Falha Técnica Adia Teste Com Propulsão Líquida em Alcântara (MA)
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (01/09) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB) informando que Falha Técnica adia teste com propulsão
líquida em Alcântara (MA).
Duda Falcão
Falha Técnica Adia Teste Com
Propulsão Líquida em
Alcântara (MA)
Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB)
Foto: Emília Gomes/AEB
VS30 Rampa de lançamento em Alcântara.
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Brasília, 01 de setembro de
2014 – Uma falha no sistema de abastecimento de um dos tanques
de combustível cancelou o lançamento do VS-30 V-13 programado para a última
sexta-feira (29/8) do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O
voo do foguete testaria pela primeira vez no país um veículo movido a
combustível líquido.
De acordo com o coronel César
Demétrio Santos, diretor do CLA, o lançamento deve ser remarcado para a segunda
quinzena deste mês.
Segundo ele, a falha técnica no
sistema de abastecimento de oxigênio líquido foi detectada na manhã de
sexta-feira. Embora não tenha causado qualquer alteração nos equipamentos do
foguete, a coordenação de operações decidiu por fazer uma completa revisão dos
procedimentos.
O foguete de 10,8 metros de
altura com 1,8 toneladas de peso voaria levando como carga útil o Estágio
Líquido Propulsivo (EPL), que utiliza etanol e oxigênio líquido, desenvolvido
pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e pela empresa Orbital Engenharia,
ambos em São José dos Campos (SP). O voo testaria ainda um sistema de GPS para
uso espacial produzido em cooperação pela Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) e o IAE. Os dois projetos tiveram suporte de recursos da Agência
Espacial Brasileira (AEB).
Rotina – A revisão de toda a operação de lançamento é uma atitude
habitual nestes casos, disse o coronel Demétrio. Ele informou ainda que as
atenções serão voltadas principalmente para o sistema no qual foi detectada a
falha, inclusive com a participação da equipe técnica da empresa responsável
pelo abastecimento.
Na opinião do Major Brigadeiro
do Ar Wander Almodovar Golfetto, vice-diretor do Departamento de Ciência e
Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a falha não causa qualquer apreensão. Ele disse
que toda operação de lançamento envolve risco e as constantes checagens são
exatamente para que se verifique qualquer problema até o último momento.
De acordo com ele, o EPL foi
totalmente aprovado em todos os testes de bancadas e comprovará sua eficiência
no voo a ser programado para este mês. “O teste será importante para comprovar
o domínio do Brasil no desenvolvimento de motores a propulsão líquida”, frisou
Golfetto.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
Comentário: Não sei se motivados pela minha nota ou não
(eles não leem meu Blog), a verdade é que pelo menos essas explicações trazem
uma luz para o ocorrido. Tomara que a nova previsão não seja mais uma fantasia.
Duda, estranhamente, fui procurar a notícia no site da AEB e não encontrei.
ResponderExcluirSerá que eles postaram e retiraram a notícia? Será que eles se arrependeram de dizer que houve uma falha (perfeitamente compreensível diga-se de passagem) ?
Você tem o link da notícia original?
Estranho...
Olá Marcos!
ExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Realmente eles retiraram a nota. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Que patético amigo. Essa gente é muito ruim, não sendo atoa que o PEB esteja nesta situação. Patético.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Estas fallas son normales en los proyectos de cohetería. Sirven para aprender y sortear obstáculos.
ResponderExcluirDevemos lembrar que o trabalho com oxigênio líquido em um ambiente tão quente e úmido como Alcântara sempre encontrará obstáculos. Não vamos desmerecer o trabalho que vem sendo feito, pois o pioneirismo desse trabalho por cientistas brasileiros está expondo as novas necessidades de um projeto tão fabuloso.
ResponderExcluirCriticar é muito simples, mas os benefícios que essa missão trará serão enormes. Devemos nos focar nisso, afinal os primeiros voos americanos, alemães e soviéticos também encontraram dificuldades.
Que esse EPL seja apenas o primeiro de muitos voos de veículos a propelente liquido para o nosso portfólio de foguetes.
Olá Anônimo!
ExcluirSem dúvida amigo, minhas críticas não são em relação ao ocorrido, pois como bem você colocou as mesmas fazem parte, e falhas podem ocorrer nesta área de desenvolvimento. Minhas críticas são em relação a condução do PEB como um todo por este incompetente e sua presidentA de merda, e em especial a forma como a divulgação deste incidente foi conduzida por estes energúmenos.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Apenas lembrando que os foguetes Falcon 9, Delta, Atlas, Ariane entre outros sempre atrasam, seja por uma falha técnica encontrada ou por condições atmosféricas.
ResponderExcluirPS.: O Falcon 9 esta com lançamento postergado até conclusão da causa do ultimo teste.
Antes que alguém diga que eu falo sem conhecimento, vou confirmar. É realmente isso. Sei muito bem que o motor L-5 nunca teve como objetivo propelir um foguete autônomo, e assim sendo, não se pode usar essas referências como comparativo. Na verdade, ele é muito mais um modelo para ensaios em terra do que qualquer outra coisa, mas apenas para ter uma referência histórica, aqui vai:
ResponderExcluirCaracterísticas do motor L5 (2005-2014):
Empuxo no vácuo - 5 kN
Empuxo ao nível do mar - 4,25 kN
Motor A1 de 1933 (1,4 m):
Empuxo no vácuo - 3,4 kN
Empuxo ao nível do mar - 2,9 kN
Motor A2 de 1934 (1,6 m):
Empuxo no vácuo - 3,5 kN
Empuxo ao nível do mar - 3 kN
Motor do A3 alemão de 1936 (6,74 m):
Empuxo ao nível do mar - 14,7 kN
Empuxo ao nível do mar - 17,3 kN
Alcance: 12 km
Altitude: 18 km
Motor do V-2 alemão de 1942 (14 m):
Empuxo no vácuo - 311,8 kN
Empuxo ao nível do mar - 264,9 kN
Alcance: 193 km
Altitude: 80 km
Resumidamente, estamos nos dias de hoje tentando certificar em voo um motor semelhante (um pouco maior e com tecnologia de fabricação muito mais moderna) ao "A-2", que os alemães construiram em 1934.
Se o motor L-15 e o seu foguete VS-15 não tivessem sido cancelados e fossem testados, estaríamos certificando um motor semelhante ao "A-3", que os alemães construiram em 1936.
Diferenças históricas são óbvias: naquela época o esforço de guerra nazista já disponibilizava verbas e recursos físicos enormes, mas por outro lado, a nossa intenção hoje, não é a de produzir mísseis em massa, e sim produzir uma quantidade razoável de pequenos motores a combustível líquido para que o Brasil domine todo o ciclo dessa tecnologia.
Voltando aos dias de hoje, como explicar que nossos vizinhos argentinos, numa economia praticamente falida, estejam conseguindo aos poucos certificar o seu foguete completamente movido a combustível líquido desenvolvido no âmbito civil, enquanto nós aqui com militares e civis, INPE, ITA, MD, MCTI, AEB, etc. etc. etc e sei lá mais quantas instituições. Não conseguimos sequer testar em voo um motor de 5kN.
Durma-se com um barulho (ou silêncio no caso) desses.
boa noite ! , Marcos Ricardo, presto muita Atenção a seus comentários, mas não poderia de lembrar que as Super Potencias de hoje , precisaram Roubar os V-1 e V-2 Alemães para implantar nas décadas de 50 e 60 a Corrida Espacial, sem tirar o mérito Alemão, mas os EUA e Rússia receberam toda tecnologia já desenvolvida, na contra mão , o Brasil não teve essa Sorte, mesmo participando da 2° Guerra Mundial, os EUA impediu que o Brasil atuasse na Alemanha Nazista, não foi atua, a Itália não tinha tal tecnologia, o Brasil deveria pedir em contribuição aos EUA , alguns V-1 e V-2 para estudar, pesquisar e desenvolver seus Foguetes Sub-Orbitais e Orbitais a partir dos V-1 e V-2 Alemães.
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