Explosão do Sol Pode Causar Tempestade Geomagnética
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (12/04) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que segundo cientistas do INPE "Explosão Solar" pode causar Tempestade Geomagnética neste sábado (13/04).
Duda Falcão
Explosão do Sol Pode Causar
Tempestade Geomagnética
Sexta-feira, 12 de Abril de 2013
Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) aguardam com expectativa a chegada neste sábado (13/4) de uma nuvem
magnetizada criada pelo fenômeno conhecido como CME (coronal mass ejection; ejeção de
massa coronal, em português). Eles verificaram que uma explosão solar ocorrida
em 11 de abril resultou em intensa ejeção de plasma que está se dirigindo para
a Terra.
“CME é uma gigantesca nuvem de plasma magnetizado que é
expulsa pela camada mais externa da atmosfera solar - coroa - em direção ao
espaço com velocidades de centenas a poucos milhares de quilômetros por
segundo”, explica José Roberto Cecatto, do Programa de Estudo e Monitoramento
Brasileiro do Clima Espacial do INPE.
O pesquisador informa que este CME, pela posição de onde
se originou no Sol, está dirigido para a Terra e apresenta formato em halo. A
velocidade estimada do fenômeno é relativamente alta (cerca de 1000 km/s),
indicando que deve chegar à Terra por volta da primeira metade do dia 13 de
abril.
Ao atingir a Terra essa nuvem provoca perturbações na
magnetosfera terrestre (campo magnético terrestre) de intensidade variável. Nos
casos de perturbações brandas são produzidas auroras nas altas latitudes e
regiões polares. Já no caso de perturbações severas são produzidas as
chamadas tempestades geomagnéticas.
Entre os efeitos que essas tempestades podem causar está,
por exemplo, a indução de poderosas correntes elétricas na superfície terrestre
que podem afetar ou interromper sistemas de fornecimento de energia.
“A intensidade das perturbações sofridas pela
magnetosfera terrestre depende da direção e intensidade do campo magnético
associado à nuvem do CME em relação à direção e intensidade do campo da
magnetosfera da Terra. Quando possuem direções contrárias ocorrem as
perturbações severas com efeitos mais intensos no clima espacial. Ainda não é
possível medir com exatidão a direção do campo magnético da nuvem do CME antes
de sua chegada no ambiente terrestre, pois ainda não existe uma sonda ou
satélite dedicado a especificamente a essa medição”, diz Cecatto.
EMBRACE
O Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima
Espacial (EMBRACE) do INPE avalia os fenômenos solares que afetam o meio entre
o Sol e a Terra, e o espaço em torno da Terra.
O EMBRACE oferece informação em tempo real, na internet,
e realiza previsões sobre o sistema Sol-Terra para diagnósticos de seus efeitos
sobre diferentes sistemas tecnológicos, em áreas como navegação e
posicionamento por satélite (aeronaves, embarcações, plataformas petrolíferas,
agricultura de precisão), comunicação (satélites geoestacionários, aeronaves),
distribuição de energia (linhas de transmissão, dutos de distribuição de gás
natural e petróleo), além dos sistemas de defesa nacional.
Por meio de estudos sobre os processos eletrodinâmicos da
ionosfera equatorial e de baixas latitudes, os pesquisadores do INPE monitoram
parâmetros físicos como características do Sol, do espaço interplanetário, da
magnetosfera, da ionosfera e da mesosfera.
As informações estão disponíveis no Portal EMBRACE: www.inpe.br/climaespacial
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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