CLA Investe em Rastreamento de Veículos Espaciais
Segue abaixo uma matéria publicada na nova edição da Revista Espaço Brasileiro (Abr. Mai. Jun. de 2010), destacando que o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) está investindo no rastreamento de veículos espaciais.
operação de lançamento de foguetes
Sala de Rastreio do CLA
Os equipamentos do radar do CLA têm mais de duas décadas de uso. No entanto, Rangel afirma que eles passam por manutenções e modernizações freqüentes. “Atualmente os consoles dos chefes de estações estão sendo modernizadas”, conta.
“Hoje em dia, para qualquer tipo de lançamento de veículo espacial, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, é exigência que se tenha um acompanhamento em tempo real. A falta de equipamentos de rastreio implica no cancelamento do lançamento”, explica o diretor do CLA.
Os últimos lançamentos ocorridos no Centro de Lançamento de Alcântara foram de veículos de pequeno é médio portes, suborbitais – uns para treinamento do pessoal técnico e outros para experimentos em microgravidade, coordenados pela Agência Espacial Brasileira (AEB).
Equipe – Para as atividades de rastreio são necessárias seis pessoas por radar. Duas responsáveis pela operação do radar, outra responde pela operação do posto óptico (sistema que faz o primeiro apontamento do veículo), duas outras pessoas ficam encarregadas dos computadores com os softwares de gerenciamento, além de outra pessoa que gerencia toda a atividade, o chefe de estação. Cada radar tem uma função: um mais próximo do veículo, rastreia a trajetória a partir da plataforma de lançamento e outro distante a 30 km da plataforma, rastreia a partir de cinco a oito segundos da ignição do foguete até a queda (caso de veículo suborbital) ou a entrada em órbita (caso de satélites).
Futuro – Com a reconstrução da Torre Móvel de Integração – TMI, que será um das plataformas mais modernas do mundo, é provável que o mercado internacional passe a procurar ainda mais, o Brasil para lançamentos de foguetes. Visando alavancar ainda mais a atividade espacial nacional, esta em andamento, na área do CLA, a instalação do sítio de lançamento da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS) para o veículo Cyclone-4 (veículo tipo lançador de satélites); e toda infraestrutura de rastreio será proporcionada pelo CLA, utilizando os equipamentos (radares e sistemas de localização) bem como o pessoal técnico.
Essa modernização será acompanhada pelo novo Centro de Controle, que está em fase final de montagem e custará em torno de R$ 20 milhões. Com isso, o Brasil se tornará mais competitivo em um mercado que movimenta bilhões de dólares por ano.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - num. 9 - Abr. Mai. Jun. de 2010 - págs. 18 e 19
Comentário: Como o leitor pode notar está ai outro exemplo de boa infra-estrutura instalada ou em vias de instalação para prestar um bom serviço ao programa espacial do país. Porém centro de lançamento como o CLA só tem sentido se for usado para lançamentos de satélites, já que o custo de manutenção não justifica se for usado unicamente para lançamentos suborbitais. Para tanto o país já dispõem do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno em Parnamirim (RN). Portanto os projetos dos veículos lançadores de satélites do país têm de deixar de ser ficção e se tornarem realidade ou então não haverá motivo para continuar investindo em Alcântara.
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