Pesquisa do ICMC Reproduz Gestos Humanos em Robôs

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (13/09) no site da “Universidade de São Paulo (USP)” destacando que pesquisa do “Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC)” da USP reproduz gestos humanos em robôs.

Duda Falcão

Tecnologia

Pesquisa do ICMC Reproduz
Gestos Humanos em Robôs

Davi Marques Pastrelo
Assessoria de Comunicação do ICMC
13 de setembro de 2012

Fotos: Davi Marques Pastrelo
O robô humanoide Nao, utilizado pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos para pesquisas na área de robótica, está desempenhando novas funções, de acordo com a professora Roseli Aparecida Francelin Romero, do Departamento de Ciências de Computação do ICMC.

Roseli contou que o robô, pertencente ao Laboratório de Aprendizado de Robôs (LAR) do grupo de Computação Bioinspirada, veio com funções básicas, como andar e realizar movimentos do corpo, braços e pernas, além de reprodução de fala ativada por teclado. O trabalho desenvolvido por ela e por Fernando Zuher, seu aluno de mestrado, está desenvolvendo no robô a capacidade de reconhecer ordens e imitar movimentos de seres humanos a partir de um gesto. Se apontarmos para o lado direito, ele irá nessa direção”, disse Roseli.

A maior interação entre o robô e o ser humano está sendo desenvolvido através do uso do Kinect, um sensor de movimentos desenvolvido para o videogame Xbox 360, fabricado pela Microsoft. O Kinect criou uma nova tecnologia capaz de permitir aos jogadores interagir com os jogos eletrônicos sem a necessidade do uso de controles (joysticks), inovando o campo da jogabilidade.

Zuher esclareceu que o Kinect calcula os movimentos e gera dados referentes à posição de cada membro do corpo em 3D através das junções, como cotovelos e joelhos. Cada junção é representada em 3D, nos eixos X, Y e Z. Como a matriz de rotação não era tão estável quando os testes foram feitos, ele teve de transformar os dados da matriz para Ângulos de Euler. “Por meio do aparelho, fizemos a transferência da matriz de rotação para o Ângulo de Euler. Através disso é feito um cálculo onde o robô rotaciona as juntas do corpo, como joelhos, braços, cotovelos e pescoço”, afirmou Zuher.

Entretanto, a professora Roseli ressaltou que os movimentos do robô ainda são limitados, devido principalmente ao seu tamanho. “Ele tem cerca de 60 centímetros de altura, o que dificulta tarefas simples, como subir escadas”. No caso do movimento do pescoço, Zuher explicou que o pescoço humano tem três diferentes movimentos, enquanto que o robô apenas dois, para os lados e para cima e para baixo.

Futuras Funções

Dentre os projetos futuros para o Nao, Roseli contou que pretende fazer com que ele passe a entender falas humanas, e que possa interpretá-las e respondê-las por meio de um banco de dados. “Isso tornará o robô ainda mais humano, o que fará com que ele possa interagir ainda mais com as pessoas, respondendo perguntas e formulando respostas”, disse Roseli. A pesquisadora esclareceu que também há planos para que o robô auxilie alunos do ensino fundamental no aprendizado de matemática.

Outro plano para o futuro é a criação de um time de futebol de robôs humanoides para participar da RoboCup, competição que reúne as melhores equipes do mundo e que será realizada no Brasil em julho 2014, em João Pessoa (PB), em paralelo à Copa do Mundo de Futebol.

O Grupo de Computação Bioinspirada do ICMC já possui tradição em futebol de robôs. A equipe Warthog Robotics, uma parceria do ICMC com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, já participou da Robocup em 2011 e já venceu torneios nacionais na categoria Very Small Size. Roseli explicou o grupo já realizou várias pesquisas com os robôs nessa categoria, como por exemplo, reconhecimento dos companheiros de equipe, cálculo da trajetória da dos robôs e movimento para domínio da bola. “Pretendemos melhorar os algoritmos de trajetória da bola e aplicar nos robôs Naos, e também adquirir novos robôs deste tipo”, concluiu.

O equipamento atual foi adquirido pelo ICMC junto à empresa francesa Aldebaran Robotics com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Mais informações: site www.icmc.usp.br/~biocom


Fonte: Site da Universidade de São Paulo (USP)

Comentário: Em nossa opinião essa é uma Interessante notícia também para o Programa Espacial Brasileiro em longo prazo, pois a tecnologia espacial e a robótica estão cada vez mais diretamente ligadas em diversas fases de desenvolvimento em todos os programas espaciais do mundo (principalmente na área Astronômica) e não deveria ser diferente no Brasil. Assim sendo, o fato de termos o ICMC da USP, como também outras instituições e empresas desenvolvendo pesquisas e produtos nessa área no país, nos traz uma esperança de que no futuro esse casamento possa acontecer de forma efetiva, apesar do conhecido histórico desastroso de governos subsequentes e da estúpida mentalidade política atualmente vigente no Brasil.

Comentários

  1. Mais uma grande iniciativa de pessoas sérias e bem intencionadas. Parabéns a eles!

    Agora, sobre o Lunar X-Prize, estive verificando a algumas semanas um por um dos sites dos times que sobraram, e a impressão que dá é que está tudo parado.

    Eu sempre achei que esse desafio "passou do ponto". Acho muito difícil que chegem a um bom termo, pois o desafio está muito além da capacidade dos times e até em relação ao prêmio oferecido, não é proporcional ao tamanho do desafio.

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