'Não Vou Desistir', diz 'Turista Espacial' Brasileiro
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (03/11) no site “G1”
do globo.com destacando que o Turista Espacial Brasileiro Bernardo Hartogs disse que mesmo com o recente acidente
da nave da empresa Virgin Galactic ele não vai desistir de viajar para o
espaço.
Duda Falcão
MUNDO
'Não Vou Desistir', diz
'Turista Espacial' Brasileiro
Na fila para os voos da Virgin Galactic, executivo
paulista mostra tristeza com acidente de sexta-feira, mas diz que risco é parte
do pioneirismo
Da BBC
03/11/2014 - 12h20
Atualizado em 03/11/2014 - 12h20
(Foto: BBC)
Hartogs, ao lado do filho caçula, diz confiar no projeto
e só temer
mais adiamentos no lançamento dos voos de "turismo
espacial".
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O acidente no voo de teste da Virgin Galactic, na
sexta-feira, deu margem a especulações de que muitos dos candidatos a
"turista espacial" poderiam pensar duas vezes em seguir participando
do projeto idealizado pelo bilionário britânico Richard Branson.
Mas isto não aconteceu com o executivo paulista Bernardo
Hartogs. Único brasileiro na lista inicial de 250 possíveis passageiros do
programa de voos espaciais, Hartogs, de 58 anos, afirma que ainda sonha com a
viagem, apesar de temer as consequências que o acidente no Deserto de Mojave,
nos EUA, possa trazer para a Virgin Galactic.
"Não vou desistir do sonho de ir ao espaço. O que
aconteceu foi uma tragédia, mas todos os projetos pioneiros da humanidade em
novas formas de transporte sempre tiveram acidentes", afirmou Hartogs em
entrevista à BBC Brasil.
"Ir ao espaço é uma aventura única, é mais do que
explorar a Amazônia, por exemplo. Tenho plena confiança de que os voos não
levariam passageiros sem totais condições de segurança".
O executivo paulista consta de uma lista nobre de
"passageiros fundadores" do projeto. É assim que a Virgin Galactic se
refere aos "turistas espaciais" que já desembolsaram o equivalente a
R$ 625 mil por um lugar nos voos.
Loucura
Hartogs comprou sua passagem em 2004, na época em que a
Virgin Galactic, previa os primeiros lançamentos para 2007. Depois de vários
adiamentos, o executivo paulista teme mais atrasos por conta não apenas do
acidente, mas da longa investigação das autoridades aeroespaciais americanas.
"Fiquei muito triste pela morte do piloto e porque
tive chance de conhecer vários deles durante visitas ao projeto. São pessoas
que também acreditam no sonho e eu espero que o projeto prossiga e não atrase
muito", disse Hartogs.
Durante o fim de semana, ele recebeu mensagens diretas
do próprio Branson.
Trabalhando no setor de petróleo e vivendo entre Londres
e São Paulo, Hartogs é casado com uma executiva do ramo de aviação.
"Minha mulher me chama de maluco e muitos amigos no
Brasil enviaram e-mails depois do acidente perguntando se eu ainda teria
coragem de ir. Mas meu maior medo é não ter a chance de realizar este
sonho", explicou o executivo paulista, que é pai de três filhos (o mais
jovem deles de oito anos).
Para Hartogs, a percepção pública do projeto esbarra
numa falta de compreensão dos desafios tecnológicos.
Ele diz que uma diferença enorme é o que chama de
pioneirismo da Virgin Galactic.
"Mesmo o Programa Apollo (que levou o homem à Lua)
foi desenvolvido a partir de projetos anteriores. Estamos agora falando de um
projeto em que tudo é novo e sem precedentes. Creio, por exemplo, que só houve
quatro voos de teste até agora. Por isso sempre admirei os pilotos de teste. A
coragem deles é incrível, fico muito triste pelo que aconteceu", admitiu.
"Mas como abrir mão de uma experiência de ir ao
espaço sem precisar de treinamento rígido de astronautas? Eu não tenho medo e
continuo confiando plenamente no projeto".
Fonte: Site “G1” do globo.com – 03/11/2014
Comentário: Bom leitor o Blog BRAZILIAN SPACE concorda com
aqueles que dizem que não é uma boa ideia a viagem deste senhor e dos que
compraram passagens na Vigem Galactic e em outras empresas de turismo espacial,
com exceção talvez do serviço oferecido pelos russos que mesmo assim é ainda
muito arriscado. Não diríamos que é uma loucura, mas certamente é uma imprudência,
e no caso do Sr. Bernardo Hartogs uma grande
irresponsabilidade para alguém que ainda tem filhos pequenos que certamente
teriam sua formação prejudicada, caso viesse a ocorrer um eventual acidente que
levasse a sua morte prematura. Vale dizer que a comunidade internacional ainda
não dispõe de regras solidas e bem estruturadas que legalizem esse serviço de
turismo espacial, bem como nenhum dos projetos comerciais em curso que começam oferecer
este serviço atingiu um nível de segurança semelhante ao já atingido pelas empresas
áreas que prestam serviços de transporte comercial ao arredor do mundo. É preciso
lembrar que turista espacial não é Astronauta e, portanto, não pode e não deve correr
riscos inerentes a esta profissão. Sinceramente espero que os governos do mundo
possam o mais rápido possível estabelecer uma legislação específica que venha
organizar e estabelecer regras rígidas para que este serviço possa ser
utilizado com segurança, antes que venham ocorrer uma catástrofe.
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