IAE Estuda Parceria para Lançador de Pequeno Porte


Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (25/09) no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski, abordando o potencial do mercado de lançamentos espaciais de pequenas cargas úteis em órbita baixa.

Duda Falcão

Mercado para Lançador de Pequeno Porte

25/09/2009

Um dado interessante para se dimensionar o tamanho em potencial do mercado de lançamentos espaciais de pequenas cargas úteis em órbita baixa. Em outubro de 2008, segundo dados repassados por integrante do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/CTA), havia aproximadamente 250 projetos de desenvolvimento e construção de micro e minissatélites em curso no mundo.

A tendência é que o número de projetos cresça no futuro, se for levado em conta o estudo da consultoria Euroconsult sobre o mercado mundial de satélites para os próximos dez anos (período de 2009 a 2018) (vejam a postagem "Mercado mundial de satélites entre 2009-2018"). É com base nestes números que o IAE/CTA considera uma parceria com algum player estrangeiro para o desenvolvimento e operação de lançador de pequeno porte. Como já noticiou o blog no passado, a européia EADS Astrium, e empresas da Rússia e Ucrânia demonstraram interesse nesta parceria.


Fonte: Blog Panorama Espacial - André Mileski

Comentário: O companheiro jornalista Mileski está absolutamente certo quanto ao aumento do mercado de lançamentos espaciais de pequenas cargas úteis em órbita baixa. A meu ver o Brasil não pode e não deve deixar de participar desse mercado, caso queira ser um player ativo dentro do clube dos países que detém a tecnologia de acesso ao espaço. No entanto, há de se fazer algumas considerações sobre essa possível parceria que o IAE/CTA esta estudando com algum player estrangeiro para o desenvolvimento e operação de um lançador de pequeno porte. No caso da EADS Astrium, que se não me engano é uma empresa onde a sua tecnologia de foguetes é diluída entre vários países europeus, tornar-se a meu ver um fator complicador. No caso dos ucranianos, os foguetes fabricados pelos mesmos possuem tecnologias sensíveis de origem russa (veja o caso do Cyclone-4) que também é um fator complicador. Já no caso dos russos, onde toda a tecnologia é desenvolvida por eles, e pelo fato do Brasil já ter um acordo assinado, homologado e pelas boas relações em andamento, me parece que seria a melhor opção, caso a mesma venha a ser adotada. Além disso, o próprio IAE já tem um projeto (que está parado pelo que sei) de um lançador chamado VLM (Veículo Lançador de Microsatélites) que só necessitaria ser aprimorado e concluído com a orientação e supervisão dos russos, ganhando-se com isso um tempo precioso. Porém, estamos falando de decisões políticas e ai a coisa pega, principalmente em relação a um país como essa nação tupiniquim que tanto amamos.

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