O Charuto da Dilma e o Ainda Incerto VLM-1
Caro leitor!
Concepção Artística do VLM-1 pronto para lançamento em Alcântara. Será? |
O ridículo orçamento da AEB de pouco mais de R$ 189
milhões enviado pela PresidentA DILMA ROUSSEFF e seus “COMPANHEIROS” do MPOG ao Congresso Nacional no inicio de 2013, veio
coroar pelo terceiro ano consecutivo um claro e evidente 'boicote' ao verdadeiro
e único Programa Espacial Brasileiro em prol de projetos como o Estádio do
Mineirão, a Arena Fonte Nova e outros projetos de cunho populista, sem contar o
apoio irresponsável a um acordo comercial desastroso na área espacial que, ainda
traz para o território Brasileiro o uso de uma 'tecnologia ultrapassada e tóxica' sem necessidade, e com prejuízo ao verdadeiro programa espacial do país.
Apesar disso tudo, existe no fim do túnel uma luz que
surgiu nos últimos anos (ainda fraca é verdade), mas com uma certa consistência
devido ao grande interesse alemão nessa iniciativa brasileira.
Refiro-me ao projeto do Veículo Lançador de
Microssatélites (VLM-1), que já praticamente engavetado pelo IAE resurgiu das
cinzas, desde que o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) resolveu incluí-lo no Programa
SHEFEX, visando assim inicialmente usá-lo para atender ao vôo suborbital do
experimento SHEFEX III em 2016.
Entretanto, devido a sua 'configuração simplória' e a
grande demanda mundial de mercado que se apresenta atualmente para nanos e
microssatélites, o DLR alemão começou a enxergar no projeto do VLM-1 uma grande
oportunidade de oferecer ao mercado uma boa alternativa de lançamento para
esses tipos de pequenos satélites.
Recentemente navegando na net, descobri um documento da EuroLaunch (uma cooperação entre o DLR e a SSC
sueca), que em dado momento deixa muito claro o quanto a Agência Espacial Alemã
e a SSC enxergam no VLM-1 uma grande oportunidade comercial, inclusive já
prevendo a possibilidade de investir numa plataforma de lançamento especifica
para esse foguete, a ser instalada no Esrange Space Center, na Suécia, visando com
isso o lançamento de pequenos satélites em órbita polar. (veja aqui)
Em recente entrevista ao blog (veja aqui), o coordenador
do Projeto do VLM-1, o Dr. Luis Eduardo Loures da Costa, pesquisador
do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), falou sobre as atividades relativas
ao desenvolvimento do motor-foguete S50 do VLM-1 dizendo:
“Nós fizemos o
Modelo de Engenharia do Motor S50 e verificamos, em primeiro lugar, que a
manufatura do motor era viável com os nossos métodos de fabricação e, em
segundo lugar, que havia uma solução adequada para a deposição automática de
fibras. Por fim, concluímos que havia espaço para uma melhoria estrutural do
motor por meio de modificações que não só reduziriam as partes metálicas,
economizando massa, como também aumentariam a qualidade da deposição de fibras.
Ao mesmo tempo, aumentamos o diâmetro do motor de 1,40m para 1,46m para atender
a uma solicitação do DLR de se ter mais energia embarcada no veículo. Devido a
isso, estamos iniciando um novo processo de cálculo estrutural desta
alternativa de envelope motor, que deverá estar terminado até maio,
iniciando-se então a construção dos dispositivos de fabricação dos motores de
qualificação. Posso garantir que estamos empregando uma quantidade bastante
grande de horas de uma engenharia extremamente refinada neste estudo. Na
sequência deste processo, nós estaremos fazendo a qualificação estrutural do
motor em princípios de 2014, o que nos deixaria com a possibilidade de um teste
de queima em banco em finais de 2014, caso o fluxo de recursos financeiros seja
o solicitado.”
Pois é leitor, como você mesmo pode notar nas palavras do
Dr. Luis Loures, o Projeto do VLM-1 está avançando, com previsão de testar o
motor-foguete S50 em banco de testes no final de 2014, né verdade? Gostaria que
fosse, mas não é.
As informações que me chegaram foram que o fluxo de
recursos financeiros solicitados (como disse o Dr. Luis Loures acima) não tem
sido o desejado. Coisa que já era de se esperar perante o orçamento da AEB
enviado ao Congresso Nacional pela PresidentA e pelos “Companheiros”, insuficiente para o
cumprimento do cronograma de desenvolvimento previsto, o que poderá atrasar os
planos do IAE/DLR de fazer um voo de qualificação do foguete em 2015 (a missão
que solicitamos em nossa Petição Online do VLM-1/ITASAT-1) e lançar o
experimento SHEFEX III em 2016.
Ora caro leitor, é preciso que a Sociedade Brasileira
entenda que o Brasil não pode perder mais essa oportunidade que caiu de mãos
beijadas para o nosso país, e que hoje o Projeto do VLM-1 é o mais próximo de
levar o Brasil a obter a tão sonhada 'autossuficiência de acesso ao espaço' (pelo
menos para nanos e microssatélites), o que finalmente colocaria o país entre as
nações do fechadíssimo “Clube Espacial” mais de 50 anos após o inicio de nosso
programa espacial.
É preciso fazer algo para impedir que esses energúmenos do
governo da PresidentA (Como será que ela ficaria vestida de militar com um
charuto na boca?) venha prejudicar o desenrolar desse importantíssimo projeto
para o futuro de nosso país. O Brasil não pode deixar que isso venha acontecer.
Por conta disso, como brasileiro, apaixonado pelo meu
país, defensor das atividades espaciais e da educação de qualidade em prol do
futuro de nossa sociedade, resolvi escrever este artigo para solicitar a
presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), a Dra.
Helena Nader, que lidere junto com
instituições como a ABC (Academia Brasileira de Ciências), SBF (Sociedade
Brasileira de Física), SAB (Sociedade Astronômica Brasileira), SBM (Sociedade
Brasileira de Matemática), SBMET
(Sociedade Brasileira de Meteorologia) entre outras, 'uma enérgica e efetiva' ação junto ao Congresso Nacional exigindo verbas para o cumprimento das
atividades espaciais do país e em especial a esse cronograma de desenvolvimento
acertado com a Alemanha.
Chamo a atenção de todos para o exemplo que está
acontecendo com o Projeto do Satélite CBERS-3 do Programa CBERS com a China,
que muito provavelmente irritou os chineses colocando em risco a continuidade
do programa.
Gente, Programa Espacial é coisa séria, muito séria, e
assim é visto tanto na China, como na Alemanha e em todos os países onde essas
atividades tem efetivamente se desenvolvido nos últimos 50 anos. É preciso
lembrar que nem a Alemanha nem tão pouco a China precisam do Brasil na área
espacial, para nada, e o interesse é todo nosso, bastando eles olharem para
trás para enxergarem diversos países interessados em estar no lugar do Brasil.
O Programa do VLM-1 é de suma importância para a
continuidade de todo o Programa Espacial Brasileiro e não podemos permitir que
venha ocorrer com esse projeto o que esses energúmenos fizeram e continuam
fazendo com o Projeto do VLS-1.
Assim sendo solicito a Dra. Helena Nader que encabece essa
luta, e nos ajude a combater esse 'boicote irresponsável' desse governo desastroso.
O futuro do PEB, de nosso país e de toda a nossa sociedade nos leva a essa
mobilização para evitar que nossos filhos venham viver no futuro numa sociedade
sem voz perante as decisões planetárias. Espero que esse meu apelo possa ser atendido
pela Dra. Helena Nader, já que não me resta apelar para mais ninguém.
Duda Falcão
Eu adoro futebol e sempre votei no PT mas estou chateado com essa situação de boicotes anuais, pior é que o próximo que entrar vai continuar fazendo a mesma coisa.
ResponderExcluirNão sei se já ouviram sobre a tragédia de Katyn, onde os comunistas mataram todos os intelectuais da Polónia, com o fim de não formarem uma futura oposição? Pois é, é o que parece estar acontecendo com os institutos de pesquisa e com nossos pesquisadores, mas de outra forma. Vão matando a ciência para ir emburrecendo a todos ficando mais fácil seguirem adiante seus planos ligados ao marxismo cultural.
ResponderExcluirO VLM-1 é um projeto exemplar e atual, para mim deveria ser tratado com toda prioridade, se a Edge of Space tive atualmente estrutura financeira para isso bancaríamos este projeto.
ResponderExcluirAs prioridades do governo visam apenas a eleição de 2014, e é triste pensar que a situação vai continuar assim ou até mesmo piorar.
Miraglia
www.edgeofspace.com.br
Atualmente, falta PATRIOTISMO aos nossos governantes, nada justifica o tratamento que o PEB vem recebendo ao longo dos últimos governos. Fico me indagando a quem possa interessar tal situação?
ResponderExcluirO interesse também pode partir de empresas estrangeiras,países que não querem mais um concorrente,ainda mais geograficamente tão bem colocado,voçê molha a mão de politicos corruptos para atrasar ou mesmo liquidar os programas espaciais do país e eles nem querem saber de onde o dinheiro vem,muitos vão dizer que são ideias mirabolantes as minhas más eu não dúvido e nem boto a mão no fogo que isso não possa acontecer,países que não querem ver o Brasil concorrendo tem sim,pelo menos uns três eu imagino que sim!.
ResponderExcluir" TODOS NÓS SOFREMOS DE DEPRESSÃO CIENTÍFICA ESPACIAL "
ResponderExcluirQuando eu tinha 15 anos, lembro-me, "acordei certa manhã, sentei-me na beira da cama e pensei": "Será que um dia testemunharei o lançamento de um grande foguete, feito 100% pelo meu Brasil?". De lá para cá, já fiz 55 anos de idade, e percebi que havia caído em depressão científica espacial, pois até o momento não serei testemunha viva de ORGULHAR-ME deste feito. Passados 45 anos, junto ao meu grupo CEFAB, que de uma forma ou de outra, tento superar está lacuna, lançando meus pró-pios foguetes amadores e num intuito de construir um grande projeto no futuro , para fechar com chave de ouro e dar um bom exemplo, para as pessoas que só fazem criticar os que tentam fazer este Brasil de gigantes.
Sei que todos os dias tem sido uma luta para todos que gostam do espaço sideral e do sucesso do PEB, debater contra essa doença emocional e mental, oriunda dos debiloide e do DONO DA RAZÃO E DA SABEDORIA EM BRA.
Visto que de vez em quando todos nos do BLOG, sentimos tristes, podemos achar que consigamos tapar o sol com a peneira, mais é difícil debater-se contra a realidade que nos perseguimos, está é a "depressão que absorve nossas guerras, esperanças e otimismos diários", vivenciamos e sofremos com o futuro não definido do nosso Brasil.
Mais do que uma tristeza momentânea, a depressão científica espacial brasileira, é um problema grave, onde a população está vivendo, mas não toma nenhuma decisão para atenuar ou livra-se de suas causas, que geralmente impede aos institutos de pesquisas e de pessoas capazes de fazer suas atividades diárias.
Embora a D.C.E. B., às vezes seja desencadeadas por um motivo óbvio, que todos nos sabemos, ela geralmente entra na vida das pessoas que tem responsabilidades com a nação. Em fim, todos nos sentimos que de repente, uma densa nuvem de tristeza e incapacidade cobre nossas vidas sem razão aparente.