Argentina: Apesar da Crise, Programa Espacial Avança

Olá leitor!

Segue abaixo um interessante artigo escrito pelo companheiro André Mileski e postado ontem (31/08) em seu blog “Panorama Espacial”, tendo como destaque o avanço do Programa Espacial Argentino.

Duda Falcão

Argentina: Apesar da Crise,
Programa Espacial Avança

André M. Mileski
Blog Panorama Espacial
31/08/2014


A Argentina poder ter perdido a Copa do Mundo e estar enfrentando há vários anos uma grave crise financeira, mas no campo espacial, o cenário é outro.

Para meados de outubro, está previsto o lançamento do ARSAT-1, primeiro satélite geoestacionário de comunicações construído na América Latina, a bordo de um Ariane 5 voando a partir de Kourou, na Guiana Francesa. Um segundo satélite também está em construção nas instalações da INVAP, em Bariloche, principal indústria espacial do país, e já existem planos para a contratação de ao menos mais um artefato.

Em se tratando de sensoriamento remoto e aplicações científicas, o país vizinho também vai bem. Há pouco mais de três anos, numa missão conjunta com a agência espacial norte-americana (NASA), colocou em órbita o SAC-D/Aquarius. É o único da região a desenvolver uma família de satélites radar, o SAOCOM (SAtélite Argentino de Observación COn Microondas), em parceria com a Itália.

Embora com cronogramas atrasados (serão dois os satélites, o 1A e 1B, com previsões de lançamento em 2015 e 2016, respectivamente), fato é que o projeto SAOCOM posiciona a Argentina como uma das principais nações espaciais da América do Sul, senão a principal. Num paralelo com o Brasil, cuja missão radar (SAR) é bastante necessária para o acompanhamento do desmatamento da Amazônia, por sua capacidade de imagear mesmo com cobertura de nuvens, na previsão mais otimista, um satélite SAR estaria em órbita apenas em 2020.

SARE, Missões de Pequeno Porte

Além das séries SAC e SAOCOM, o plano espacial argentino considera missões de menor porte, em torno de 250 kg, denominadas SARE. Estas compreenderão satélites operando de forma passiva, com cargas úteis óticas e de microondas, e ativa, tendo como cargas úteis instrumentos de microondas operando em conjunto com o SAOCOM, e um sistema laser LIDAR (Light Detection and Ranging).

A primeira missão do SARE, de demonstração, porém relativamente sofisticada, consistirá de quatro satélites de órbita baixa operando em conjunto com o SAOCOM 1B (ilustração acima). Serão testadas capacidades especiais, como comunicações entre os artefatos, distribuição de funções e apontamentos coordenados.

Tronador II

Buenos Aires também tem ambições de acesso autônomo ao espaço, e para tanto desenvolve o programa Tronador II, que tem recebido investimentos consideráveis nos últimos anos. O objetivo final é contar com um foguete capaz de inserir em órbitas baixas artefatos da classe do SARE, de até 250 kg.

Em 15 de agosto, foi realizado um novo teste, denominado VEX 1B, o segundo de uma série de 3 a 6 foguetes experimentais, planejados para dar forma ao pequeno veículo lançador (veja em "Argentina: novo ensaio relacionado ao Tronador II").


Fonte: Blog Panorama Espacial - 31/08/2014

Comentário: Pois é leitor, será que após o que foi apresentado pelo companheiro Mileski neste artigo é preciso dizer mais alguma coisa? Parabéns ao povo argentino e ao seu governo pelo compromisso assumido. Quando se opta por realizar algo com compromisso (como está acontecendo na Argentina) resultados são alcançados, mas quando se opta por fazer propaganda enganosa, lubridiar a população com projetos populistas e eleitoreiros (como acontece no Brasil há décadas) o resultado não poderia ser outro se não o alcançado por essa presidentA de merda e sua trupe de energúmenos que infelizmente desgovernam o nosso país. BRAZIL ZIL ZIL ZIL.

Comentários

  1. La Fuerza Aérea argentina también se encuentra desarrollando su primer microsatélite de observación terreste con propulsión de plasma (proyecto Propelsat), que se estima será puesto en órbita en 2016.

    saludos

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    1. Hola Gustavo!

      Una vez más gracias por la info. En realidad hay una gran diferencia de actitud entre la Argentina y el desgobierno brasileño. Por desgracia para nosotros el Programa Espacial Brasileño sobrevive sólo por la determinación de algunos de sus investigadores, y su futuro es muy negro y sin ningún perespectiva real y significativa.

      Saludos desde Brasil

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Estimado Duda,

      Soy un lector asiduo de Brazilian Space. Mi percepción, según lo que leo en el blog, es que el problema del PEB es de tipo político. Es cuestión de encontrar al Varotto de Brasil y ponerlo al frente de la AEB. Esperemos que así sea. Ese puestro debe ser ocupado por una persona extremadamente idónea y lo que el gobierno debe hacer es otorgarle fondos (dinero) y exigir resultados.
      saludos

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    3. Estimado Gustavo!

      Tienes razón, el problema en Brasil es un político y cultural. Tenemos buenos profesionales para asumir la presidencia de la AEB con competencia y idonidade. Sin embargo, sin compromiso del gobierno y sin leyes adecuadas no hay manera de un profesional puede digirir el PEB eficiente. La Agencia Espacial Brasileña se utiliza como un gancho para el empleo por tal mierda política populista, sólo para mantener todo bajo control. Es realmente difícil nuestra situación y como te he dicho, no hay ninguna expectativa de cambio, no la media, o de largo plazo.

      Saludos desde Brasil

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Enquanto o "governo" brasileiro, "anão político" que é, optou por se associar à China e à Ucrânia, os argentinos, de forma muito pragmática preferiram se associar aos Estados Unidos e à Europa na área espacial.

    E olha que eles estiveram em guerra com os ingleses, e não permitiram que isso afetasse seus planos. Então é isso. Com um governo que atua de forma populista e dogmática, estamos nessa situação ridícula, na qual os "acordos" beneficiam muito mais a China e a Ucrânia do que o Brasil.

    Mas tudo bem, enquanto os profissionais do PEB estiverem recebendo seus salários aguardando suas aposentadorias diferenciadas, está tudo certo.

    Programa espacial sério pra quê? Deixa assim que tá ótimo. Laboratórios se deteriorando por falta de demanda, empresas nacionais que usaram nosso dinheiro para crescer sendo vendidas para multinacionais também por falta de demanda, um lançamento de foguete de treinamento aqui, outro ali, o Brasil tendo que comprar dados de sensoriamento remoto de segunda classe sobre o seu território pois não possui mais satélites próprios para esse fim, um satélite de comunicação de "alta segurança" completamente importado (e eles falam isso com a cara mais séria), tá tudo ótimo, não podia estar melhor...

    É vergonhoso.

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  3. Gran parte del éxito del programa espacial de Argentina se debe a que una de las mentes más brillantes del país es quien preside la CONAE y ha sido el responsable de pensar y diseñar nuestro plan espacial.
    Durante los gobiernos anteriores (que no apoyaron financieramente el programa espacial), Varotto se las ingenió para tener un programa satelital pequeño pero respetable, mientras que en los últimos años encontró un gobierno que abiertamente ha apoyado el programa espacial con recursos financieros y entonces hoy se empiezas a ver los resultados.

    Saludos desde Argentina

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