Competição de Foguetes Estimula Espírito Científico em Alunos do Ensino Médio
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (03/11) no site da
“Agência Brasil” destacando que Competição de Foguetes estimula Espírito Científico em
alunos do Ensino Médio.
Duda Falcão
Pesquisa e
Inovação
Competição de Foguetes Estimula Espírito
Científico em
Alunos do Ensino Médio
Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso
10/010/2014 - 11h34 – Rio de Janeiro
Tomaz Silva/Agência Brasil
O aluno Fábio Victor Souza apresenta o seu foguete na
8ª
Mostra Brasileira de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio.
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A pista de
pouso do Hotel Fazenda Ribeirão, na cidade fluminense de Barra do Piraí,
transformou-se, esta semana, em plataformas de lançamento de foguetes. Em
substituição a metais, combustíveis fósseis e muita fumaça, os protótipos
produzidos por alunos de ensino médio de todo o Brasil eram de garrafas
PET. Eles subiam movidos pelo gás produzido com a reação química entre
vinagre e bicarbonato de sódio. Com um rastro de espuma, os foguetes decolavam
para chegar o mais longe que pudessem. A competição vale 35 bolsas de iniciação
científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq).
"Tivemos
um que atingiu 248 metros de distância. Em anos anteriores, chegamos a
registrar 275 metros", revelou o professor da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, João Canalle, que coordena a 8ª Mostra Brasileira de Foguetes,
a organizadora da VI Jornada de Foguetes. Aproximadamente 600 alunos de 25
estados e do Distrito Federal participaram do evento. Eles representam mais de
60 mil estudantes que disputaram competições internas ao longo do ano e, dentro
das regras do jogo, ousaram nas inovações: "Tivemos foguetes lançados com
controle remoto e bases de lançamento automatizadas", destacou Pâmela
Marjorie, coordenadora da jornada.
Conforme
Canalle, até alcançar voo, o caminho é de muitos testes. "Tem de
experimentar para aperfeiçoar. É bom que eles desenvolvem a criatividade e
aprendem a conectar os caninhos, cortar, colar e perfurar. A maioria está
acostumada a produzir trabalhos escolares no computador. Na escola, eles
estudam o lançamento de uma pedra sem atrito. Na realidade, o problema fica
muito mais complexo. Então, eles ficam mais perto das verdadeira ciência",
salientou.
Professor de
física da unidade Timóteo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais (Cefet-MG), Weber Feu trouxe quatro alunos dos mais de 20 que participam
do grupo de astronomia. "A gente deixa eles livres para procurar soluções.
Assim, aprendem a ser independentes e despertam para solucionar problemas além
da sala de aula".
Até lançar
um foguete, com apoio de um colega de turma, o cearense Fábio Souza, da Escola
Estadual Theolina Muryllo Zaca, tentou, pelo menos, 20 lançamentos. O trabalho
começou em fevereiro, na própria escola e fora do horário de aula. "Foram
várias tentativas para atingir uma melhor proporção do material. Trabalhamos no
contraturno para fazer os cálculos do vinagre e do bicarbonato. Estudamos
bastante". São Paulo e Ceará foram os estados com maior número de
representantes. Cada um participou com 25 escolas públicas e duas particulares.
Para João
Canalle, além de despertar o interesse científico, a iniciativa garante a
autoestima dos alunos. "O livro didático e a aula do professor menos preparado
revelam que a ciência é feita por gênios que nasceram gênios, que as pessoas
nasceram cientistas. Não é nada disso. Quando estudamos a vida das pessoas,
percebemos que são pessoas comuns que se dedicaram a algum problema particular
e encontraram soluções que se tornaram leis da natureza", assinalou o
professor.
Fonte: Site da Agência Brasil
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