancelado. Enfim... tudo ou
quase tudo que este presidente fantoche desta agência espacial de brinquedo mete
a mão tem grandes possibilidades de se tornar mais uma fantasia deste desgoverno
desastroso. Uma pena, mas enfim... se este for realmente o caso com Missão ASTER, não será a primeira vez que missões de espaço profundo não saem do
papel no Brasil, e certamente não será a última. Espero e torço para que pelo
menos a Missão Lunar da USP não siga o mesmo lamentável destino. Aproveitamos
para agradecer uma vez mais ao leitor Bernardino Silva pelo envio desta interessantíssima
notícia.
Com o VLM acredito que o nosso país, embora saibamos que o PEB não tem sido prioridade desse governo, poderá avançar e muito na pesquisa espacial e os CubSats são parte dessa conquista.
ResponderExcluirTem gente que diz que o VLS não tem mercado.Como não se a miniaturização está de vento em popa.
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