INPE Pede Contratação de Servidores para Evitar Crise

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (05/08) no jornal “VALOR ECONÕMICO” destacando que durante a realização da solenidade de 50 anos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) o instituto pediu a contratação de novos funcionários para evitar crise na Pesquisa Espacial.

Duda Falcão

INPE Pede Contratação de Funcionários
para Evitar Crise na Pesquisa Espacial

Virgínia Silveira
05/08/2011

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, cobrou do governo uma atitude mais concreta em relação à do quadro de pessoal da instituição, que registra déficit de 600 funcionários. Em discurso durante a solenidade que comemorou ontem o aniversário de 50 anos do INPE, Câmara disse ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, que, caso não haja uma renovação urgente, tudo o que o Brasil conseguiu até agora na área espacial poderá se perder."A ampliação do quadro de servidores do INPE terá impacto relativamente pequeno nas contas públicas do governo, espero que seja entendido como um enorme investimento no futuro do país", afirmou o diretor. Câmara pediu ainda ao ministro que dê prioridade à renovação das equipes do INPE, antes de promover qualquer mudança organizacional.

Mercadante admitiu que existe hoje um déficit importante de funcionários, não só no INPE, mas também em todos os institutos de pesquisas ligados ao ministério. Segundo ele, já existem negociações bastante avançadas com o governo para fazer a reposição dos quadros o mais rápido possível.

"Nós conseguimos uma brecha para fazer um concurso imediato para a contratação de 75 pesquisadores para o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais. No que diz respeito ao INPE, a nossa expectativa é conseguir, ainda este ano, a previsão orçamentária que nos permita realizar o concurso no ano que vem", explicou o ministro.

Sobre a proposta de fusão entre o INPE e a Agência Espacial Brasileira (AEB), Câmara disse que ainda haverá muita discussão sobre o assunto com o governo, antes que se concretize uma mudança do modelo institucional. "Se o novo instituto se chamar INPE, preservar tudo o que nós fazemos e garantir que as escolhas dos diretores e presidentes sejam feitas com meritocracia, eu sou favorável."

Segundo Mercadante, qualquer mudança institucional só vai acontecer se houver um consenso entre todas as instituições envolvidas - INPE, AEB e Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) - em torno da proposta. "O nosso esforço será em direção à integração de todo o sistema espacial, com incentivo ao desenvolvimento da indústria do setor, pois não há programa espacial eficiente se não houver uma participação efetiva do setor privado", afirmou.

Dentro da proposta de integração do setor aeroespacial, Mercadante disse que existe um esforço do ministério para promover uma aproximação entre o DCTA e a Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa pública binacional. O objetivo da ACS é prestar serviço de transporte espacial, em condições comerciais, utilizando o foguete ucraniano Cyclone-4, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Mercadante comentou que o governo da Ucrânia se comprometeu em fazer um aporte de recursos da ordem de US$ 180 milhões para ACS até o próximo mês de setembro. O objetivo, segundo o ministro, é que seja restabelecido um equilíbrio entre as responsabilidades que foram acordadas entre o governo brasileiro e da Ucrânia em relação ao projeto. O Brasil já investiu US$ 107 milhões na ACS e a Ucrânia US$ 60 milhões, informou o presidente da AEB, Marco Antônio Raupp.


Fonte: Jornal “Valor Econômico”  via NOTIMP da FAB

Comentário: Em primeiro lugar gostaria de parabenizar a jornalista Virgínia Silveira pela grande matéria. Analisando o que disse o ministro Mercadante sobre o governo ucraniano ter se comprometido em fazer um aporte de US$ 180 milhões até o mês de setembro, na mal engenhada empresa ACS, devo lembrar que a promessa era para junho, depois ficou para julho e agora para setembro. Enquanto falta recursos para o PEB, me estimulo a perguntar: Quem está pagando pela operacionalidade da ACS além das obras em curso no CLA? Vale como reflexão.

Comentários

  1. Vi uma entrevista da TV Vanguarda ,a reporte perguntou para o Mercadante se haveria contratações para INPE ele disse com um tom não muito convincente que seria aberto concurso publico ano que vem .... O que me deixa indignado que nesse pais pelo menos 40 bolhoes de reais vão para ralo segundo uma pesquisa ,imagine 3% disso investido no setor espacial ou de nanotecnologia ,semicondutores ...

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  2. Olá André!

    Postei esse vídeo no blog na nota do Vnews, realmente é revoltante amigo, mas é como eu venho dizendo: "o PEB jamais foi estratégico para o governo".

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. O Brasil já perdeu conhecimento pela falta de renovação, quando estive lá o pessoal disse que tinha somente uma pessoa responsável pela solda espacial que é uma técnica que demora anos para aprender. Essa pessoa já estava com idade avançada e infelizmente faleceu e como não tinha mas ninguém que fazia isso o INPE perdeu todo esse conhecimento e teve que desenvolver essa técnica novamente. Se tivesse ocorrido a contratação de servidores isso não teria acontecido

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  4. Pois é Edgard, é por essa e outras que não acho que essa situação irá mudar, infelizmente.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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