Com Novo Satélite, País Amplia Acesso à Web

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada dia (23/01) no jornal “Valor Econômico” destacando que com o novo satélite Amazônia-3, o Brasil ampliará o acesso à web.

Duda Falcão

Com Novo Satélite, País Amplia Acesso à Web

Por Rafael Bitencourt | De Brasília
Valor Econômico
23/01/2013

O governo aguarda o lançamento do primeiro satélite brasileiro preparado para a conexão à internet de alta velocidade, o Amazônia-3, para confirmar a expectativa de ampliação das ofertas do serviço de banda larga no país.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, aposta neste novo satélite da Hispamar Satélites como uma saída importante para ampliar a oferta de serviços. A ideia é focar regiões remotas do país com baixo potencial para redes terrestres e áreas de "sombra" nos grandes centros, onde os serviços de telecomunicações ainda dispõem de baixa oferta. O equipamento tem o lançamento em órbita programado para fevereiro

Em entrevista ao Valor PRO, Rezende disse que o principal impacto no mercado nacional da nova operação de satélite será nas ofertas de capacidades de dados no atacado, inclusive às atuais empresas do setor.

O presidente da Anatel disse que o Amazonas-3, com operação na banda Ka, contará com viabilidade comercial superior à dos satélites em operação comercial no Brasil. A banda Ka exige a instalação de um número inferior de equipamentos de recepção e retransmissão de sinal (transponder), o que reduz significativamente o volume de investimento no projeto. "Os custos dos novos satélites que o país receberá serão tão competitivos quanto o custo das atuais redes terrestres", disse Rezende ao se referir às novas ofertas no atacado.

A oferta de dados para outros provedores de acesso à internet, que vão oferecer o serviço ao usuário final, é a principal aposta do presidente da Anatel com o lançamento desses satélites. "Contamos com as operações que vão surgir para impulsionar o mercado de banda larga. Se chegar a preços atrativos, essa disponibilidade de rede de satélite pode ajudar as operadoras de celular a cumprirem as metas de 3G e 4G em regiões onde a fibra óptica não chegou", afirmou João Rezende. Segundo ele, as companhias poderão receber o fluxo de dados das redes de satélite e radiar o sinal de celular pelas radiofrequências adquiridas nos leilões.

O regulamento de uso da banda Ka por satélites foi aprovado pela Anatel somente no fim do ano passado. "As empresas cobravam a definição da norma por saberem do potencial dessa banda para os serviços de internet, TV por assinatura e inclusive com a possibilidade de entrega de pacotes de multisserviços", disse o presidente da agência.

Rezende informou que as limitações técnicas impostas à operação de serviços de satélites nas bandas C e Ku reduzem a abrangência de oferta de serviço à TV por assinatura por satélite e aos planos de internet de baixa qualidade.

Atualmente, a Hispamar Satélites é controlada pelo grupo espanhol Hispasat e conta ainda com uma fatia minoritária da Oi em seu capital social. Executivos do grupo espanhol estiveram ontem com representantes da Anatel e do Ministério das Comunicações para falar da expectativa com o lançamento comercial dos serviços em março. O foguete com o Amazonas-3 partirá da base de Kourou, na Guiana Francesa, no dia 7 de fevereiro. O novo satélite substituirá o Amazonas-1. Segundo informações da companhia, o novo equipamento contou com investimento em torno de € 200 milhões.


Fonte: Jornal Valor Econômico - 23/01/2013

Comentário: Bom leitor, não resta dúvida de que o serviço que será prestado por esse satélite trará benefícios à Sociedade Brasileira. Entretanto Sr. João Rezende, vamos para com essa estória de dizer que esse satélite é brasileiro. Ele não é, e nem pertence a uma empresa brasileira, apenas prestará serviços a nossa sociedade. Se o senhor não sabe, o ultimo satélite genuinamente brasileiro lançado ao espaço foi o Satélite de Aplicações Científicas 1 (SACI-1), em 14/10/1999, da Base de Lançamento de Taiyuan (CHN), através de um foguete Longa-Marcha 4B, mas que infelizmente não funcionou. Ou seja, há quase 14 anos. Já passou da hora de parar com essa tentativa de ludibriar a opinião pública brasileira, e é por isso que lançamos a campanha “Missão VLM-1 / ITASAT-1 – 2014”, com o objetivo de obrigar o governo DILMA ROUSSEFF estabeleçer junto às instituições envolvidas com esses projetos (IAE, INPE, ITA, entre outras) a meta de lançar o VLM-1 com o microsatélite universitário ITASAT-1 em dezembro de 2014. Para tanto, contamos com você leitor e o povo brasileiro. Vamos entupir as caixas de e-mails da AEB, MCTI, Presidência da República e de Deputados e Senadores, pois se assim for, teremos a chance de fazer história e ao mesmo tempo impedir que esses energúmenos coloquem esse microsatélite a bordo do voo de qualificação do trambolho tóxico ucraniano Cyclone-4. Vamos à luta, e contamos com você. (Na coluna da esquerda do blog clique sobre a chamada da campanha em vermelho piscante)

Comentários

  1. Mais uma vez, gostaria de tentar sensibilizar aqueles cientistas, engenheiros e técnicos ligados ao PEB sobre essa questão.

    Afinal de contas, sem ter nenhuma ligação com qualquer sindicato, essa pequena comunidade, em última análise, está lutando pelos empregos de vocês !

    São vocês mais do que ninguém, que podem fazer algum tipo de pressão. Basta que se unam em torno de UM objetivo em comum, um ÚNICO projeto, com início, meio e fim, que seja viável a curto prazo, mesmo que limitado por esse orçamento ridículo.

    O que não dá pra aceitar de vocês é esse conformismo, sabendo que esse enorme conjunto de projetos em paralelo com esse orçamento miserável, não tem a menor chance de chegar a bom termo.

    Abracem vocês também essa ideia !

    Att.

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  2. Tinha visto essa notícia e como sempre trás as meias verdades comuns, como dizerem que o satélite é de produção nacional e é "genuinamente" brasileiro. Quem não se informa ou não tem oportunidade de visitar o Brazilian Space e outros sites especializados no assunto, cai na lenga lenga desses jornalistas que parecem vender notícias.

    Enfim, temos que lutar mesmo para que um satélite 100% brasileiro possa mesmo decolar em 2014 e que nos tire do opróbrio que o governo nos colocou. Não devemos nos deixar enganar por essas notícias mas sim velar para que algo NOSSO saia do papel e seja lançado por nossos próprios meios.

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  3. Só uma nota, até eu ia caindo na lenga lenga, visto que o nome desse satélite é Amazônia-3, parecido com o nome da família brasileira de satélites: Amazônia 1, Amazônia 1b, e Amazônia 2 do PEB. Será que a AEB, o Inpe, ou quem mais esteja fabricando a família Amazônia, não quer processar essa empresa por recorrer ao nome da sua familia de satélites? Parece que se aproveitaram do nome para confundir a s pessoas.

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    1. Os satélites de comunicação compõem a série Amazonas. A série de satélites brasileiros de sensoriamento remoto é denominada Amazonia. Ainda há um conflito sobre o uso de Amazonia (sem acento) ou Amazônia (com acento).

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  4. Porque ao invés de "encomendar" um satélite de uma empresa espanhola de tecnologia o governo não compra logo a empresa? A Espanha está passando uma crise desgraçada,por que não "gastar" um pouco das nossas reservas cambiais de U$$ 300 Bilhões para adquirirmos empresas de tecnologia espanhola (e européias também)? Se você que ser grande tem que ser audacioso também.

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