Polo Espacial no RS: Mais Informações

Olá leitor!

Segue abaixo uma pequena entrevista postada ontem (14/05) no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski, com  a assessoria de imprensa da AEL (empresa do grupo israelense Elbit Systems) localizada no RS, dando destaque ao envolvimento dessa empresa com o novo Polo Aeroespacial Gaúcho.

Duda Falcão

Polo Espacial no RS: Mais Informações

André Mileski
14/05/2013

No final de abril, divulgamos no blog Panorama Espacial uma notícia sobre a criação no Rio Grande do Sul (RS) do Polo Tecnológico de Sistemas Espaciais, iniciativa apoiada pelo governo estadual e por empresas instaladas na região, dentre as quais a AEL Sistemas, atuante nos segmentos aeroespacial e de defesa e controlada pela israelense Elbit Systems.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa da AEL com algumas questões para obter mais detalhes sobre a iniciativa do Polo Tecnológico de Sistemas Espaciais do RS. Abaixo, reproduzimos as informações recebidas. Em breve, abordaremos em detalhes os negócios e interesses da empresa gaúcha no campo espacial.

1) O satélite de pequeno porte a ser desenvolvido teria qual finalidade? Há mais detalhes sobre suas características?

Representa o início das atividades do polo. Tem como objetivo fomentar o interesse e iniciar a formação junto ás universidades do estado. O detalhamento do programa irá ocorrer em um trabalho conjunto das Secretaria de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Desenvolvimento, universidades e a AEL Sistemas.

Em um segundo momento será preparado um RFP (pedido de proposta), que irá ser enviado as principais empresas de desenvolvimento de tecnologia espacial, que possuem programas de Pesquisa & Desenvolvimento educativos, para definição do parceiro internacional desta atividade.

2) Foi falado em ampliar as capacidades da CEITEC. Quais seriam essas capacidades? Alguma ideia do polo tratar do desenvolvimento de semicondutores para CCDs e sistemas inerciais?

O CEITEC – em conjunto com parceiros internacionais (como a israelense Ramon Chips), a AEL Sistemas, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) (FAB) e as universidades locais (salientando a UFRGS, o departamento de análise de radiação para semicondutores) – pode ingressar na proposição de fabricação de semicondutores resistentes a radiação para o mercado espacial. É um mercado com valor agregado elevado e que possui baixa demanda produtiva. Tais características podem representar um modelo de negócios atrativo ao CEITEC.

3) Quais seriam os principais campos de interesse do polo?

Integração de satélites, fabricação de subsistemas e capacitação em definição, projetos e construção de satélites de pequeno porte.


Fonte: Blog “Panorama Espacial“ – André Mileski

Comentário: Já disse o que penso dessa história. Ter a AEL (antiga Aeroeletrônica quando era uma empresa brasileira) ciscando em torno do CEITEC, me causa calafrios, principalmente depois da notícia de que o governo avalia a sua privatização (veja aqui). Já vi essa novela com a própria AEL, que em um bom momento de sua existência, após colher anos os frutos tecnológicos gerados pelos recursos públicos do povo brasileiro, inicialmente fez uma parceria com a Elbit Systems, para pouco tempo depois ser vendida aos israelenses. Lobos espertos que viram nessa chance uma oportunidade de entrar no Brasil assimilando a tecnologia desenvolvida com recursos brasileiros, e pior, constituindo assim um crime contra o patrimônio cientifico e tecnológico do país e dando um exemplo a outros grupos estrangeiros que, percebendo que o Brasil é uma verdadeira casa de Mãe Joana, seguiram o exemplo israelense levando empresas como a Equatorial Sistemas, a Optovac, a Omnisys entre outras, bem debaixo da inoperância, estupidez, e outras coisitas a mais, dessa gente que milita nos bastidores da política de nossa obscura capital federal. Abram o olho, pois está se ensaiando um novo golpe.

Comentários

  1. Tem horas que aparentemente nos perdemos na ideologia...

    Qual é o sistema que vivemos afinal? Se é o capitalismo, é assim mesmo que funciona. É "briga de cachorro grande". Quem não tem competência não se estabelece, quem pode mais chora menos, e o objetivo principal de TODAS as empresas, é apenas um: aumentar o lucro dos seus acionistas.

    É assim que funciona uma Boeing, uma Airbus, uma Embraer. Eu, não gostei muito quando soube que a Embraer ia fabricar aviões Nos Estados Unidos e em Portugal, porque na minha "visão de fora", seria tirar emprego de brasileiros, mas se essa atitude aumentar o lucro da empresa no balanço de final de ano, isso é o que realmente importa no capitalismo.

    Vejam: se essa empresa AEL, colocar ações no mercado e eu tiver chance e dinheiro para tal, gostaria de comprar algumas ações, pois me parece que ela dá um bom retorno aos seus acionistas.

    No regime comunista por exemplo, esse risco não existiria, pois as empresas não seriam privadas, mas pertenceriam a toda a comunidade. No entanto, ao que me parece, nem a China conseguiu resistir nessa modalidade...

    Quanto a "enterrar" dinheiro público em empresas e depois deixar que elas sejam vendidas sem o devido ressarcimento aos contribuintes, o motivo é um só: enquanto as pessoas "inteligentes" estão defendendo teses em fóruns e simpósios, os criminosos estão no poder, e legislando MUITO em causa própria.

    Seria tão simples. Bastaria uma lei que obrigasse a contabilizar e corrigir os investimentos públicos feitos e que o comprador depositasse essa parte na conta do governo, e só então efetivasse a compra do restante diretamente com a empresa sendo adquirida, com o devido desconto do que foi devolvido.

    Att.

    ResponderExcluir

Postar um comentário