Brasil e China Preparam Lançamento de Quinto Satélite Feito em Parceria

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (07/11) no site “G1” do globo.com destacando que o Brasil e a China preparam lançamento de Quinto Satélite desenvolvido em parceria.

Duda Falcão

VALE DO PARAÌBA E REGIÂO

Brasil e China Preparam Lançamento
de Quinto Satélite Feito em Parceria

CBERS-4 teve produção antecipada e deve ir ao espaço daqui um mês. 
Ele vai preencher vácuo do CBERS-2b, que encerrou as atividades em 2010.

Daniel Corrá
Do G1 Vale do Paraíba e Região
07/11/2014 - 09h01
Atualizado em 07/11/2014 - 09h05

(Foto: Divulgação/INPE)
CBERS-4 deve ser lançado ao espaço no próximo dia 7 de dezembro.

A um mês para o lançamento oficial do satélite CBERS-4, o quinto equipamento Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres feito em parceria entre Brasil e China, os dois países trabalham na finalização de uma operação minuciosa para o sucesso do projeto.

Além da missão de produzir material que será usado pelo governo para monitorar os setores agrícolas, florestal e no controle do meio ambiente, o satélite carrega também a missão de preencher um vácuo deixado pelo CBERS-2b, que encerrou suas atividades em 2010, e que seria preenchido pelo CBERS-3, equipamento perdido em dezembro passado logo após uma falha em um dos estágios de lançamento.

"O projeto espacial pode demorar um pouco mais, custar mais caro, mas não pode falhar. Se tiver um detalhe mínimo, você pode perder uma missão que custou anos de trabalho e mobilização de grandes equipes e custos elevadíssimos", afirma Leonel Perondi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

(Foto: Divulgação/INPE)
Equipamento passa por testes no painel solar na China.

Devido à falha com o CBERS-3, a produção do novo satélite foi adiantada, tendo início logo depois do incidente com seu antecessor. Desde outubro, o equipamento passa por testes de integração na China e tem lançamento previsto para o dia 7 de dezembro. Além dos testes convencionais, estão sendo feitas demonstrações de correções em erros constatados no conjunto do CBERS-3.

De acordo com o INPE, o novo satélite terá exatamente as mesmas especificações técnicas que o modelo anterior. Serão quatro câmeras de videomonitoramento em resolução melhor do que as instaladas em modelos anteriores. Ao todo, o equipamento pesa mais de duas toneladas e terá vida útil de quatro anos.

Em órbita, o CBERS-4 vai margear o Brasil, China e países da América do Sul, mas também poderá fazer  registros de outras regiões do planeta. Entre suas principais atribuições está o monitoramento do desmatamento na Amazônia.

“Sobre o território brasileiro ele contribuirá para gestão ambiental. O INPE tem várias aplicações na área que serão beneficiadas por esse conjunto de câmeras que o satélite leva. Na parte agrícola, tem aplicações no zoneamento e na previsão de safras. Ele também pode realizar monitoramento da área costeira brasileira, vendo variação de cor e detritos na água. O que podemos observar sobre o planeta é bastante amplo”, explica Perondi

O investimento no novo satélite deve permanecer o mesmo aplicado no CBERS-3, cerca de R$ 160 milhões. A participação na construção permanece dividida em 50% para a China e 50% para o Brasil.

CBERS-4A

Após o lançamento do CBERS-4, o Brasil pretende dar continuidade a parceria com a China e já articula a produção do satélite CBERS-4A, feito com recursos sobressalentes dos dois antecessores. Segundo o diretor INPE, outros satélites utilizados para gestão ambiental e observação da Terra também estão sendo discutidos entre os dois países. “O lado chinês já manifestou dar continuidade ao programa e a expectativa é que ela continue. O 4A é o que está melhor definido hoje e deve ser confirmado até o fim do ano”, diz.

Investimentos

Perondi também avalia de forma positiva o programa espacial, destacando a oportunidade de qualificação do país em estrutura e conhecimento no setor, mas afirma que os investimentos na área precisam ser revistos e ampliados. Como exemplo, ele cita investimentos feitos em programas de países desenvolvidos e em desenvolvimento, como China e Índia.

Em 2013, os recursos destinados ao desenvolvimento do lançador de foguetes e a produção e pesquisa de novos satélites no Inpe foi de R$ 345 milhões. Neste ano, o valor foi reduzido pelo governo para R$ 310 milhões.

“No caso brasileiro tem que ser feita uma reflexão grande, um bom estudo que defina o limiar de investimento para o programa espacial no Brasil. O acesso ao espaço e os dados obtidos são fundamentais para diversos tipos de gestão em países como o Brasil. É uma área estratégica para o país e traz benefícios para a economia, para distribuição da renda a medida que você gera emprego de alto nível”, avalia.

(Foto: Divulgação/INPE)
Satélite já está na China, de onde será feito
 o lançamento em dezembro.


Fonte: Site “G1” do globo.com – 07/11/2014

Comentário: Bom leitor, o Programa de Satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS na sigla em inglês) estabelecido pelos dois países por acordo assinado em 06 de Julho de 1988, não resta qualquer dúvida trouxe benefícios ao Brasil, pois gerou no período uma demanda que possibilitou o desenvolvimento de tecnologias espaciais em varias empresas brasileiras, alguma das quais que já não são mais brasileiras devido ao estúpido, omisso e irresponsável governo que temos. No entanto é preciso dizer que apesar dos benefícios alcançados no período do acordo fica a frustração de após 26 anos de assinado ainda não termos a condição de desenvolver e fabricar integralmente um satélite de sensoriamento remoto deste porte, mesmo não sendo este um dois objetivos da época em que o acordo foi assinado, mas que deveria ser no mínimo um objetivo natural a ser alcançado após tão longo período. Entretanto concordo que a ampliação deste acordo é realmente benéfica para o país, pois possibilitará a demanda (pelo menos no papel) que as empresas espaciais brasileiras precisam para continuar se desenvolvendo, mas não acredito que a condução e gestão do programa possam trazer nos próximos 26 anos o nível de desenvolvimento que seria de se esperar caso o programa fosse realizado num país sério, pois não existe qualquer compromisso do governo para que isto aconteça. Quanto ao lançamento do CBERS-4 em 07/12, continuo esperando que o governo DILMA ROUSSEFF e o presidente incompetente da nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), entre outros energúmenos que andaram falando na mídia sobre este satélite, cumpram a sua promessa feita a Sociedade Brasileira de lançar o mesmo em 07 de dezembro. Se assim acontecer e de forma ‘exitosa’, sem o menor constrangimento irei parabeniza-los pelo feito (fomos o único meio de informação do país a dizer que essa meta não passava de jogada política em ano de eleição), afinal a minha opinião foi baseada em todo um histórico de mentiras sobre o PEB e de suas ações estabelecidas na mídia e não cumpridas desde o governo Fernando Collor de Mello. Outra coisa que precisa ser dita e lembrada é que no eventual lançamento deste satélite na data divulgada, mas precisamente um ano após o acidente com o CBERS-3 (mesmo o CBERS-4 sendo uma cópia do CBERS-3 e basicamente envolver somente a montagem, integração e testes de todos os seus sistemas e subsistemas e não mais desenvolvimento) será um feito extraordinário para a história do PEB e uma clara demonstração de que mesmo com o atual sistema gerencial e as naturais dificuldades causadas por uma legislação inadequada e um número de profissionais bem aquém do necessário, isto demonstrará que quando há compromisso do governo (apoio financeiro, logístico, político e cobrança por resultados) os players responsáveis pela execução do PEB dão a resposta esperada, mesmo quando a missão é difícil, repetindo os resultados alcançados pelos mesmos players na época da antiga MECB. Vamos aguardar os acontecimentos. Vale dizer também que as fotos do satélite CBERS-4 exibidas nesta reportagem do G1 são muito boas, especialmente a última delas, pois permite ao leitor ter uma ideia da dimensão deste satélite através da relação entre o CBERS-4 e os pesquisadores que aparecem na foto. Ah! Ministro Paulo Bernardo (Comunicações), já estamos em novembro de 2014 e seu prazo termina em dezembro, talvez literalmente, já que o senhor pode ser substituído no novo desgoverno DILMA ROUSSEFF. Continuo esperando ansiosamente que o senhor cumpra a promessa que fez para Sociedade Brasileira em 2012 de lançar o SGDC em 2014. Como lhe disse iria lhe cobrar energúmeno mentiroso e hipócrita.

Comentários

  1. Esse negócio de ficar chamando de desgoverno e de xingar seus integrantes, não contribui em nada. Fica parecendo birra com um governo eleito democraticamente nas urnas, pelo povo brasileiro.

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    1. Olá Anônimo!

      Sei, bom é uma outra maneira de ver as coisas, mas enfim..., obrigado pela seu comentário e continue nos visitando.

      Abs


      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Sobre o projeto CBERS, concordo em parte. Na época em que foi concebido e por um período limitado posterior, foi realmente benéfico para o Brasil, principalmente nos quesitos: geração de demanda e capacitação de empresas nacionais.

    Ocorre que com o tempo, o governo chinês, mesmo comunista e ditatorial, porém muito mais sério que o nosso, pois executa os corruptos (imagina isso por aqui...), absorveu tudo que era útil para eles, principalmente em relação aos equipamentos ópticos, e desde a um bom tempo, desenvolveram novas gerações desse tipo de satélite de sensoriamento remoto.

    E é aí que entra a questão. Vestindo a camisa de "contribuinte pragmático", se o Brasil precisa mesmo desses satélites e a China é o melhor fornecedor em termos de custo/benefício, porque não parar com esse sonho, e simplesmente contratar o lançamento por eles de uma satélite de terceira geração que eles já estão usando a um bom tempo.

    Sabemos muito bem que com esse ou qualquer outro dos possíveis desgovernos que viesse a tomar posse, afinal o problema não está mais nesse ou naquele partido, neste ou naquele candidato, a política e as instituições no Brasil atingiram um tal ponto de descaso que se entranhou na sociedade de tal forma, que todos esses descalabros que assistimos diariamente em horário nobre e em TODAS as instâncias dos três poderes, são considerados normais.

    Pra mim, enquanto não houver uma mudança radical nas instituições e até mesmo no reconhecimento da nossa sociedade como tal, usar o nosso dinheiro nesse tipo de projeto, é continuar financiando o desenvolvimento lá fora. Ajudamos a China a desenvolver os seus satélites de sensoriamento, ajudamos a Ucrânia a desenvolver o seu foguete, ajudamos até Cuba a criar um enorme porto e outras coisas por lá.

    O "governo" desgovernado é muito bonzinho para com esse países. Só que faz isso as NOSSAS custas, com o dinheiro dos NOSSOS impostos. E para isso, não fazem nem referendo nem plebiscito. Simplesmente se apropriam do NOSSO dinheiro fazem esse "investimentos" absurdos, e fica tudo por isso mesmo. Não estou nem contando com a tal refinaria de Passadena, pois também foram muito bonzinhos com os Estados Unidos, usando o NOSSO dinheiro.

    E viva a democracia...

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