Exerc. de Com. e Controle da FAB Simula o Uso de Satélites

Olá leitor!

Segue abaixo a nota postada dia (12/11)  no site da Força Aérea Brasileira (FAB) destacando que Exercício de Comando e Controle simula o uso militar de satélites.

Duda Falcão

CRUZEX

Exercício de Comando e Controle
Simula o Uso Militar de Satélites

Agência Força Aérea
12/11/2012 - 10h53

A CRUZEX C2 2012 treina o uso de aeronaves em um conflito moderno, como aviões de caça, helicópteros e Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Mas, pela primeira vez, o exercício inclui a simulação do uso de satélites. “É um cenário bem realista para as guerras da atualidade”, diz o Coronel José Vagner Vital, da Força Aérea Brasileira. Durante todo o exercício, o planejamento e a execução das missões ocorrem com o apoio das informações enviadas por uma constelação simulada de satélites em órbitas que vão até os 36.000 km de altitude.

Do espaço é possível, por exemplo, fazer imagens da área em conflito, facilitar as comunicações e até espionar as forças hostis. Um dos aspectos mais explorados da constelação de satélites simulada, no entanto, é a guiagem de bombas. Com informações mais precisas sobre a localização dos alvos, as aeronaves de combate podem fazer ataques com precisão maior que com o uso de guiagem laser. “Os satélites tornam a guerra mais eficiente e eficaz”, explica o Coronel Vital, que lembra ainda que a precisão também ajuda a evitar danos colaterais, como atingir a população civil por engano.

Os primeiros ataques reais com bombas guiadas por satélite ocorreram durante a Operação Allied Force, em 1999, quando uma coalizão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) atuou na região dos Balcãs para acabar com a escalada de violência no Kosovo. Em um contexto bastante semelhante com o que agora é simulado na CRUZEX C2 2012, a tecnologia ajudou a reduzir erros dos bombardeios e hoje é utilizada por países que fazem parte da OTAN.

Projetos no Brasil

A constelação de satélites na CRUZEX C2 2012 é simulada, mas a Força Aérea Brasileira utiliza o exercício para definir seus projetos na área. “Não se concebe no século XXI uma Força Aérea que não utilize o espaço para executar suas missões”, afirma o Coronel João Batista Xavier, da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), grupo que planeja o lançamento em 2017 do primeiro satélite de uma futura constelação que irá cobrir todo o país.

De acordo com o Coronel Xavier, esta simulação que ocorre agora é fundamental para que os brasileiros possam conhecer as potencialidades dos satélites e também definir os requisitos operacionais para os satélites que o país necessita. “A CRUZEX é um cenário ideal para iniciar uma doutrina de uso antes mesmo de possuí-los. A gente precisa ter a doutrina para saber exatamente o que precisamos”, explica.

O Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) da FAB prevê ainda que a constelação de satélites brasileiros terá funções civis, além das militares. Segundo o Coronel Xavier, dentre outras utilidades, a constelação poderá ajudar na previsão do tempo, na prevenção de catástrofes naturais, no apoio à agricultura e na segurança da navegação marítima, dentre outras.

Fotos: Cabo Vinícius Santos


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB)

Comentário: Pois é leitor, as nossas Forças Armadas estão há anos luz dos de..loides que nos representam em Brasília, tanto no comprometimento com a sua missão constitucional, como em planejamento e na execução e realização de ações dentro do que é possível fazer nas atuais condições. Parabéns a FAB.

Comentários

  1. Isso pode dar a dimensão da importância de um programa espacial completo (e outras atitudes em relação a atualização tecnológica das nossas forças armadas).

    Quem pode "puxar a tomada"? Hoje em dia por exemplo, basta contrariar algum interesse dos Estados Unidos, que eles podem "puxar a tomada" do sistema GPS, por exemplo.

    Aviões militares que sofrem "modernizações" de instrumentos nos estados unidos, sequer sairiam do chão pelo mesmo motivo.

    Então Srs. Ministros, é como disse o hérói "grandes poderes trazem grandes responsabilidades", esses assuntos devem ser tratados de forma séria.

    #tenso

    ResponderExcluir
  2. Vejo essa iniciativa de uso de satélites pelas Forças Armadas muito boa. Irá criar uma boa demanda no mercado nacional, principalmente para satélites de sensoriamento remoto, comunicação e meteorológico..

    ResponderExcluir
  3. Olá Ramir!

    É verdade amigo, mas temo que o governo seja um empecilho intransponível para esses planos das Forças Armadas.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir

Postar um comentário