Lançado Com Sucesso o Foguete VS-30 V13 em Alcântara

Olá leitor!

É com grande satisfação que informo o lançamento bem sucedido do VS-30 V13 da “Operação Raposa”, através da nota agora a pouco divulgado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) em seu site.

Duda Falcão

Lançado Com Sucesso o Foguete
VS-30 V13 em Alcântara

Publicada em 02/09/2014 - 09:15
Atualizada em 02/09/2014 - 09:23


Foi realizado ontem à noite, dia 1º de setembro de 2014, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o lançamento do foguete VS-30 V13 durante a Operação Raposa.

Dentre outros objetivos, a campanha serviu para o treinamento das equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do CLA na operação e lançamento de motores a propelente líquido, visando aplicação no desenvolvimento de futuros veículos lançadores de satélites.

O experimento EPL (Estágio Propulsivo Líquido funcionou durante todo o período previsto de 90 segundos, queimando oxigênio líquido e etanol. O EPL consiste do Motor L5, desenvolvido pelo IAE e o Sistema de Alimentação (SAMF), desenvolvido pela empresa brasileira Orbital Engenharia.

Todos os requisitos de sucesso dessa missão foram atingidos:

1.dispersão do ponto de impacto no mar dentro das áreas de segurança estabelecidas pela segurança de voo do CLA;

2.ignição do EPL;

3.transmissão e recepção dos dados de voo do VS-30 V13 e dos seus experimentos, por telemedidas;

4. rastreio da trajetória de voo do VS-30, por radares.

O desempenho do motor S30 foi nominal, o que possibilitará a retomada de lançamento dos foguetes brasileiros, por parte da Agência Espacial Alemã (DLR), a partir da Europa.

O longo tempo de funcionamento do Motor L5 (90 segundos) e todos os dados adquiridos durante o voo forneceram dados suficientes para análise do desempenho do veículo, inclusive para a solução de eventuais problemas que possam ser identificados durante a análise detalhada de todo o voo.

As lições aprendidas durante a preparação para lançamento serão úteis para o desenvolvimento de futuros veículos suborbitais e lançadores de satélites que utilizem motores líquidos, bem como possibilitarão a solução de problemas técnicos enfrentados no transcorrer da campanha.

A Operação Raposa foi apoiada pela AEB e contou com participação de diversas organizações militares subordinadas ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – IAE, CLA e CLBI, ao Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) - Segunda Força Aérea (II FAE) e Quinta Força Aérea (V FAE) e o 1º Comando Aéreo Regional (I COMAR) e à Marinha do Brasil.



Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)

Comentário: Só nos resta parabenizar o IAE, seus pesquisadores e a empresa Orbital pelo sucesso alcançado e esperar que o projeto tenha realmente continuidade. Bom leitor, não precisa ser muito observador para perceber que a ‘Gafe’ cometida ontem pelos comandados do Pateta do Sr. José Raimundo Braga Coelho foi ainda mais grave, mas enfim, está é a gestão do Programa Espacial Brasileiro no Governo DILMA ROUSSEFF, não sendo por acaso a situação que se encontra o mesmo. Lamentável! Será que eles irão postar essa notícia agora? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. A gente ri leitor, mais é vergonhoso. Aguardem o nosso relatório da missão. Gostaríamos de agradecer ao leitor Rodrigo pelo envio desta notícia.

Comentários

  1. Felicitaciones por el éxito de la misión.

    Saludos desde Argentina

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    1. Gracias amigo, afortunadamente, en las áreas de la implementación del Programa Espacial Brasileño (PEB) aún exitem profesionales competentes.

      Saludos desde Brasil

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. De eso, no hay duda alguna. Está claro que el principal escollo del PEB es de tipo político.

      saludos

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  2. Mesmo sendo um avanço tímido comparado ao planejado inicialmente (L15+L5), este lançamento exitoso não deixa de nos orgulhar.

    Parabéns ao IAE e às empresas envolvidas.

    Quanto à AEB, é como o Duda sempre diz: não passa de uma agência de Brinquedo.

    O que esperar agora?

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  3. Muito bom! Espero ver mais imagens do lancamento.

    Para qualificar o motor L5 precisara haver mais lancamentos, ou ja esta pronto para servir como ultimo estagio do nosso tao ambicionado VLS?

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    1. Olá Israel!

      Creio que será necessário outros testes, pois precisa ainda qualificar o EPL o qual o L5 faz parte, mas já é o primeiro passo.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Mas então, falhou ou foi um sucesso??

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    1. Caro Demóstenes!

      Sugiro que leia a notícia com atenção, irá assim encontrar a resposta para sua pergunta, tá ok?

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  5. Parabéns a todos os envolvidos no projeto!!!! Estive acompanhando a missão Raposa e não via a hora do lançamento do EPL.

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  6. Estimado duda

    Hago llegar mis felicitaciones por el suceso de la misión.

    Desearía saber si en su blog hay alguna nota que explique la causa por la cual la AEB no intenta poner en órbita un satélite utilizando en VLS en su configuración original (utilizando solamente combustible sólido).
    No tengo en claro cuál es el motivo por el que se decidió cambiar la última etapa a combustible líquido, y es lo que desearía entender, si alguien puede explicármelo.

    Desde ya, muchas gracias.
    Saludos cordiales

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    1. Hola Gustavo!

      Gracias amigo, estamos en la lucha a pesar de las fuerzas de oposición. Mira, si lo cuarto vuelo de calificación del VLS-1 (con un satélite a bordo) se hace realidad, este vuelo se moverá aún combustible sólido. Sin embargo, el plan del IAE que después de este cuarto vuelo de calificación, el motor cohete de combustible sólido de la cuarta etapa (motor S-44) se sustituye entonces por motor cohete líquido L5, el mismo motor que ahora se puso a prueba en la Operacão Raposa. Esto es porque los motores de cohete de propulsante líquido son más eficientes para poner cargas útiles en las órbitas correctas. Eso es todo amigo.

      Saludos desde Brasil

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Muchas gracias por la explicación.

      saludos

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  7. È melhor a AEB ler o Blog senão eles continuam achando que o lançamento foi adiado......

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    1. Rsrsrsrsrs, uma possibilidade interessante Anônimo, mas eles já anunciaram o lançamento em seu site. É lamentável, mas enfim... já dizia minha vozinha (que Deus a tenha): Diga-me com quem tu andas, que eu lhe direi que tu és. Realmente um bando de Patetas

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space).

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  8. Parabéns a todos envolvidos no sucesso desta missão. Espero que seja a primeira de muitas outras.

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  9. Ah bom... Agora tá explicado...

    O IAE do DCTA, vinculado ao MD, não tinha autorizado a AEB vinculada ao MCTI, a publicar nada, e pra complicar o pessoal do CCS da AEB confundiu adiamento com cancelamento, e então o voo previsto para 29/08 ocorreu em 01/09.

    Muito prático né?

    Quem quiser reclamar da confusão feita, reclame com o órgão que teoricamente deveria ser o centralizador dessa "coisa" toda: Coordenação de Comunicação Social (CCS) da AEB.

    Mas o mais provável, é que continue tudo assim mesmo, um montão de siglas, sem a menor coordenação das ações, uma "agência" centralizadora que não consegue sequer emitir notícias que façam sentido, dando margem a que as outras instituições envolvidas (o IAE nesse caso) se sintam no direito de divulgar o que quiserem e quando quiserem.

    Não é mesmo uma beleza?

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  10. Já estava na hora......parabéns ao IAE.
    Em 1994 fiz no ITA uma das primeiras Dissertações de Mestrado em Propulsão líquida, juntamente com o Dr. José Nivaldo Hinkel, o nosso sonho era um motor de 1 kN etanol LOX, que acabou sendo construído mas.....caiu no esquecimento, poderíamos já ter a propulsão líquida no ano 2000, mas a falta de visão, autoritarismo e nosso PEB de mentira impossibilitaram isto na época.
    Miraglia

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  11. Aproveitando o ensejo, alguém que entenda da parte técnica pode nos explicar essa situação: se o motivo alegado para "qualificar" o motor L-5 em voo, é que ele venha eventualmente a substituir o motor S44 como último estágio do VLS, então é possível substituir um motor de 33 kN por um de 5 kN e fica tudo certo?

    Eu entendo que um motor a combustível líquido pode ser acionado varias vezes, mas em geral para pequenas correções de curso na inserção final da órbita, mas se fosse esse o caso, o motor deveria ser montado sobre braços de suspensão, e a tal "qualificação em voo", seria constatar que o sistema de suspensão e direcionamento do fluxo funciona, o que não é o caso do L-5. Por outro lado, também pelo que entendo, o motor S44 como parte do projeto VLS, tendo 33 kN de empuxo, seria acionado por 70 segundos, o que indica que ele faz parte do "pacote" propulsivo para colocar a pretendida carga útil de 380 kg numa órbita de 750 km.

    Repito que não entendo disso, e não sou técnico. Gostaria portanto que alguém explicasse: substituir o último estágio de 33 kN por um de 5 kN não teria um impacto negativo considerável na massa da carga útil de na altitude da órbita? Com essa substituição, qual seria a massa máxima da carga útil, supondo a mesma altitude de órbita?

    Eu continuo achando muito estranha essa qualificação do L-5 em voo. Durante todo o seu desenvolvimento, segundo o que me lembro, ele foi encarado como um motor para efetuar ensaios sobre esse tecnologia. Uma espécie de "Prova de Conceito", nada além disso. Depois do cancelamento do L-15, é que ele "repentinamente" ganhou toda essa relevância como artefato de uso prático, da qual eu, em princípio, desacredito completamente.

    Quem puder, por favor esclareça.

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    1. Sendo bem breve, sua duvida é esclarecida pela simples análise de delta-V e energia
      Quando estamos falando em um estagio superior de funcionamento no vácuo e possível satelização, o empuxo não conta muito. O importante é o incremento de velocidade que o estágio fornece.
      Em suma, o L5 utilizando propelente líquido provavelmente tem um Impulso especifico maior que o S44. A fração mássica de propelente também tem um impacto considerável, se for analisar globalmente, usando o equacionamentos básico, Delta_V=Isp*ln(MR)...
      Qualquer incremento de impulso especifico tem um grande impacto no ganho de velocidade.
      Vc só precisa de um empuxo maior que a carga somente para ascensão de estagio. Assim, se o S44 tem 33kN por 70s (impulso total de 2,31MNs), o L5 (5kN) necessitaria de um tempo de queima de 462s para atingir o mesmo impulso total.
      Supondo uma fração mássica igual, o ganho de velocidade seria proporcional a razão entre o impulso especifico.
      Enfim, o que interessa é a energia fornecida nessas condições. Se o estagio A coloca 380kg em uma orbita de 750km, com mais delta_V, o estagio B coloca os 380kg em uma orbita, digamos de 900km... ou uma massa maior que 380kg na orbita original.
      Em resumo... é tudo um balanço energético.
      A vantagem de um motor de empuxo baixo seria a precisão da orbita também.

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  12. " DE GRÃO EM GRÃO A GALINHA ENCHE O PAPO"

    A jornada pareceu árdua e difícil...para todos que acompanham o blog;
    O desânimo e as críticas ferrenhas tentou se apossar por vezes... exigindo uma resposta;
    Entretanto, o estresse de cada cidadão, gerou-se diversos atritos! Frutos do cansaço;
    E tanto envelhecidas notícias negativas no correr destes anos, não deixaram saudades;
    Do trabalho, de quem faz a ciência do uso da sabedoria, superar qualquer sofisma;
    Incondicional para nos dar o melhor testemunho desse lançamento FANTÁSTICO,
    Nos impulsionou novamente ao caminho de vitórias, mesmo a frente das adversidades;
    Obrigado, á todos da ORBITAL , IAE.....sim! a todos cientistas brasileiros!
    Hoje as lágrimas corre de felicidade em saber que o diminuto motor L5, vou Realmente!
    Agradeço a DEUS, pelos feitos importantes nos 90 segundos preciosos e sem falhas!
    Nessa nossa grande batalha, creiam-nos a vitória também é de todo autêntico brasileiro;
    Continuaremos até o dia em que possamos, testemunhar com os feitos deste BRASIL!
    Juntos, de mãos dadas , sermos ao mesmo tempo , guerreiros em favor do nosso PEB;
    Cidadões, pesquisadores amadores, engenheiros e jornalistas e filhos dos nossos sonhos,
    De nossas realizações, do que sentimos neste exato momento com este feito.
    O CEFAB - parabeniza a toda equipe da Operação Raposa.

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  13. Bom, parece que agora a manchete vai ficar publicada na AEB, ficou lá o dia todo, então aqui vai:

    LANÇADO COM SUCESSO O PRIMEIRO FOGUETE NACIONAL COM COMBUSTÍVEL LÍQUIDO

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  14. Viver no Brasil é díficil por ter-se que se conformar com a mediocridade cotidiana.

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    1. Se colocarmos em cacho de 4 teremos 4x5kn por bundle, agrupamento e se tivermos 3 agrupamentos e um tanque principal alimentador, tipo a nave russa soyuz, poderemos ter 20kn x4=80kn no primeiro estágio, em estágios paralelos...

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  15. Duda, sou leitor assíduo do seu blog, parabéns. Pode me explicar porque utilizamos etanol como combustível líquido? É um combustível eficiente? Se puder falar um pouco sobre as características do combustível eu agradeço. Um abraço.

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    1. Olá Anônimo!

      Foi uma decisão do IAE pela praticidade e por ser um combustível verde. A hidrazina é muito mais eficiente mas é veneno e a busca no Mundo pela opção verde felizmente tem aumentando e muito. Veja como exemplo a nova família de foguetes ANGARA da Rússia que não usa Hidrazina. Tá ok amigo.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Ele perde em potência ou algo para a Hidrazina? Ou é tão eficiente quanto?

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    3. Olá Anônimo!

      Só sei lhe dizer que a Hidrazina é muito mais eficiente, mas não sei lhe dizer como e porque, já que não sou um profissional e nem técnico da área. Porém como lhe disse a Hidrazina está sendo abandonada devido a ser um agente altamente tóxico e perigoso. Ela só deverá continuar sendo usada no vácuo do espaço em motores de apogeu ou em motores de satélites e sonda espacias. Só mesmo os debiloides que aprovaram o acordo com a Ucrânia e seus simpatizantes que teimam (por razões obvias) em não enxergar isto, colocando a saúde e a vida dos nativos da região de Alcântara em risco com o uso deste trambolho tóxico ucraniano. Um desatino, mas fazer o que? Isto é BRA Sil SIL SIL SIL SIL.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space).

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  16. Prezados Senhores
    Li diversas matérias sobre o lançamento, porem em nenhuma delas deu a informação de qual a altura atingida pelo foguete. Vocês podem me informar?
    Grato

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  17. Postei uma questão no dia 04/09/2014, sobre a altura atingida pelo VS-30/13, penso que achei parcialmente a resposta lendo o site da força aérea. O foguete VS-30 opera na faixa de 100/120km. o VS-40 na faixa de 180km e o VSB-30 na faixa acima de 200km.

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    1. Caro Anônimo!

      Estes números nos conhecemos, mas o apogeu exato do vôo não foi divulgado pelo IAE, mas obrigado mesmo assim.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  18. Com o aparente sucesso do lançamento do VS-30/13, e devido aos custos elevados do combustível sólido, poderemos pensar em foguetes totalmente movidos a combustível líquido, em detrimento dos VS-30, VS-40 e VS-50?

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    1. Olá JP Michel!

      Não, normalmente não se usa foguetes de sondagem movidos a combustível líquido pelo seu alto custo, já que os movidos a combustível sólido realizam as missões de forma mais barata. As exerções são missões como esta onde o motor líquido é embarcado como carga útil para teste de seu desempenho.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  19. Seria melhor usar vários motores conectados em paralelo, isso daría 4bundle, S30 liquidos 5kn empuxo x4=20kn em 1 bundle=4 bundle no estágio 1=80kn no primeiro estágio e um só tanque de combustivel alimentanto em paralelo=tipo nave russa soyuz, 1 estágio do VLS 80kn de motores líquidos, se qualquer falhar sistema montado para desligá-los, então sem perca de tempo e dinheiro, só tempo de reengenharia do ITA..

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