Blog Entrevista Gerente do Projeto do VLS-1

Olá leitor!

Dando Sequência com as entrevistas da série “Personalidades do Programa Espacial Brasileiro”, trago agora para você uma entrevista com o gerente do Projeto do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), o Tenente Coronel Eng. Alberto Walter da Silva Mello Junior, ao qual agradeço publicamente por conceder essa sua primeira entrevista ao Blog BRAZILIAN SPACE sobre esse importante projeto espacial brasileiro em curso no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

A entrevista do Ten. Cel. Eng. Alberto Mello é bastante esclarecedora e recomendo ao leitor que leia atentamente as informações passadas ao blog pelo mesmo tirando suas próprias conclusões sobre a atual situação desse projeto.

Aproveitamos também para agradecer a estimável ajuda da Seção de Comunicação Social – SCS” do IAE, na pessoa da Sra. Janaína Pardi Moreira, a Sra. Gloria Regina Esteves de Lira do Gabinete do diretor do IAE e evidentemente ao Brig. Eng. Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel (diretor do IAE). Muito obrigado a todos vocês.

Ten. Cel. Eng. Alberto Walter
da Silva Mello Junior - Gerente do
Projeto do VLS-1
BRAZILIAN SPACE: T. C. E. Alberto Mello, para aqueles que não o conhece nos fale um pouco sobre o senhor, onde nasceu, sua idade e qual sua formação?

TEN. CEL. ENG. ALBERTO MELLO: Meu nome é Alberto Walter da Silva Mello Junior, sou natural de Jacarezinho, PR, tenho 48 anos, sou formado em engenharia aeronáutica pelo ITA, Mestre em Ciência pelo ITA, MBA pela Universidade Federal Fluminense e Ph.D. pelo Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Texas em Austin. Sou o atual gerente do Projeto VLS-1 e Chefe da Coordenadoria de Projetos Espaciais do IAE.

BRAZILIAN SPACE: T. C. E. Alberto, é sabido que antes do lançamento do VLS-1 VSISNAV haverá uma operação intitulada “Operação Santa Bárbara”. O senhor poderia esclarecer para o nossos leitores quais são os reias objetivos do IAE com essa operação?

T. C. E. ALBERTO MELLO: Os objetivos principais da Operação Santa Barbara são:  Integração do veículo completo na plataforma; testes funcionais das redes de telemetria, controle, serviço, terminação de voo e pirotécnica, visando qualificação para voo;  testes de compatibilidade eletromagnética e interferência eletromagnética (EMI/EMC) dos sistemas do veículo;  testes das interfaces com os meios de solo do sistema VLS, tais como aquisição de telemetria, banco de controle, terminação de voo, linha de fogo, Torre Móvel de Integração - TMI, mesa de lançamento, torre de umbilicais e comunicação.

BRAZILIAN SPACE: T. C. E. Alberto, já se tem uma data prevista para a realização da operação em questão?

T. C. E. ALBERTO MELLO: Esta Operação está prevista para ocorrer no segundo semestre de 2013.

Lançamento do VLS-1 VO2 da "Operação Almenara"
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) - 11/12/1999

BRAZILIAN SPACE: E quanto ao lançamento do VLS-1 VSISNAV T. C. E. Alberto, o mesmo ainda será realizado em 2013, e caso não, qual seria a data mais provável para o seu lançamento?

T. C. E. ALBERTO MELLO: O cronograma físico atual do VLS-1  prevê o lançamento do VSISNAV para o primeiro semestre de 2014.

BRAZILIAN SPACE: T. C. E. Alberto, com o vôo bem sucedido do VLS-1 VSISNAV o sistema de navegação (SISNAV) e a parte baixa do veículo (primeiro e segundo estágios) estarão definitivamente qualificados?

T. C. E. ALBERTO MELLO: Entre os objetivos do VSISNAV estão as qualificações do SISNAV em veículos lançadores, do sistema de separação entre primeiro e segundo estágios e da estabilidade da queima dos motores S-43 sob aceleração. Esta é uma importante etapa para a certificação de tipo do veículo completo.

Ten. Cel. Eng. Alberto Mello realiza o Briefing durante a
realização da "Operação Salina", ocorrida no CLA em
Junho e Julho de 2012

BRAZILIAN SPACE: E no caso do voo do VLS-1 VSISNAV não ser bem sucedido T. C. E. Alberto, qual seria então o caminho a ser seguido pelo IAE?

T. C. E. ALBERTO MELLO: Estamos trabalhando e conduzindo o projeto de forma minuciosa, visando ao cumprimento completo dessa etapa. No entanto, sucesso ou insucesso de uma missão deve ser medido pela quantidade de objetivos efetivamente alcançados e o aprendizado associado ao projeto, que permitirá a continuidade do Programa Espacial Brasileiro, com o VLS-1 ou outro lançador.

Além dos testes descritos acima, a missão do VSISNAV objetiva qualificar em voo as novas redes elétricas em malha aberta; sistemas de amortecimentos das redes pirotécnicas; sistema de terminação de missão; aquisição de dados de telemetria, com a nova infraestrutura para operações de lançamento (TMI, Casamata, Banco de Controle, Prédios de Preparação), e teste real das Estações Operacionais do Centro de Lançamento de Alcântara - CLA, Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI e Estação Móvel de Telemetria. Cada um desses resultados deverá ser analisado para decisão do próximo passo após o voo do VSISNAV.

BRAZILIAN SPACE: T. C. E. Alberto, com a qualificação do SISNAV o mesmo poderá ser utilizado por outros veículos lançadores de satélites brasileiros como os futuros VLM-1 e VLS-Alfa?

T. C. E. ALBERTO MELLO: A parte baixa do VLS-1 é a mesma concebida para o VLS-Alfa. Sua qualificação indica que ela estaria pronta para ser empregada em novas gerações de lançadores, dentro da conveniência de cada projeto. O primeiro estágio do VLM-1 possui motor único, o S50, ainda em fase de desenvolvimento. No entanto, o VLM-1 utiliza os mesmos meios desenvolvidos no Projeto VLS-1 e todo o cabedal deste e outros projetos espaciais do IAE. Muitas soluções desenvolvidas para o VLS-1, testadas e aprovadas, serão utilizadas no VLM-1; incluindo-se a TMI e os meios do CLA.

Mockup VLS-1 na Plataforma durante a "Operação Salina"

BRAZILIAN SPACE: T. C. E. Alberto, é sabido que o próximo voo tecnológico previsto do VLS-1 é o XVT-02. O senhor poderia nos falar sobre os objetivos dessa missão.

T. C. E. ALBERTO MELLO: O objetivo principal do XVT-02 é executar um voo tecnológico do veículo completo, com todas suas funcionalidades e com todos os estágios ativos. Serão qualificados: a nova  arquitetura da rede elétrica em malha fechada, com computador de bordo nacional; sistema de separação e queima dos motores do terceiro e quarto estágios; a atuação do sistema de rolamento e estabilização e inserção em órbita de uma carga tecnológica. O SISNAV, sistema inercial autônomo desenvolvido no IAE, será a plataforma de navegação do veículo.

BRAZILIAN SPACE: T. C. E Alberto, não havendo o velho problema da falta de recursos financeiros adequados e de êxito no lançamento do VLS-1 VSISNAV, em quanto tempo após esse lançamento o IAE estaria pronto para o lançamento do VLS-1 XVT-02?

T. C. E. ALBERTO MELLO: Primeiramente, cabe ressaltar que os recursos solicitados para a conclusão do Projeto VLS-1 estão em conformidade com os valores descritos na Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia e no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). No entanto, por restrições orçamentárias, os valores que efetivamente chegam ao projeto acabam sendo bem menores do que os divulgados nesses documentos.  Cortes no orçamento do projeto geram atrasos e perdas irreversíveis. Alongamento dos prazos causa desmobilização, obsolescência de sistemas, perda de oportunidade e aumento de custos.  Estamos atravessando um ponto de inflexão no projeto, cuja consequência, caso não haja complementação imediata de recursos, será a necessidade de realinhamento do Programa Espacial Brasileiro. As autoridades de nossa cadeia de comando estão sensíveis a essa situação. O DCTA e AEB têm se esforçado na busca de meios para a complementação de recursos necessários à conclusão desta fase de consolidação da conquista do espaço.

Voltando à pergunta, os recursos atualmente previstos para o Projeto são suficientes para a conclusão do MIR e VSISNAV. No momento, considerando-se o Plano Plurianual - PPA, não há previsão orçamentária para o desenvolvimento do XVT-02 e V04.  Se os recursos financeiros fossem complementados ainda no primeiro semestre de 2013, conforme dotação prevista no PNAE, e o cronograma de desembolso fosse cumprido de forma oportuna, o XVT-02 seria lançado até o final de 2015.

BRAZILIAN SPACE: T. C. E Alberto, é sabido que após o lançamento do XVT-02 o próximo passo será o quarto voo de qualificação do VLS-1, ou seja, a missão do VLS-1 V04. O senhor poderia nos falar sobre os objetivos dessa missão.

T. C. E. ALBERTO MELLO: O V04 será o protótipo do VLS-1 com finalidade de satelitização. Todos os sistemas serão baseados na configuração final derivada do XVT-02. O objetivo macro do V04 é o de cumprir voo completo, sendo capaz de entregar, a partir de Alcântara, em órbita circular equatorial com baixa excentricidade, um satélite de 200 kg a 750 km, ou uma variação dessa especificação. É importante ressaltar que outros projetos estão sujeitos às mesmas restrições orçamentárias impostas ao VLS-1. Portanto, o voo do V04 é o mais próximo que estamos de um ciclo completo relativo ao desenvolvimento de veículos lançadores nacionais. As etapas estão bem definidas. Ainda que muito já tenha sido realizado e da consolidação de uma importante etapa que virá com o voo do VSISNAV, somente com a conclusão do Projeto VLS-1, culminando com o lançamento do V04, é que teremos cumprido integralmente os objetivos do PNAE e das Estratégias Nacionais de Defesa e CT&I.

BRAZILIAN SPACE: Existe a intenção de se lançar um satélite nessa missão do VLS-1 V04 T. C. E. Alberto?

T. C. E. ALBERTO MELLO: A carga útil dependerá da disponibilidade e oportunidade na época do lançamento. Uma das opções poderá ser o ITASAT-1, atualmente sendo desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, ITA. Isso dependerá do estágio de desenvolvimento deste satélite e do VLM-1.

Equipe do IAE durante a "Operação Salina"

BRAZILIAN SPACE: Para finalizar T. C. E. Alberto, com a realização bem sucedida das três próximas missões do VLS-1 entende-se que o veículo estará finalmente qualificado. Assim sendo, lhe pergunto: Com a qualificação desse veículo o mesmo seguirá sendo produzido ou o projeto será abandonado?

T. C. E. ALBERTO MELLO: A continuidade do VLS-1, com a fabricação em série, dependerá da conveniência e necessidade do nosso Programa Espacial. No entanto, acreditamos que o resultado mais importante com o sucesso do V04 será  a capacidade adquirida pelo Brasil, com autonomia e desenvolvimento próprio, de projetar, fabricar, lançar, controlar, estabilizar e entregar uma carga útil em órbita terrestre. Este feito mudará o status do país perante a comunidade internacional. Isso abrirá novas portas e deixará claro do que somos capazes. Somente o desenvolvimento de lançadores nacionais elevará o Brasil no ranking de maturidade tecnológica na área espacial. Todas as fases por que passamos no Projeto VLS-1 são necessárias para o desenvolvimento do V04 e de outros lançadores. Precisamos conhecer todas as variáveis e desenvolver soluções próprias, se quisermos ter autonomia em veículos espaciais. As etapas não podem ser puladas. Problemas devem ser identificados, estudados e solucionados. É o Projeto VLS-1 que nos habilita hoje a planejar VLS-Alfa, VLM-1 e outros futuros lançadores.

Outro aspecto do Projeto VLS-1, que é um braço importante do nosso programa espacial, está relacionado com as conquistas tecnológicas já consolidadas para o Brasil, seja como aplicação direta ou spin off. Graças ao Projeto VLS-1, hoje, nós somos capazes de produzir envelopes motores e outros itens em aço de alta resistência (exportamos componentes);  fabricar e processar combustíveis sólidos; projetar e desenvolver computadores de bordo e redes de comando e controle para veículos espaciais; desenvolver materiais compostos e tecnologia de bobinagem de fios e fitas sintéticas; e produzir estruturas de materiais compósitos resistentes a altas temperaturas. Além disso, desenvolvemos um sistema inercial autônomo para voos orbitais; possuímos um Centro de Lançamento invejável por sua localização e funcionalidade; temos o domínio da tecnologia e exportamos  foguetes de sondagem; desenvolvemos a capacidade de realizar operações espaciais complexas. Tudo isso, fomentando a indústria nacional, desenvolvendo o BRASIL.

Comentários

  1. Reportagem maravilhosa. Me pergunto como que nossos dirigentes em Brasilia não se comovem ao ler esse tipo de relato. Relato esse concedido por um brasileiro que dedica muito da sua vida a levar o Brasil a outro patamar tecnológico. Parabéns para o blog.

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    1. Olá Ronaldo!

      É muito simples a resposta de sua pergunta. Em Brasília os interesses são outros amigo, infelizmente.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Já estou vendo o filme em 2015/2016, quando o VLS-1 V04 for lançado, e um monte de político querendo aparecer na fotografia dizendo "eu ajudei a fazer"...

    E pensar que estamos conseguindo avançar com todos os precauços postos pelos políticos. O lançamento desse veículo é aguardado ansiosamente,

    E Ronaldo, li uma reportagem dizendo que boa parte dos psicopatas do mundo estão entre os CEO's e os políticos. Quem lê Maquiavel se desengana logo sobre o fato de acreditar que os políticos terão alguma empatia com alguma coisa. O jogo é perpertuarem-se no poder. Não existe representatividade popular, existe sim um classe política que defende os seus próprios interesses, tendo estes no entanto a formulação e implementação de leis nas mãos, ao contrário de outras classes. Para político fazer, somente com pressão em cima.

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  3. Parabéns Duda Falcão . Excelente entrevista.


    PS: Acabou de sair no site do IAE
    http://www.iae.cta.br/?action=noticia&id=245

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    1. Olá Anônimo!

      Obrigado amigo, estamos aqui para tentar trazer o melhor para nossos leitores. Quanto a matéria ter saído no site do IAE, a mesma na realidade já está online nesse site desde as 14:00 horas de hoje ou talvez até antes desse horário.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Ola!

    Me ponho a pensar se essa rolagem infindável da data de lançamento do VSISNAV, não é uma estratégia dos manipuladores do governo para dar um folego extra para ACS justificar o trágico desperdício de recurso público em detrimento do real Programa Espacial Brasileiro. Lamentável.

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    1. Olá Ramom!

      Sim, certamente é uma das razões, mas eu creio que a maior delas é que Programa Espacial não gera votos, então para esses energúmenos é mais interessante investir R$ 800 milhões no estádio do Mineirão do que investir no "Patinho Feio" do MCTI.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Gastar R$800 milhões em detrimento de gerar benefício para 190 milhões de brasileiro. Inaceitável! Sou cético quanto a teorias de conspiratórias, mas a cada dia que passa cresce em mim e em muitos a sensação de boicote total. Lamentável.

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    3. Pois é Ramom,

      Infelizmente essa é a nossa realidade. Por isso as minhas duas campanhas de agora contra a ACS e a da Missão do VLM-1. Sem uma mobilização da sociedade em torno do PEB, jamais teremos um programa espacial de verdade e muito menos uma nação, e esses energúmenos continuarão se perpetuando no governo por décadas a fio com os seus governos populistas e irresponsáveis. A nossa parte estamos fazendo, mas precisamos da ajuda de todos.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  5. " O CEFAB parabeniza o BLOG e o Ten.CEl. Eng. Alberto Walter da Silva Mello Júnior, pela boa matéria publicada e pelo homem de cráter do nosso querido Ministério da Aeronáutica e seus Departamentos.
    Ao longo dos anos, ouvir sempre as mesas baboseira dos falsos brasileiros que comandam este imenso infantil e BELO BRASIL!, a maioria destas personagens nadando como tio patinhas, mas na realidade cofigurados como "IRMÃOS METRALHAS" que refletem reciprocarmente no PEB.
    O problema é que estes delinquentes, estão com os dias contados neste país. Os únicos países que não reinvidicarm suas liberdades morais, foram o CANADA e a AUSTRÁLIA, ambos constituidos pelo Reino Unido, mas os demais senhores brasileiros! para seus conhecimentos! tiveram uma participação urgente do povão, para "PARAR E ACERTA" os devidos erros acometidos pelos larápios consumistas das suas própias nações.
    Que clareza quando o sábio oficial enumera as razões do não desenvolvimento do nosso PEB, que tristeza para todos nós!
    O problema do setor Aeroespacial do país, é uma questão de fifelidade das gestões anteriore e atuais. Todos nós em coletividade, (Engenheiros, Técnicos, institutos, Blog´s,etc) busca desenfreadamente por uma solução ou "gestão mágico de compensação efetiva" para solucionar a grave crise moral, daqueles que não entende de CIÊNCIAS nem tão pouco respeitam o sêlo e a Bandeira Nacional.
    Passa-se o tempo, e aquele mesmo grupo de gananciosos que perdem sua integidade e indentidade , estão cada vez mais mergulhados no egoismo, que nem eles se suportam mais.
    Veja os esforços dos institutos sérios, trabalhando com recurssos diminutos, vem desenvolvendo e gerando com ordem e progresso, instrumentos, equipamentos em prol do PEB.
    Devemos todos nos nós unir, para acabar, sim, com esse discurso abstrato, vago , vazio e mágico e encarar a real situação que o setor está enfrentando.
    Quando mergulhamos na complexidade da má gestão tudo se precipita para o penhasco , o povo brasileiro sempre foi eficiente e respeitador! Algumas barreiras, em relação a essa situação, já começaram a ser quebradas com os resultados positivos, nos desenvolvimentos complexos de instrumentos 100% nacionais, que maravilha em saber desta notícia!
    Ao analisarmos os indicadores, nos deparamos com uma situação inusitada e que precisa ser mais expostas ,exploradas nos canais televisivos, em aproveitar diariamente 10% para a divulgação de programas científicos, despertando nossos jovens.
    Para finalizar, nessa selva de animais com sede do poder, está na hora, aliás, já passou da hora, de os verdadeiros administradores dos grandes projetos espaciais, todos nós, ativos ou não, tratar conjuntamente desse assunto que aparentemente não tem saída, por exemplo, com propostas e, mobilização junto as entidades científicas, para acertos dos segmentos futuros, evitando assim, um passivo impagável e a sua falência do nosso expressivo PEB".

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  6. Gostaria, primeiramente, de parabenizar o jornalista Duda Falcão e o Ten Cel Alberto pelos esclarecimentos junto a comunidade com respeito ao Programa Espacial Brasileiro. Em segundo lugar, gostaria de declarar que muito me honrou trabalhar neste programa durante 32 anos sempre encontrando as mesmas dificuldades que o Ten Cel Alberto encontra no momento. Somente gostaria de acrescentar que os resultados das pesquisas e dos desenvolvimentos adquiridos no contexto deste programa auxiliam, e muito, os seguintes segmentos da indústria brasileira : de calçados, automotiva, aeronáutica, petroquímica, naval, de construção civil, de materiais compósitos, metalúrgica, química, eletro eletrônica, mecânica, dentre outros, além do setor espacial. Assim sendo, o financiamento do Programa Espacial Brasil retorna beneficiando o povo brasileiro com seus "spinoffs" e "spinovers" - o que, infelizmente, a comunidade desconhece.

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  7. Sou um entusiasta do Programa Espacial Brasileiro e apoio as iniciativas q levem definitivamente o Brasil ao seleto clube dos lançadores de satélite. Porém faço uma recomendação à AEB e ao centro de Alcântara no próximo lançamento: reforcem a segurança uns dias antes dos lançamentos ponham caças da aeroánutiica para patrulhar o espaço aéreo em volta de Alcântara durante a missão para evitar inrtereferências externas como houveram outras vezes!

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  8. Gostei muito da matéria. A entrevista nos faz acreditar que o Brasil tem uma chance de ter ao seu alcance, informações privilegiadas que apenas agências russas, européias, asiáticas e norte-americanas possuem. Temos um país enorme para cuidar. Temos uma Amazônia necessitando ser vigiada, e isso não fica bem sendo feito por "gente de fora". Eu senti uma tristeza imensa quando nossos astronaltas morreram naquele terrível acidente. Li alguma coisa que nos remete a conspiração (não duvido nada) e que nunca nos tornaremos grandes em se tratando de tecnologia espacial, por conta de estratégias internacionais. Com o lançamento do equipamento indiano rumo à Marte, percebo que temos que ser mais ágeis ou logo logo, assistiremos países como a Venezuela, Argentina, Chile... fazerem seus lançamentos coroados de sucesso, enquanto dormimos sonhando que compartilharão conosco os seus feitos. A NASA migrou seu Sistema Operacional para computadores do Windows (proprietário, fechado, caro e cheio de mistérios) para o Linux e no Brasil, a Chefe de Estado foi espionada por falta de tecnologia adequada. Espero que todos os órgãos que fomentam a pesquisa espacial brasileira, tenha o seu próprio S.O. e que seja seguro o suficiente para não permitir que intrusos saibam no que trabalhamos. Seria um grande desperdício! Abraços à todos!

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