Blog Lança Desafio a ARION e a Airvantis

Olá leitor!

No momento em que estamos nos aproximando para colocar no espaço o nosso primeiro cubesat (nanosatélite em formato de cubo), como se pode atestar na matéria abaixo, resolvi escrever esse artigo para lançar um desafio.

Todos os amantes das atividades espaciais sabem que qualquer programa espacial no mundo vive de desafios, mola mestra de seu desenvolvimento e fortalecimento institucional, tecnológico e de conhecimento junto a sua comunidade local e internacional.

É também do conhecimento de todos que uma equipe liderada pelo Dr. Luis Eduardo Loures da Costa, pesquisador do nosso valoroso Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), vem numa 'luta herculana' contra as forças contrárias da trupe do Governo DILMA ROUSSEFF, tentando desenvolver o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), tendo como meta realizar o seu voo de qualificação em 2015 (veja a nossa campanha “Missão VLM-1/ITASAT-1 - Abrace Essa Idéia”).

Ora leitor, diante disso, e diante das iniciativas já em curso no país (INPE, UFSM, USP, UFRN, UnB, IFF, entre outras) na área de tubesats e cubesats e outros tipos de picos e nanossatélites, creio eu que já esteja a hora de se começar a pensar no desenvolvimento de uma plataforma para ser acoplada ao VLM-1, de onde então esses picos e nanossatélites possam ser embarcados para serem liberados em suas órbitas pré-determinadas, de acordo com o desenvolvimento do voo.

Daí, mesmo sabendo que existe um enorme risco para qualquer instituição que se habilite nessa empreitada devido à insegurança causada pelo nosso desastroso e omisso governo (não temos se quer a certeza de que o VLM-1 vai sair do papel), mas também convicto da necessidade de se correr riscos na área espacial, principalmente com relação as nossas necessidades como nação, venho através desse artigo lançar um desafio às empresas ARION do Grupo Lunus e a Airvantis, para que tenham como meta o desenvolvimento dessa plataforma, já que acredito serem elas no momento as mais capacitadas e qualificadas para realizar esse desafio.

Vale dizer que é claro que o desafio está aberto para todos, mas temos a esperança de que quem quer que aceite esse desafio esteja rigorosamente comprometido com os interesses brasileiros e que seja um grupo, empresa, universidade, instituto genuinamente brasileiro. Afinal, a ideia foi lançada e certamente é um ‘nicho de mercado’, e não só para nós.

Bom leitor, é isso ai, está lançado o desafio.

Duda Falcão

Comentários

  1. Nós topamos Duda, já estamos encaminhando para isso há algum tempo e atualmente buscamos verba para que viabilize a plataforma comercial.
    Só gostaria de alertar que infelizmente não existe ainda uma demanda nacional suficiente para validar um modelo de negócio baseado em CubeSats. Uma das saídas é pensar no mercado global, mas para isso precisamos entregar algum diferencial em relação às dezenas de plataformas Cubesats que já vêm sendo desenvolvidas mundo afora. (acho que estamos no caminho para isso)

    Mesmo assim, gostaria de separar aqui a ação que vem ocorrendo na USP, pois não se trata de uma iniciativa comercial.

    A iniciativa da USP de São Carlos vem acontecendo em parceria de um time do INPE, e não é dependente das atividades comerciais da Airvantis, apenas auxiliamos o projeto.

    Portanto, a Airvantis tem interesse de desenvolvimento comercial das plataformas e procura por possíveis interessados para colaborar nessa empreitada. Caso alguém queira me contactar para falar sobre qualquer assunto relacioando com os CubeSats, esteja a vontade. Meu email é lucas.fonseca(at)airvantis(dot)com(dot)br

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    1. Caro Sr. Lucas!

      Fico contente que tenha topado o nosso desafio, mas não tenho certeza que tenha entendido o mesmo, ou talvez eu tenha me expressado mal. Não me refiro as plataformas cubesats ou tubesats, pois essas creio já serem metas da ARION, empresa recentemente lançada com esse objetivo pelo Grupo Lunus de São José dos Campos-SP. O que eu me referi foi a plataforma (não sei bem se o nome usado é esse) onde esses satélites são acoplados para serem colocados em suas respectivas orbitas de acordo com o desenvolvimento do vôo do lançador, entende? Esse seria o desafio, e sim, essa especie de plataforma ela é comerciável (mesmo ainda não tendo uma demanda no país) e são poucos países do mundo que a produzem, portanto, seria uma boa alternativa comercial a ser explorada. Bom é isso ai.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Ah sim Duda,

    Os famosos P-Pods.

    Talvez para um futuro próximo eu poderia abraçar essa causa, mas no momento não tenho equipe e nem investimento para começar mais um empreendimento.

    Vamos ver se o VLM saí mesmo do papel, já seria um bom incentivo pra seguir com a ideia.

    Abraços,

    Lucas

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  3. Gostaria de saber de alguém, se algum dos foguetes de sondagem brasileiros poderia ser adaptado pra satelizar algo em torno de uns 5kg? Pelos parâmetros de empuxo dos estágios do projeto Vanguard, me parece que um sonda iv poderia ser adaptado pra tal tarefa, ou até mesmo um vs40. Outra coisa, é se não poderia haver um consorcio de pequenas empresas da área espacial pra projeto e desenvolvimento de um veículo lançador de nanosats com suporte do IAE e financiado pela FAPESP.

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