Embraer Avalia Novas Opções no Programa Espacial

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (20/04) no site do “Jornal Valor Econômico” e postado no site da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que a empresa EMBRAER está avaliando novas opções na área de foguetes para o nosso abandonado Programa Espacial.

Duda Falcão

Embraer Avalia Novas Opções
no Programa Espacial

Virgínia Silveira
Valor Econômico
20/04/2015

A Embraer Defesa & Segurança estuda ampliar sua presença no programa espacial brasileiro e inclui a possibilidade de explorar projetos na área de foguetes. "A nossa meta é ter uma empresa integradora na área espacial. Isso pode incluir desenvolvimento de veículo lançador e de novos satélites", afirmou em entrevista ao Valor, o presidente da unidade, Jackson Schneider.

A empresa iniciou seus negócios na área espacial em 2013 com o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), no qual é responsável pela gestão dos fornecedores e do lançador, além da integração dos sistemas. O satélite está sendo fabricado pela francesa Thales Alenia Space e o lançamento será feito pela Arianespace, no segundo semestre de 2016. O custo total do projeto é de R$ 1,3 bilhão.

Para o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, a decisão do governo brasileiro de romper o acordo com a Ucrânia para o lançamento do foguete Cyclone-4, do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, certamente abrirá novas perspectivas para o programa espacial brasileiro, que hoje se encontra praticamente paralisado.

"A Embraer tem demonstrado interesse no nosso Veículo Lançador de Microssatélites (VLM). Estamos conversando", disse o comandante na Laad, feira de defesa e segurança, que terminou sexta-feira no Rio de Janeiro.

O projeto do VLM é um dos projetos prioritários do programa espacial brasileiro. O foguete é feito hoje em parceria com o Centro Espacial Alemão (DLR) e prevê a participação da indústria nacional desde as primeiras fases de concepção. "Estamos interessados em avançar na área espacial, o que abre espaço para atuarmos junto aos principais participantes desse processo como a Agência Espacial Brasileira, Força Aérea Brasileira e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais", afirmou Schneider.

Por meio da coligada Visiona, joint-venture entre a Embraer (51%) e a Telebras (49%), o executivo disse que a Embraer pretende ser mais ativa no segmento espacial e elogiou o trabalho que o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) vem realizando na área de lançadores.

Segundo estudos já feitos por especialistas o VLM tem um potencial de mercado promissor, tendo em vista que ainda não existe nenhum outro foguete dedicado para atender a essa faixa de mercado (lançamento de cargas úteis de 120 a 150 quilos). O VLM é um foguete configurado para lançar micro e nanossatélites de sensoriamento remoto, experimentos científicos e com aplicação meteorológica em baixa altitude.

Os concorrentes do VLM são foguetes de grande porte, que levam pequenos satélites. O VLM teria custo de lançamento baixo, inferior a US$ 10 milhões. O desenvolvimento é coordenado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).


Fonte: Jornal Valor Econômico via Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br

Comentário: Apesar desta notícia parecer inicialmente positiva e preciso ter cuidado com ela. Que tipo de empresa integradora Sr. Jackson Schneider? Seria algo semelhante a Visiona? Bom leitor se for é uma péssima ideia. O modelo da Visiona obrigou ao COMAER (segundo ouvi dizer de alguns militares) a engolir sapo goela abaixo do tal projeto do SGDB que no final das contas ainda trará riscos a nossa defesa. Portanto esperar que esses debiloides negociem de forma seria e competente a criação de uma empresa que traga reais benefícios à nação, é mesmo que acreditar na grande piada do século passado, ou seja, no slogan BRASIL, PAIS DO FUTURO.  Faça-me uma garapa. Na semana passada ouvi de um amigo uma interessante colocação: “Que falta fazem os militares de outrora”.

Comentários

  1. Vale lembrar que integrar não é igual a desenvolver. E que desenvolver um foguete é muito mais complexo que desenvolver um satélite. Neste sentido esta integradora vai querer comprar os motores foguete e montar no Brasil ( sendo que nenhum país vai fornecer esta tecnologia?? Isso está com perspectiva de mais dinheiro ir pro ralo....

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  2. Integra o que já temos.
    Motores do IAE e o resto na indústria nacional.
    Até hoje não entendo uma coisa. Se o VLM, inicialmente, era uma versão do VLS-1 sem os boosters laterais, por que não veio primeiro? Se tivessemos testado o VLS sem o cacho, não teria sido melhor?

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    Respostas
    1. Olá Anônimo!

      O VLM-1 nunca foi uma versão do VLS-1. Na realidade o projeto do VLM-1 surgiu muito depois do VLS-1. A opção de cacho do VLS-1 foi adotada porque na época era a única opção viável tecnológicamente, já que não tínhamos tecnologia para desenvolver motores maiores que o motor S-43. Hoje estamos desenvolvendo o motor S-50, que possibilitará o VLM-1.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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