DETER Aponta Queda no Desmatamento da Amazônia

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (09/08) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destacando que a avaliação do DETER aponta para queda no desmatamento da Amazônia.

Duda Falcão


Avaliação do DETER Aponta para

Queda no Desmatamento da Amazônia


09/08/2010 - 15:37

O desmatamento na região Amazônia deve seguir em queda. É o que revelam as imagens do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT). Os dados mais recentes confirmam a tendência de queda que vem sem apontada pelo governo há alguns meses.

No acumulado de agosto de 2009 a junho de 2010, a área desmatada foi de 1.808 km². A soma é 49% menor que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a junho de 2009), quando o INPE verificou 3.536 km² a menos de floresta na região.

Os dados do Deter revelam ainda que 243,74 quilômetros quadrados da floresta amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva em junho último.

A informações foram apresentadas hoje (9), em Brasília, em coletiva de imprensa com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, da ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e do diretor do INPE, Gilberto Câmara.

A ministra comentou o aumento residual de 13% no Amazonas. Em especial no município de Lábrea, que faz parte da lista dos 43 municípios que apresentam elevados níveis de desmatamento no estado. “Não sabemos ainda o que está ocorrendo. Esses dados são para auxiliar no processo de fiscalização. Verificou-se um pico (de desmatamento) em relação ao Amazonas e dirigimos a fiscalização. Estamos avaliando o que ocorre lá para novas operações”, afirmou.



Para Izabela, essa situação pode estar relacionada à cobertura de nuvens (menor neste ano), ou ainda aos pequenos desmatamentos agregados ao longo do tempo, os chamados “puxadinhos” que são mais difíceis de serem detectados. A situação revela uma mudança no perfil de desmatamento na região.

“O que o INPE nos mostra é que se tinha uma tendência de desmatamento acima de mil hectares no passado. Esse desmatamento caiu. Os pequenos desmatamentos têm subido. Eram da ordem de 20%, em 2002, e hoje já chegam há 60% do total do patamar registrado”, informou a ministra.

“Então, a nossa indicação é de tendência de queda. A magnitude disso ainda não se sabe o quanto será. Não é correto dizer, com certeza, de que houve uma queda de 49%, não temos garantia de que vimos tudo por conta dos pequenos desmatamentos”, esclareceu o diretor do INPE, destacando que a precisão dos dados é de 40%.

O ministro Rezende ressaltou o aprimoramento das técnicas de interpretação de imagens, o que permitiu que o Deter fosse implantado há cinco anos. Um instrumento, de acordo com ele, considerado importante por envolver análise de imagens de áreas maiores e que tem avançado no aspecto da segurança.

“Um avanço importante para os próximos anos é a colocação em órbita de satélites com câmeras mais sofisticadas. O Amazônia 1, que será lançado em 2012, é desenvolvido inteiramente no Brasil; mas vamos ter projetos desenvolvidos juntamente com a Argentina e com outros países. Esse será um grande desafio: o avanço na tecnologia de satélites”, concluiu o ministro.



Os dados consolidados serão avaliados em seminário no final de novembro, quando devem ser apresentados dados consolidados do Programa de Monitoramento por Satélites da Floresta Amazônica (PRODES), também do INPE.

DETER

O Deter é um levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE, desde maio de 2004, com dados do sensor Modis do satélite Terra/Aqua e do Sensor WFI do satélite CBERS, de resolução espacial de 250m. Foi desenvolvido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento para mapear tanto áreas de corte quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

DADOS DE JUNHO

Desmatamento por Estado: Acre = 0,69 km²; Amazonas = 24,36 km²; Maranhão = 10,69 km²; Mato Grosso = 36,5 km²; Pará = 160,63 km²; Rondônia = 8,83 km²; Tocantins = 2,04 km², com total de 243,74 km² .

Com informações da Ascom do INPE.


Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

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