Brasil e EUA Voltam a Discutir o Uso do CLA Pelos Ianques

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (04/08) no jornal “O Estado do Maranhão” destacando que como já havíamos anunciado o Brasil e os EUA retomaram as negociações para alavancar o Programa Espacial Brasileiro.

Duda Falcão

Geral

Brasil Retoma Negociações com EUA
Para Alavancar o Programa Espacial

Bruna Castelo Branco
Da equipe de O Estado
04/08/2013

Foto: De Jesus
Nova torre de lançamento de foguetes do CLA, que
poderá ter a tecnologia norte-americana

A retomada da parceria com os Estados Unidos para desenvolver o Programa Espacial Brasileiro é uma das propostas do governo brasileiro para alavancar a tecnologia aeroespacial do país tendo o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) como o principal ponto de desenvolvimento. As negociações entre os governos norte-americano e brasileiro foram reiniciadas e a expectativa é de que um acordo seja anunciado em outubro, durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, no dia 29 de julho, em reportagem assinada por Lissandra Paraguassu.

A intenção do Brasil é estabelecer um acordo que não afete a soberania nacional, ou seja, a proposta é abrir o centro de lançamento para que os Estados Unidos utilizem o sítio de lançamentos para operações, mas sem limitar a parceria com outros países. Os EUA utilizariam como um contrato de aluguel e que dali poderia lançar satélites, com a vantagem da economia de até 30% de combustível e maior precisão da trajetória, devido à posição privilegiada do CLA, distante apenas dois graus da Linha do Equador.

A parceria não inviabilizaria outros contratos do Brasil com outros países, a exemplo da Ucrânia, que viabiliza o empreendimento da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), que se encontra em fase de implantação e deverá iniciar suas atividades em 2014, com o lançamento do foguete Cyclone4. A expectativa é de que, após o início das atividades, somente do sítio de lançamento da empresa sejam programados 30 lançamentos de grande porte por ano.

Calcula-se que um lançamento de grande porte nos moldes comerciais pode custar entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões, o que representaria um impulso significativo para o Programa Espacial Brasileiro, com investimento não só em tecnologia, mas em novas pesquisas do setor aeroespacial.

Parcerias - O alvo do Brasil não se resume aos Estados Unidos, o país ambiciona também negociar com europeus e japoneses. A parceria com outros países para a utilização do CLA, além da Ucrânia, parece ser uma questão vista com bons olhos por todos os setores ligados ao Programa Espacial Brasileiro. Em recente entrevista a O Estado, o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara, coronel César Demétrio dos Santos, destacou a importância das parcerias internacionais para o progresso do CLA, principalmente em termos tecnológicos. “As parcerias internacionais são de suma importância para o aperfeiçoamento e desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro [PEB]. Possuímos acordos estratégicos no setor aeroespacial com os Estados Unidos, Rússia, China, Comunidade Europeia e Argentina nas mais distintas áreas que potencializam, por exemplo, o desenvolvimento e lançamento de satélites, o monitoramento da temperatura das águas oceânicas, lançamento no exterior de foguetes fabricados no Brasil, assessoria técnica para aperfeiçoamento das atividades aeroespaciais e facilidades para aquisição de equipamentos e componentes ligados ao setor”, destacou na entrevista.

Negociação - A possibilidade de negociação com os norte-americanos marca uma retomada de acordos no setor aeroespacial entre os países. As tentativas estavam paradas desde 2003, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A resistência de Lula em negociar com os norte-americanos foi motivada por cláusulas do Tratado de Salvaguardas (TSA), assinado no governo de Fernando Henrique Cardoso, em abril de 2000, mas que não chegou a ser aprovado pelo Congresso Nacional, por ser classificado como uma afronta à soberania nacional e também por trazer impedimentos para que o setor pudesse se desenvolver.

O tratado reservava o uso do CLA como de exclusividade dos EUA e tinha, entre exigências, a de que áreas seriam de acesso exclusivo dos americanos, não sendo permitida a entrada de brasileiros sem autorização dos EUA.

SAIBA MAIS

Criado pelo Decreto Nº 88.136 e ativado no dia 1º de março, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) foi uma alternativa criada para expandir o Programa Espacial Brasileiro, devido à impossibilidade de expansão do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em função do processo de expansão urbana de Natal (RN), levou à realização de estudos para a definição de um local mais adequado à construção de mais um espaçoporto nacional. O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) ocupa uma área de 620 quilômetros quadrados e foi planejado para uma capacidade para lançamentos de foguetes de pequeno, médio e grande porte. O projeto do CLA é marcado pela possibilidade de comercialização do Centro e a Infraero foi designada como responsável pela administração das áreas do CLA destinadas à implantação de sítios de lançamento de veículos estrangeiros. A primeira operação de lançamento foi em dezembro de 1989, na época foram lançados foguetes de sondagem.


Fonte: Jornal “O Estado do Maranhão” - pág. 09 – 04/08/2013

Comentário: Como já havíamos anunciado anteriormente está aí mais uma vez esse assunto para ser debatido pelos nossos leitores. De minha parte o acordo é interessante, mas precisa ser negociado e formulado por gente competente e não políticos debiloides e irresponsáveis, para evitar assim tempo perdido, gastos desnecessários e a formulação de um acordo “Candiru” para o Brasil, como o que já gerou a mal engenhada empresa Alcântara Cyclone Space” ou até pior. Entretanto a frase que está abaixo da foto da TMI na matéria acima me causa extrema preocupação, já que ter americanos tendo acesso a nossa única plataforma de lançamento de veículos lançadores de satélites não é nada prudente. Gostaria de agradecer mais uma vez ao leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pelo envio dessa matéria. 

Comentários

  1. Não temos uma base muito grande e nem tecnologia ainda para lançarmos foguetes grandes. A condição deveria ser uma colaboração para o país avançar o seu programa espacial. Existe muitos peixes na rede, e a Ucrânia foi uma desilusão no quesito de desenvolvimento conjunto.

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  2. A "necessidade" de um acordo não é para que os EUA utilizarem o CLA. Eles não precisam do CLA. O acordo é para que eles autorizem lançamentos do CLA com cargas úteis americanas. Caso contrário boicotam toda a atividade que utilizar quaisquer componentes americanos através dos chamados "end user statement". Ou seja, controle para que os índios continuem sendo apenas índios...

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  3. Não aguento mais ouvir e nem ler essas afirmativas falsas de que esses acordos podem alavancar o programa espacial brasileiro.
    A matéria além de dizer isso ainda fala que um lançamento pode custar de 25 a 30 milhões de dólares; só não fala que é o custo do lançamento e com o lançador.
    E nesse acordo, de quem seria o lançador? Americano, é claro.
    Então, alavanca o quê? Deve alavancar a burrice de quem escreve isso.

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    Respostas
    1. Tá antenado Anônimo. Que bom.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Uma imbecilidade, os eua nao precisam de base de lancamento, isso e acordo para permitir que o brasil possa lqncar foguetes, tendo os americanos no controle!

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