PEB é Indispensável para o Desenvolvimento Nacional

Olá leitor!
Segue uma notícia postada dia (21/07) no site da “Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE)” destacando que durante o debate ocorrido esta semana nessa secretaria com a participação de representantes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o ministro Samuel Pinheiro Guimarães disse que o programa espacial é indispensável para o desenvolvimento nacional.
Duda Falcão
Destaque - Notícias

Programa Espacial é Indispensável
para o Desenvolvimento Nacional

Brasília, qua, 21-07-2010

Foto: Samuel Pinheiro Guimarães ao lado
Whitney Lacerda de Freitas e Luiz Alfredo Salomão

O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães, disse hoje que o Programa Espacial Brasileiro é indispensável para o desenvolvimento do país. Para o ministro, o debate em torno deste tema entre os diferentes organismos da administração pública e do setor privado é importante para que o programa tenha a dimensão necessária no Brasil.
O programa aeroespacial hoje, segundo o ministro, esbarra em dois desafios. A obtenção de recursos humanos e de recursos financeiros. “Como formar os técnicos e professores, como atrair os jovens para que se dediquem a essa atividade, e como dispor dos recursos, uma vez que essa atividade está vinculada a equipamentos de custo muito elevado”, questionou.
Guimarães destacou as condições favoráveis da localização geográfica brasileira da Base de Alcântara para o lançamento de satélites e lembrou que da mesma forma que em outros setores como o agrícola e o industrial, é preciso haver a mobilização de grupos de interesse para garantir a alocação orçamentária adequada para esta área.
Segundo o ministro, ainda há dificuldade para a inclusão dos projetos voltados para o programa aeroespacial na aquisição de recursos ou mesmo por meio do sistema financeiro. “Tendo em vista a nossa localização privilegiada, o mercado que existe, as questões de segurança e a utilização para a atividade econômica, precisamos refletir sobre a importância de dispomos os recursos necessários”, destacou.
O ministro chamou a atenção para a necessidade de levar o programa espacial ao conhecimento das autoridades dos poderes executivo e legislativo e destacar a importância dos recursos empregados no desenvolvimento nacional.
De acordo com Guimarães, o Programa Espacial Brasileiro envolve questões de interesse do governo e da sociedade, como o desenvolvimento científico e tecnológico na utilização de satélites. “No espaço se pode realizar uma série de experiências relativas a materiais que não podem ser realizadas em condições do solo”, afirmou.
O ministro citou ainda o sistema de comunicação civil e militar do Brasil, que funcionam por meio de satélites controlados por companhias estrangeiras. “Isso implica em um risco de segurança civil e militar. Portanto, há a necessidade de dispor de satélites de comunicação controlados por empresas ou pelo estado brasileiro”, disse.
O Programa Espacial Brasileiro faz parte do Plano Brasil 2022, e define como meta a colocação em órbita de dois satélites geoestacionários brasileiros e o lançamento do primeiro veículo lançador de satélites (VLS) até o ano 2022, quando o país completa o bicentenário de sua independência.
A reunião técnica teve como objetivo discutir o Programa Espacial Brasileiro em dois painéis que tiveram como assunto central os veículos lançadores de satélites, a infraestrutura e as aplicações.
Durante o debate, que contou com a presença de oficiais das Forças Armadas, acadêmicos, representantes de organismos públicos e especialistas, temas como o desenvolvimento de satélite para meteorologia, navegação, vigilância e monitoramento ambiental; alternativas de financiamento e parcerias internacionais estratégicas; e estratégias de fomento, formação, capacitação e treinamento operacional estiveram na agenda.

Fonte: Site da Secretária de Assuntos Estratégicos (SAE)
Comentário: Interessante o que o ministro Samuel Pinheiro disse, mas na realidade o PEB vai completar 50 anos ano que vem e nesse período outros como ele também disseram a mesma coisa, também apontaram as mesmas dificuldades, problemas e soluções e a verdade é que nada foi feito de concreto para se mudar essa situação. São reuniões intermináveis, cansativas, repetitivas e sem resultado prático nenhum. Além disso, a informação dele de que o prazo para VLS ficar pronto é até o ano de 2022, demonstra falta de conhecimento sobre o projeto ou mesmo uma mudança de planos do DCTA/IAE e do governo, já que o prazo para o quarto e ultimo vôo de qualificação do foguete estava marcado para 2014 (sinceramente espero ter compreendido o texto de forma errada). Se realmente houve essa mudança de planos como parece demonstrar o ministro (seria inadmissível o ministro de assuntos estratégicos cometer um erro como esse) não restaria nada mais a dizer, ou seja, estão brincando de fazer programa espacial nesse país. Esticar o desenvolvimento do VLS-1 para o ano de 2022, não é só um absurdo, mas também algo inimaginável, mesmo nas cabeças menos favorecidas. Esse programa foi iniciado em 1984 e completará em 2014 trinta anos de desenvolvimento, o que é algo sem precedente na história da Astronáutica mundial. Note leitor que a maioria dos recordes alcançados pelo PEB desde a sua criação são negativos e comicamente (pra não dizer o contrário) o ministro Manuel Pinheiro parece divulgar que espera poder concluir o projeto até ano de 2022. Isso demonstra que o programa espacial brasileiro está condenado ao fracasso e as gerações futuras da sociedade brasileira a pagar um alto preço pela incompetência e falta de visão de nossos governantes. Aproveito para agradecer publicamente a leitora Gloria (creio que alguém ligada ao IAE) por ter enviado por e-mail ao blog essa notícia.

Comentários

  1. Com mil maneiras de dizer desculpas, aliás mil perdões a todos, mas o resumo do texto acima é de total falta de seriedade a sociedade brasileira.
    A AEB é uma fantasia, um cabide de empregos hà mais do governo.

    Ponto final.

    Vou da um dica ao senhor ministro..em breve pequenas empresas americanas estarão substituindo a nasa para pelo menos 50% das missões, a um custo de 50% do atual por kg enviado ao espaço.Sem contar que novas tecnologias ja estao começando a surgir.

    Alem de que essa mera reunião sem necessidade, já por sí só custou alguma grana aos cofres publicos.

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  2. Olá Benito!

    Levando-se em conta que eu tenha entendido de forma correta a colocação do ministro, concordo contigo em gênero, número e grau. Realmente é desanimador observar essa falta de seriedade para com o programa espacial brasileiro. Lamento profundamente ter de divulgar notícias como essa aqui no blog diariamente enquanto outros sites e blogs mundo afora divulgam o grande avanço desse setor alcançado por diversas nações. É extremamente desanimador e frustrante, e a continuar assim poderemos perder em breve a hegemonia também na área de foguetes para os argentinos, coisa que já ocorreu na área de satélites.


    Abs


    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. Olá, tenho um meteorito de 818gr encontrado na região de São José dos Campos, provavelmente caiu na mesma época desse caso de Varre Sae, tenho fotos e gostaria de saber o que fazer

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  4. Olá Duplaface,

    Sugiro que procure o mais breve possível em uma universidade de sua região informações de como proceder e leve as fotos do meteorito para que possa ser analisada pelos academicos. De acordo como for, quando tiver tudo oficialmente certinho, ai você mostra a pedra. Seria bom que também a imprensa (jornal e TV) de sua região também fosse de alguma forma envolvida nessa história. Mande fotos da pedra para o blog pelo e-mail: brazilianspace@gmail.com .

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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