Regime Especial da Ind. da Defesa é Aprovado no Senado
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (01/03) no site “www.defesanet.com.br“,
destacando que o “Regime Tributário Espacial para Indústria de Defesa” foi
aprovado ontem (29/02) no Senado e segue agora para sanção presidencial.
Duda Falcão
DEFESA
Regime Tributário
Especial para Indústria
da Defesa é Aprovado
pelo Senado
Medida havia sido aprovada anteriormente pela
Câmara e segue agora para sanção presidencial
Ministério da
Defesa
01 de Março, 2012
- 09:21 (Brasília)
O plenário do Senado
aprovou ontem (29.02.2012) o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 2/2012, que cria
um regime tributário especial para a indústria de defesa nacional (Retid) e
institui normas específicas para a licitação de produtos e sistemas de defesa.
O PLV originou-se de modificações inseridas pela Câmara dos Deputados na Medida
Provisória (MP) 544/2011. A matéria segue agora para sanção presidencial.
O novo regime
tributário isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do
PIS/Pasep e da Cofins peças, componentes, equipamentos, sistemas, insumos,
matérias-primas e serviços usados pelas empresas estratégicas de defesa
credenciadas pelo Ministério da Defesa. Para terem essa isenção, os
fornecedores de bens e serviços terão de provar que ao menos 70% de suas
receitas são provenientes de vendas para as empresas estratégicas; para
exportação; para o Ministério da Defesa; ou para outras empresas definidas em
decreto do Poder Executivo.
Relatada pelo
senador Fernando Collor (PTB-AL), que reconheceu na tribuna seus pressupostos
de urgência e relevância, a proposta foi o primeiro item da pauta desta quarta.
Brasil Maior
Preparada em
conjunto pelos ministérios da Defesa; Ciência, Tecnologia e Inovação;
Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Planejamento e Fazenda, a MP é um
desdobramento do Plano Brasil Maior, lançado em agosto para aumentar a
competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica
e à agregação de valor.
Atualmente,
segundo a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), órgão
subordinado ao Comando do Exército Brasileiro, 186 empresas estão capacitadas
para se beneficiar do novo regime. Incluem-se nesse espectro tanto companhias
de menor porte quanto grandes fornecedoras das Forças Armadas, a exemplo da Avibrás,
Embraer, Helibrás, Inbra e Odebrecht Defesa.
O conjunto de
medidas constitui passo importante para viabilizar a Estratégia Nacional de
Defesa (END), que tem como um de seus eixos norteadores a reestruturação da
indústria brasileira de material de defesa. De acordo com a END, o atendimento
das necessidades de equipamento das Forças Armadas deve estar atrelado ao
desenvolvimento de tecnologias sob domínio nacional. Para tanto, menciona o
documento, é necessário capacitar a indústria brasileira para que ela conquiste
autonomia e tecnologias indispensáveis à defesa do país.
As isenções
tributárias serão concedidas por cinco anos aos projetos submetidos e aprovados
pelo Ministério da Defesa. Para candidatar-se ao regime tributário especial, as
empresas deverão preencher requisitos previstos na norma, tais como terem sua
sede ou unidade industrial no Brasil. Além disso, precisam comprovar ter
conhecimento científico ou tecnológico próprio ou complementar por meio de
parceria com instituição brasileira desse segmento. Os benefícios expressos na
MP se estendem às compras de insumos necessários à produção e pesquisa,
inclusive importados.
Segundo dados da
Associação Brasileira das Indústrias de Defesa e Segurança (Abimde), o setor
possui hoje 25 mil empregados e oferece 100 mil empregos indiretos. Com as
novas medidas, espera-se uma duplicação desses valores num prazo relativamente
curto, de apenas dez anos.
Mercado Especial
O mercado de
defesa tem características próprias que o distingue dos demais setores
industriais. A demanda por produtos de defesa é definida basicamente pelas
compras governamentais, uma vez que o Estado é o único cliente. Essa
peculiaridade é, inclusive, reconhecida em fóruns internacionais, como a
Organização Mundial do Comércio (OMC), que aceita o estabelecimento de regimes
especiais para o setor.
É estreita a
relação entre desenvolvimento científico-tecnológico nacional e indústria de
defesa. Hoje, grande parte dos produtos eletrônicos no mercado possui insumos
originários de pesquisas militares, que resultaram em equipamentos e sistemas
de uso dual (militar-civil).
A necessidade de
se eliminar a assimetria tributária em produtos de defesa foi reconhecida como
requisito para o desenvolvimento da indústria de defesa tanto na Política Nacional
da Indústria de Defesa (PNID, 2005) como na Política de Desenvolvimento
Produtivo (PDP, 2008), sendo seu programa incorporado à Estratégia Nacional de
Defesa (END, 2008).
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Momento histórico para a Indústria de Defesa
Brasileira que chega com pelo menos 30 anos de atraso. Entretanto, antes tarde
do que nunca, e agora caberá às indústrias tentarem tirar esse atraso, com a
ajuda do governo é claro, por que sem encomendas governamentais esse regime não
adiantará em nada. Essa notícia também é boa para o setor espacial do país, já
que o Ministério da Defesa estabeleceu o espaço como uma de suas prioridades.
Assim sendo, vamos aguardar os acontecimentos.
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