Operação Raposa - Comunicado 3

Olá leitor!

Motivado pelos e-mails que tenho recebido em busca de informações sobre o que ocorreu com o lançamento da “Operação Raposa”, resolvi escrever essa pequena nota.

Bom leitor, até o momento não há qualquer informação além daquela sobre o adiamento da missão divulgada pelo Ministério da Defesa (MD) em sua página no Facebook.

Como já dito no comunicado anterior do Blog, a nota do MD não explicou o motivo do adiamento nem estabeleceu uma nova data para o lançamento.

Evidentemente que os motivos podem ser de ordem técnica ou meteorológica, além da possibilidade da missão ter sido adiada por questões de segurança, já que não podemos (e não devemos) descartar a movimentação de agentes estrangeiros na região, possibilidade esta não tão improvável assim, e que não pode ser descartada em momento algum.

No entanto, todas essas possibilidades são apenas especulativas, motivadas pela silencio do MD/Comando da Aeronáutica, que deveriam neste momento já terem se manifestado em respeito a toda Comunidade Espacial do país, bem como para toda a Sociedade Brasileira.

Mas vale dizer que em instituições onde existe um despreparado presidente de agência mais preocupado com o seu emprego e fazer turismo pelo mundo, um deslumbrado comandante militar, um banana como Ministro da Defesa e uma debiloide como Presidente da República, nada de diferente poderia se esperar, há não ser a esperada falta de transparência.

Finalizando vale lembrar que a janela de lançamento desta missão estava prevista para acontecer entre os dias 29/08 e 02/09. Assim sendo, até o dia de amanhã existe a possibilidade de acontecer esta missão. Vamos aguardar e torcer.

Duda Falcão

Comentários

  1. Como bem destacou o Duda, com esse nível de "comando" não poderíamos esperar nada diferente.

    Mas essa é mais uma prova que está tudo errado no nosso PEB. Uma missão de cunho científico realizada por uma das nossas forças armadas, no caso a Aeronáutica, com gerenciamento militar portanto, cobrem de "segredo", um ridiculamente simples (no contexto) lançamento de um micro motor movido a combustível líquido, basicamente para verificar se ele vai ser acionado corretamente.

    Qual é o mistério? Para que tanta desinformação? Será que deu alguma coisa errada e eles não querem admitir? Tanta desinformação e falta de transparência causa essa boataria, e hipóteses as mais diversas. Tudo sem necessidade...

    Mais um comportamento lamentável por parte daqueles que estão dentro do PEB, e pior, completamente desnecessário e sem sentido.

    Triste.

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    Respostas
    1. “Uma missão de cunho científico realizada por uma das nossas forças armadas, no caso a Aeronáutica, com gerenciamento militar “

      Muy interesante su comentario Marcos.

      Aquí en Argentina, luego de la cancelación del proyecto Cóndor debido a las fuertes presiones (principalmente económicas) y políticas de USA, y con la complicidad de un gobierno vende patria y entreguista, Argentina renunció al desarrollo de la cohetería por más de dos décadas.

      Varotto (CONAE), muy inteligentemente, al diseñar el plan espacial argentino, para evitar que esta cuestión volviera a perjudicarnos, ideó el proyecto Tronador puramente en el ámbito civil. Inclusive se invitó a los funcionarios de la embajada de USA a presenciar el lanzamiento del pequeño cohete Trondador I en 2007 que se llevó a cabo en un lugar frío, ventoso, en medio de un campo. Para el lanzamiento del Tronador 1B en 2008, se volvió a invitar a los funcionarios de la embajada y ni siquiera fueron a presenciar las pruebas.
      USA ha buscado la forma de sabotear el proyecto tronador pero esta vez no tiene fundamento alguno para hacerlo, ni capacidad de presionar financieramente a al país.

      El desarrollo militar de vectores (proyectos GRADICOM y Programa de Acceso al Espacio para la Defensa), se llevan a cabo a través de proyecto separados del Tronador. Los desarrollos militares dependen del Ministerio de Defensa, y no tiene relación con el proyecto Troandor que es del área civil y depende del Ministerio de Planificación Pública.

      saludos

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  2. Já a um bom tempo, procuro deixar clara minha posição em relação à participação militar no nosso programa espacial.

    Lá no início, a participação dos militares foi essencial. Na verdade, sem isso, o nosso programa espacial nem existiria, e nem o estaríamos discutindo aqui. Porém a época era outra. Onde mesmo os americanos, tinham no seu programa espacial um forte viés militar (que começou com o exército e evoluiu para a aeronáutica), basta lembrar dos primeiros astronautas da NASA que eram todos da aeronáutica. Naqueles bons tempos, justamente por conta do excelente relacionamento dos militares dos dois países os Estados Unidos e mais tarde o Canadá, nos ajudaram muito.

    Porém, o tempo passou, e essa "liga" começou a se desfazer. Os militares americanos partiram para programas espaciais separados do ramo civil, e o ramo civil ficou a cargo da NASA.

    E o que eu sou a favor, é que façamos essa "virada" por aqui também. Acredito que os militares podem e devem continuar tendo o seu programa espacial próprio. Eles devem prosseguir pesquisando e produzindo foguetes duais (de combustível sólido) e satélites de observação, vigilância e de comunicação segura, com o seu próprio orçamento e administrando do seu jeito com o sigilo que for necessário, sob o controle do Ministério da Defesa.

    Já os foguetes de combustível líquido, satélites de sensoriamento, de comunicação e transmissão de dados comuns, devem ficar a cargo da iniciativa civil, liderada por uma AEB realmente eficiente com uma administração empresarial e visando o lucro, afinal estamos numa economia capitalista, sob controle do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

    Quanto aos centros de lançamento, talvez eles sejam os nossos maiores problemas...

    Por tudo que vem sendo divulgado e sabemos até esse momento, o CLBI, não tem mais condições de lançar foguetes maiores do que o VS30. Creio que mesmo um VS40 está além do seu limite imposto pela invasão imobiliária que se deu ao seu redor.

    Quanto ao CLA, sua área original sofreu cortes da mesma ordem que o orçamento do nosso programa espacial, tornando a sua evolução futura praticamente impossível. Eu o vejo hoje, com tudo que está acontecendo na Ucrânia, como sendo a única possibilidade de lançamento no futuro dos VLMs se esse projeto não for tão sabotado pelos "governos" quanto foi o VLS (no qual não acredito mais em termos comerciais).

    Então, eu acredito que a solução para esses centros de lançamento seja: continuar com os militares, para atender suas demandas de lançamento futuras, Separar a área que atenderia à ACS (estou supondo aqui que a ACS morreu!) do CLA a passá-la para a administração da AEB, aproveitando as obras de engenharia civil já realizadas e fazendo as adaptações necessárias para que tenhamos uma réplica da TMI de onde os lançamentos comerciais do VLM pudessem ser feitos independente dos militares.

    Para projetos futuros com foguetes maiores e quem sabe um dia movidos a combustível líquido, ou melhor ainda, com tecnologias ainda mais novas, deveríamos pensar numa estrutura de lançamento naval móvel (do tipo Sea Launch), afinal já temos bastante experiência em construir e operar plataformas de petróleo em alto mar.

    Então é isso, alguns podem julgar que são ideias de um sonhador, mas continuo acreditando e cada vez tenho mais provas de que do jeito que estão as coisa hoje, não teremos a menor chance de ir adiante num programa espacial sério e que dê resultados.

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