AEB Enterra “ITASAT” Após Gastar R$ 15 milhões no Projeto

Olá leitor!

Segue abaixo um artigo da Diretoria do SindCT postado na da edição de nº 31 do “Jornal do SindCT”, tendo como destaque o Projeto do ITASAT. Vale a pena conferir o artigo, já que o mesmo pode gerar uma grande polêmica.

Duda Falcão

Ciência e Tecnologia

AEB Enterra “ITASAT” Após
Gastar R$ 15 milhões no Projeto

Um caso típico de descaracterização

Diretoria do SindCT
Jornal do SindCT
Edição nº 31
Agosto de 2014


Sucesso dos satélites de pequeno porte não esconde ineficiência e descaso da Agência Espacial Brasileira na condução de parceria para fabricar um microssatélite com ITA, INPE, UFRN e mais quatro instituições brasileiras e uma alemã. A edição nº 219 da revista Pesquisa FAPESP (maio/2014) traz como matéria de capa uma interessante reportagem sobre os nanossatélites brasileiros.

Também conhecidos como cubesats, os nanossatélites são pequenos satélites artificiais na forma de cubo, com 10 cm de aresta (largura, altura e profundidade), pesando cerca de um quilo. Foram inventados em 1999 por dois professores de universidades americanas (Robert Twiggs, da Universidade de Stanford, e Jordi Puig-Suari, da Politécnica da Califórnia), tornando- se uma ferramenta educacional capaz de coletar dados espaciais a custos relativamente baratos quando comparados aos custos de satélites convencionais.

Desde então, cerca de 130 nanossatélites já foram colocados em órbita no mundo, sendo 65 deles em 2013. No Brasil, o programa de construção de satélites de pequeno porte teve início em 2003, por meio de técnicos do INPE, com apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB). O primeiro nanosatélite brasileiro colocado em órbita foi o NanoSatC-BR1, desenvolvido pelo Centro Regional Sul do INPE em cooperação com a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele foi lançado por um foguete russo em 19 de junho e desde então seus sinais vêm sendo captados por radioamadores em vários pontos do país.

Sua principal missão é o estudo de distúrbios na magnetosfera, principalmente nas regiões da chamada Anomalia Magnética do Atlântico Sul. Além do NanoSatC-BR1, há outros nanossatélites em desenvolvimento com o apoio da AEB, como SERPENS, AESP-14 e CONASAT. Mas engana-se quem pensa que a atuação da AEB — em especial do seu presidente, José Raimundo Coelho — no programa de satélites de pequeno porte contabiliza apenas sucessos. Há pelo menos um estrondoso fracasso.

Um exemplo disso é o que vem ocorrendo com o programa ITASAT, de construção de um microssatélite (portanto, de maior porte que os nanossatélites), que tem o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos, como órgão executor e o INPE como provedor de assessoria técnica.

Especialistas

O ITASAT é um projeto universitário e conta ainda com a participação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (UNB), e da Technical University of Berlin. Segundo a AEB, o ITASAT tem como missão principal “a formação de especialistas na área de engenharia aeroespacial, com o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor”. Para se ter uma ideia do tamanho do projeto, até 2009 o ITASAT já havia envolvido em seu desenvolvimento 32 alunos de graduação, 23 de mestrado e cinco de doutorado.

O ITASAT teve início em 2005 com a ideia de lançar- -se um satélite universitário que tivesse como carga útil principal um sistema experimental digital de coleta de dados que vinha sendo desenvolvido pela UFRN em conjunto com o Centro Regional do Nordeste (CRN), do INPE. O ITA seria o responsável pelos seguintes subsistemas: estrutura, controle térmico, suprimento de energia, controle de altitude e computador de bordo. Outras quatro cargas úteis secundárias estavam previstas: a) um estimador de posicionamento do satélite em desenvolvimento pela UEL; b) um teste de tubo de calor em desenvolvimento no INPE; c) um experimento de controle térmico do ITA; e d) um experimento de comunicação entre satélites da Universidade Técnica de Berlim.

Entretanto, o que era para ser um projeto de microssatélite de cerca de 80 kg, com dimensões de 60x60x60 cm, após várias revisões de projeto, longos atrasos de cronograma e uma expressiva soma de recursos públicos investida, aos poucos foi tendo seu escopo reduzido, a ponto de se transformar em um nanosatélite de dimensões 10 x 22 x 34 cm e cerca de seis quilos.

Pior: o que antes estava previsto para ser desenvolvido por alunos ou empresas nacionais agora será adquirido pronto, de “prateleira”, no exterior, para que seja montado como um lego, no país. Com esta decisão, a AEB enterra de vez um dos objetivos centrais do programa que era o desenvolvimento no país de novas tecnologias para o setor. Resumindo: o Itasat que em 2005 foi concebido para ter 80 kg e carregar cinco cargas úteis, aos poucos foi sendo reduzido até chegar em 2014 a um satélite de 6 kg. Com isso, após nove anos de projeto e depois de gastar cerca de R$ 15 milhões, a AEB finalmente decide que irá lançar não um microssatélite, mas um cubesat, adquirindo-o pronto no exterior (será apenas montado no país), ao preço de R$ 1,7 milhão. É ou não é um desrespeito aos estudantes e às instituições envolvidas, bem como ao uso eficiente dos recursos públicos? Com a palavra o sr. José Raimundo Coelho, presidente da AEB.


Fonte: Jornal do SindCT - Edição 31ª - Agosto de 2014

Comentário: Olha leitor, mesmo não tendo a menor dúvida de que o Sr. José Raimundo Braga Coelho seja um tremendo de um Pateta trapalhão e um inocente útil conivente com as forças contrárias ao PEB, tenho um respeito muito grande pelo Maj. Eloi Fonseca e seu grupo e, portanto, antes de postar qualquer opinião sobre o que foi dito neste artigo escrito pela diretoria do SindCT, o Blog BRAZILIAN SPACE deve ao Major Fonseca a oportunidade de se manifestar e esclarecer (segundo o seu ponto de vista) a realidade dos fatos. Vamos aguardar.

Comentários

  1. Caro Duda Falcão, grato pela divulgação pois as criticas e comentários são parte essencial do processo de desenvolvimento científico. Infelizmente algumas afirmações nesta matéria estão desatualizadas e fora do contexto, talvez por não ter havido consulta ao gerente do projeto ou ao ITA. Não me cabe tecer comentários sobre gestões anteriores do projeto, apenas quanto ao ITASAT-1 como projeto em andamento sob minha gestão desde o segundo semestre de 2013, gostaria de esclarecer que de forma alguma estamos adquirindo um satélite pronto e apenas montando como afirmado. Como projeto universitário, creio que seria oportuno apresentar neste blog o contexto do projeto sua descrição e citar as realizações dos experimentos numa postagem mais completa a ser enviada. Caso haja interesse e disponibilidade do blog Brazilian Space, podemos enviar material de divulgação do projeto e nos dispomos a apresentar periodicamente a evolução e fases do projeto atualizados.

    Atenciosamente,
    Maj Eloi

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    1. Boa noite Major Eloí Fonseca!

      Primeiramente lhe devo desculpas por ter chamado o senhor de capitão, pois não sabia que o senhor havia sido promovido. Sem duvida nenhuma o Blog BRAZILIAN SPACE está aberto para qualquer material de divulgação que o senhor enviar e também a sua proposta de apresentar periodicamente a evolução e fases do projeto. Esteja a vontade e ficamos no aguardo.

      Atenciosamente,

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Não se preocupe com o engano Duda Falcão a promoção foi somente agora 31/08. Verificarei com minha equipe e assim que esteja pronto enviarei um artigo com descrição do plano de desenvolvimento e experimentos propostos. Creio que a apresentação da evolução do projeto onde o modelo de engenharia estará pronto em dezembro, estando já em testes o computador de bordo e controle de atitude deve ser interessante aos leitores. Adianto como exemplos de desenvolvimento nacional que o software do computador de bordo, os EGSEs (Electrical Ground Support Equipment), as interfaces de integração e placas de experimentos são desenvolvidos por nossa equipe, o GPS é o ORION, desenvolvido pela equipe do prof Francisco Mota da UFRN em conjunto com o IAE o qual já é operacional e foi empregado em vôos experimentais e incluimos o desenvolvimento de uma ground station móvel.
      Atenciosamente

      Maj Eloi

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    3. Ok então Major Eloi, fico no aguardo do envio do artigo. Sucesso sempre e avante ITASAT-1.

      Atenciosamente,

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Bom, menos mal assim, provavelmente, devido ao constante descaso dos "governos" mais recentes em relação ao PEB e projetos afins como esse, ele deve sofrer algum tipo de redução de escopo, que provavelmente vai implicar também em diminuição do desejado aprendizado.

    Devido ao histórico recente a palavra "sindicato" do meu ponto de vista e acredito de uma parcela considerável da população, adquiriu um significado pejorativo, então as informações que partem deles devem ser observadas com muitas reservas.

    Reafirmo no entanto minha insatisfação com a falta de reação generalizada dos servidores civis e militares, institutos e seus representantes, empresas e seus representantes, sindicatos e seus representantes.

    Publicar um desagravo como esse depois do suposto "enterro" do projeto não adianta absolutamente nada. Não serve nem ao país e muito menos aos contribuintes que financiaram os tais R$ 15 milhões gastos nesse projeto até aqui.

    Adiantaria alguma coisa, manifestações, greves, passeatas e outras atitudes mais enérgicas nessa linha para dar um “recado” à população de discordância em relação a condução do programa. Aceitar tudo sem se manifestar de forma clara e obstinada contra essas atitudes e depois reclamar não adianta absolutamente nada.

    Os militares ainda tem o "argumento" da hierarquia com a qual eles tem compromisso visceral, esse aliás é o motivo que eu não gosto mais do envolvimento deles no programa, se eles não podem se manifestar de forma veemente contra esses absurdos, melhor tirar o time de campo e deixar para os civis. No entanto, esses servidores civis, por sua vez, demonstram a cada dia, que são funcionários públicos exemplares, ou seja, também não se manifestam e nem sequer reclamam. Pelo contrário, aceitam de bom grato cargos no governo e vão empurrando tudo com a barriga, recebendo seus salários no final do mês e esperando a aposentadoria.

    Outro sintoma de mal crônico é essa história de: "sob a minha gestão"... Isso só comprova que não há um programa de estado e que nem mesmo no circulo militar eles conseguem definir UM projeto de longo prazo, com começo meio e fim independente das gestões. Eles se renderam à confusão populista implantada e vão tentando tocar vários projetos em paralelo sem conseguir levar nenhum deles a cabo com sucesso na base do “vamos que vamos” sabendo que não vão ter verba para todos. Não seria o caso de parar tudo, reorganizar as tropas e atacar um alvo específico de forma obstinada até que ele seja vencido? Nesse caso específico é ainda pior porque o "governo" trata o programa espacial que deveria ser programa de estado com um alto grau de descaso, e nem chega a poder ser chamado de programa de governo.

    Fica aquela situação que já tivemos aqui, em que um entrevistado fez várias afirmações de que "havendo os recursos disponíveis" iria fazer isso, aquilo e aquilo outro, isso a poucos meses de passar para a reserva militar, quando então outra pessoa assume o posto e começa a "sua gestão". E assim vamos indo, de gestão em gestão sem nenhuma realização (até rimou). Quando falo de realização, quero dizer “realização de verdade”. O lançamento bem sucedido de um satélite totalmente nacional ou de um foguete como o VLS ou VLM. Ficar lançando foguetes de treinamento ou como o recente experimento do motor L-5, são realizações pífias para um país como o nosso e com toda a rica história do nosso programa espacial. Em breve só vai nos restar aplaudir as realizações dos nossos vizinhos argentinos, pois por aqui, a impressão que dá é que está tudo ótimo, pois como se sabe: "quem cala consente" e estão TODOS muito calados.

    Chega de PEDIR, já está na hora de EXIGIR !!!

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    1. Prezado Marcos Ricardo,

      Em respeito aos seus comentários e muitas afirmações que veiculam erroneamente sobre o projeto de cubesats, trago os seguintes esclarecimentos:
      A etica e respeito de qualquer gerente (militar ou civil) obriga-o a se isentar de comentar fatos de gestões anteriores em foruns de discussão ou midia, por isso somente devo comentar minha gestão, sobre a qual asseguro que será finalizado e lançado o ITASAT-1 no próximo ano, conforme planejamento detalhado idealizado pela equipe e aprovado pela AEB, que financia o projeto. Todas as atividades tem sido executadas no prazo previsto e as ações da AEB junto a nossa equipe tem sido celeres e cumprido os compromissos assumidos pelo plajenamento. Fui designado como gerente como professor do ITA, assim nestas discussões entenda que um professor e pesquisador de uma instituição esta a frente do projeto, apenas por questão de função sou militar da ativa, porém este projeto não constitui uma missão militar e sim de uma instituição de ensino em conjunto com outras instituições como INPE, UFRN e UFSM e fomentado pela AEB.
      Utilizar um projeto de cubesat experimental não significa uma redução de escopo, mas sim seguir uma tendecia seguida até pelas agencias como NASA e ESA, notadamente para satélites desenvolvidos para realização de experimentos e capacitação de pessoal em projetos espaciais. O conceito ainda é novo para muitos pesquisadores, sendo interessante conhece-lo antes de estabelecer criticas ao modelo de desnvolvimento. O ITASAT sempre teve como objetivo principal, motivo da ação que o gerou permitir a inserção de estudantes e professores no desenvolvimento de projetos de sistemas e se mantém assim. A quantidade de experimentos e resultados esperados do ITASAT-1 atual é maior que a prevista originalmente originalmente (atua com camera de resolução de 80m com cobertura de 160kmx160km, experimentos com radioamadores de datarelay e sensores de radiação e campo magnetico para avaliação de clima espacial juntamente com o EMBRACE), após a divulgação da descrição no blog creio que estas duvidas serão esclarecidas.
      As seguintes missões tem sido cumpridas por projetos empregando cubesats 3U e 6U no mundo, continuamente são iniciados novos projetos no mundo:
      Astronomy, Atmospheric Science, Planetary Science,Space Physics
      Earth Observation, Biology, Communications and Imaging. (http://www.acser.unsw.edu.au/events/cubesat.html)

      Apresento referecia de alguns sites que ilustram um pouco das iniciativas e linhas de pesquisa não somente universitária mas comercial e militar de cubesats.


      http://spacebusinessblog.blogspot.com.br/2011/05/business-case-for-cubesat-based-earth.html
      http://www.parabolicarc.com/2013/11/06/tethers-unlimited-awarded-army-sbir-phase-ii-cubesat-contract/
      https://directory.eoportal.org/web/eoportal/satellite-missions/s/smdc-one
      http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_CubeSats
      http://scienceillustrated.com.au/blog/science/6u-cubesat-australias-opportunity-for-a-national-space-program/
      http://www.orbitlogic.com/products/CPAW%20DSTO%20Presentation.pdf
      http://www.nasa.gov/centers/ames/engineering/projects/edison.html
      http://www.nasa.gov/centers/ames/engineering/projects/phonesat.html
      http://www.nasa.gov/centers/ames/engineering/projects/ecamsat.html
      http://digitalcommons.usu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1168&context=smallsat

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    2. Prezado Eloi,

      Agradeço em meu nome e em nome de outros tantos interessados seus comentários e explicações.

      Esclareço que muitos dos meus comentários são formulados para propositalmente "provocar" tanto debates quanto atitudes.

      Peço que me deem um "desconto" pois as vezes, nós do lado de cá, vendo tudo isso e sem possibilidade de intervir, chegamos às raias do desespero, e reconheço que muitas vezes "passamos do ponto".

      Sinceramente espero que toda a cúpula envolvida nesse processo seja ela política, civil ou militar, consiga efetuar uma reorganização estrutural de tal ordem que alguns desses absurdos que temos notícia cessem ou diminuam de forma consistente.

      Um grande abraço e boa sorte!

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  3. Prezado Marco Antonio,

    Num projeto como esse, onde o cunho universitário e experimental permite e estimula a divulgação de resultados e propostas creio que a transparência é essencial, pois permite a construção de uma visão clara dos objetivos e consecução dos mesmos durante o projeto. O site do ITASAT esta sendo atualizado e será colocado no ar nas próximas semanas, permitindo aos interessados obter sempre informações mais detalhadas e atualizadas do projeto e sua evolução.

    Reitero meu respeito às discussões pois as criticas construtivas são estimulo ao fortalecimento e evolução dos projetos.
    Saudações

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    1. Desculpe minha falha Marcos Ricardo, acabei trocado seu nome em minha resposta anterior.

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  4. Prezado Duda:

    Permita-me acrescentar um comentário, tardio porque somente agora tomei conhecimento da matéria. Ao contrário do que a matéria diz não está havendo um enterro do ITASA, mas a sua ressurreição. O errado não é o ITASAT ser um cubesat 6U mas sim ele ter sido pensado no passado como um satélite de 80 kg., para ser desenvolvido por alunos e professores sem experiência prévia, em geral, no desenvolvimento de satélites. Aliás, é bom que se saiba, a idéia original do ITASAT era ser um cubesat 1U nos moldes do cubesat dinamarquês da Universidade de Aalborg, da Dinamarca. Se isto tivesse sido feito o Brasil já teria tido o seu primeiro cubesat há muito tempo, e como um dos pioneiros deste tipo de satélite. Por algum motivo megalômano, o ITASAT passou a ser um satélite de 80kg. Somente o Japão, a duras penas (mas muito duras mesmo) desenvolve satélites universitários nesta classe (na realidade 50 kg.).
    O ITASAT como está, com uma plataforma de 6U, poderá ter várias outras aplicações, civis e militares já sendo concebidas. A estação no ITA já opera, inteiramente por seus alunos, o NanosatC-Br1, o primeiro cubesat brasileiro a ser lançado, em Junho deste ano, estando capacitada tanto a receber telemetrias como a enviar telecomandos. Os dados do NanosatC-Br1 recebidos por ela são enviados a um repositório em um servidor no INPE onde podem ser acessados pelos pesquisadores participantes no projeto. O transponder (totalmente digital e com componentes industriais, miniaturizado - cerca de 340 g.), que voará como uma das cargas úteis do ITASAT, e desenvolvido pelo Centro Regional do Nordeste do INPE, localizado em Natal, no campus da UFRN, e em cooperação com esta Universidade, já está com seu modelo de engenharia em testes finais. Este é um desenvolvimento inteiramente nacional em processo de patente. Ele será capaz de fazer o serviço hoje feito pelos valentes SCDs. O modelo de vôo está previsto para ser entregue para a integração com a plataforma em Abril de 2015. Vários conhecimentos serão gerados com esta integração, testes, lançamento e operação, além do software de bordo (fundamental para o projeto e para apropriação do conhecimento, inclusive da plataforma) e solo. Não se justifica necessariamente desenvolver todos os subsistemas e componentes mas sim substituí-los com uma estratégia incremental de nacionalização. A matéria original deveria ter ouvido o "outro lado" antes de sua divulgação.

    Abraços

    Otavio

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    1. Boa Tarde Dr. Durão!

      Como sempre o senhor é prestativo com o nosso Blog. Quando eu lí este artigo eu achei estranho o conteúdo, mas a minha função é divulgar a notícia. Não tenho dúvida da lisura deste projeto e do novo caminho escolhido e estou no aguardo de que o Major Eloi Fonseca envie o artigo que ele se comprometeu escrever. Desde já agradeço a sua interferência e esclarecimentos e tenha um bom final de semana.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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