Economia Pode Afetar o PEB, Diz Diretor do INPE

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (03/08) no site “G1” do globo.com destacando que segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, a economia poderá afetar o Programa Espacial Brasileiro. Começa cair a mascara.

Duda Falcão

Ciência e Saúde

Economia Pode Afetar Programa
Espacial Brasileiro, diz Diretor do INPE

Fusão com Agência Espacial Brasileira pode não sair,
diz Gilberto Câmara.  Ele afirma que é grave
falta de mão de obra no instituto espacial

Eduardo Carvalho
Do G1, em São Paulo
03/08/2011 - 07h23
Atualizado em 29/07/2011 - 08h44

Gilberto Câmara, diretor do Inpe
(Foto: Divulgação/Inpe)
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, disse em entrevista ao G1 que o plano do Ministério da Ciência e Tecnologia de unificar o instituto e a Agência Espacial Brasileira (AEB) pode não dar certo porque o governo teria outras prioridades. "Será que neste momento vale a pena investir no programa espacial? Reconheço a necessidade, mas a decisão depende do governo, que tem outras prioridades”, afirma Câmara.

Segundo o diretor, a crise dos Estados Unidos, que aprovou nesta terça-feira (2) um pacote de medidas para evitar um calote de sua dívida, e as ações do governo brasileiro para conter a inflação podem influenciar nesta decisão.

“Se (a fusão) aumentar a quantidade de recursos para o INPE, seria um salto para o desenvolvimento dos nossos projetos. Entretanto, isso precisa ser analisado porque existem muitas incertezas quanto ao cenário econômico internacional que estão deixando o governo mais cuidadoso em relação ao aumento de investimentos públicos”, disse.

Em julho, o presidente da AEB, Marco Antônio Raupp, defendeu a fusão e informou que uma comissão interministerial tem debatido o assunto constantemente. Segundo Raupp, a articulação seria para resolver detalhes como as estruturas totalmente separadas dos órgãos (um fica em Brasília e o outro no interior de São Paulo), também para definir como ocorrerá a incorporação dos servidores atuais e a contratação de mil novos funcionários públicos.

Recursos Humanos

De acordo com Gilberto Câmara, a proposta de fusão teria que resolver a questão do orçamento (que saltaria dos atuais R$ 316 milhões/ano para R$ 1 bilhão/ano até 2020) e também dos recursos humanos.

“Nesses últimos anos, por várias decisões de governo, não houve investimentos nos recursos humanos. Isto é preocupante, porque os trabalhos podem ser comprometidos pela falta de gente para reposição”, diz o diretor do INPE. O instituto completa 50 anos esta semana.

De acordo com o Plano Diretor da instituição, elaborado para o período de 2011 a 2015, dos atuais 1.070 servidores (a menor quantidade em 20 anos), 770 têm mais de duas décadas de prestação de serviço e poderão entrar em fase de aposentadoria nos próximos três anos, principalmente trabalhadores das áreas de engenharia e ciência espacial. Ainda segundo o documento, seria necessária a abertura de 400 vagas.

Câmara comentou ainda que, caso a unificação ocorra, o nome INPE terá que ser mantido e não haverá grupos da instituição que serão integrados a áreas como a fabricação de foguetes. “Isso pertence aos militares, nós nunca fizemos e não temos recursos humanos para tal. Planejar sem conhecer é um perigo na área tecnológica”, comenta Gilberto Câmara.

Satélites

Sobre o programa brasileiro de satélites, que tem sofrido atrasos constantes, Câmara afirma que o problema foi na falta de conhecimento da indústria para fabricar componentes específicos e que não passaram pelo crivo dos técnicos do INPE.

“Foi um atraso de três anos que tem a ver com a falta de conhecimento da indústria na fabricação dos componentes e também devido ao padrão de qualidade do instituto, que é muito rigoroso. Isto já foi superado”, disse Câmara.

Desde 2010 o INPE não tem satélite próprio de observação da Terra. O último, o CBERS-2B (terceiro resultante de parceria com a China) foi desligado em 2010 e, desde então, o Brasil utiliza imagens geradas por equipamentos de outros países. “A previsão de lançamento do CBERS-3 é para 2012”, disse.


Fonte: Site G1 do globo.com

Comentário: Pois é leitor, como você pode notar o encanto (de alguns) com o governo DILMA e o seu ministro Mercadante começa a ser desfeito seis meses após a posse, através desse comentário, ainda digamos soft, do senhor Gilberto Câmara, sendo que a desculpa é irreal e usada há década atrás, quando realmente a contenção de despesas ainda fazia sentido. Veja o caso dos outros países do BRICS que mesmo ainda se recuperando do baque com a economia, não deixaram de continuar investindo em seus programas espaciais devido à consciência de suas sociedades da extrema importância em se investir no setor espacial. A verdade leitor é que o PEB não é prioridade (como mesmo disse o senhor Gilberto Câmara) e nunca foi, pois na cabeça dos deb...loides de Brasília o uso dos recursos no desenvolvimento do PEB se traduz em despesas e não em investimentos no desenvolvimento da nação. Recursos incalculáveis são empregados em programas de cunho social, pois os mesmos são a garantia de votos, e nos programas de interesses políticos (os chamados acordos entre partidos e instituições militares) visando à sustentação de bases partidárias e de apoio militar mais confortável ao governo. Veja o caso do lançador da AVIBRÁS, que numa cajadada só o governo DILMA agradou a gregos e troianos liberando R$ 1 bilhão para o seu desenvolvimento essa semana.

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